1° Capítulo

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Me chamo Celeste, é origem do Latim, minha mãe escolheu esse nome, por achar que eu era um milagre, de fato eu sou um milagre, história longa, mas acho que temos todo o tempo do mundo, não é?

Para vocês entenderem, terei que contar a história toda, tenho uma família grande, e tem muitas histórias guardadas no fundo, histórias que nem eu mesma sei direito.

Então vamos, lá!

Meus avós, são grandes embaixadores da cidade, são conhecidos, muito conhecidos, meu avô virou o prefeito da cidade por ajudar em todas as construções no começo, e minha vó só o ajudava na parte financeira - por ser de uma família grande e rica -, mas tinha um papel importante em tudo isso. Eles eram como os reis de Rosewood, eles ajudaram a fundar a cidade, ajudaram a constituir as escolas e comércios, bom, eles eram - e ainda são - bem importantes nessa cidade.
Minha avó, ficou grávida, da minha mãe, Elizabeth, e ela era os olhos da cidade, tudo que ela fazia virava notícia, ela era quase a princesa de Rosewood e por isso deveria andar na linha, casamentos arranjados para manter o celo da família era um dos planos da minha avó, estava tudo armado, tudo indo nos seu devido caminho. Mas minha mãe, se apaixonou, por um homem justo e bom, que não tinha nenhum status, mas não importava, o que ela sentia era amor, meu pai, Christopher, a amava, e faria de tudo para ter ela por perto, estava tudo dando certo, os encontros escondidos, eles estavam planejando fujir, mas por um descuido, ela engravidou, e não teria como esconder um barriga de 9 meses, e os planos de fujir seriam inúteis, como eles iriam se sustentar? Se fosse só os dois, tudo bem, mas eles iriam ter que sustentar uma família, e não havia dinheiro para isso.
Então, a melhor - ou pior - opção seria contar toda a verdade para a família. Claro que a notícia não foi bem recebida pela a minha avó, muito menos pelo meu avô, e o resto da família, ficou chocada. Minha avó decidiu apressar todo o casamento, mas minha mãe, não queria, e se negava a casar com alguém que ela não amava, e que não fosse o pai de sua filha, ou melhor, filho. Minha avó abriu mão de seu plano, mas de jeito nenhum ela deixaria sua única filha destruir o status da família se casando com um sem classe qualquer, então ela obrigou meu avô a dar um emprego no governo para ele, como deputado de ações, não era um cargo uaaaau! Mas era um cargo que o faria subir, e foi o que aconteceu, em meio a estudos pagos as preças, ele se tornou ministro de ações, esse sim era um cargo de respeito. Então, com sua clase e seu status bom, ele estava pronto para casar, e assim foi feito, casaram-se antes da barriga crescer e a cidade desconfiar de qualquer coisa.
Foi um casamento lindo, segundo meu pai, foi uma cerimônia maravilhosa, e ele disse que ela estava linda.
- Nunca vi, uma mulher tão linda, e deslumbrante como sua mãe, ela estava linda naquele vestido. E ninguém mais sabia, mas eu sim, que ali, se carregava um fruto do nosso lindo amor!

Passaram-se 9 meses, seria a hora do filho nascer, uma correria pela casa, médicos, enfermeiras, estava tudo correndo bem, ate que... A notícia, a criança, que minha mãe esperava morreu em seu útero, enrolado com o cordão umbilical. Foi uma notícia horrível para todos, foi decepcionante para minha mãe, e meu pai. Mas as notícias ruim não paravam por aí.

- Agora, será quase impossível vocês terem outro filho, sua esposa, esta extremamente fraca de saúde, e ter outro filho, seria grande risco, as possibilidades dela morrer se tiver outro filho são grandes.

isso sim, doeu, tudo que minha mãe queria era um filho, alguém para que pudesse chama-la de mãe, e não teria.

A notícia percorreu a cidade inteira, todos ficaram sabendo do filho morto da família Farronw.

E minha mãe, entrou em uma depressão, ela estava tão sobrecarregada, estava passando por uma situação tão difícil, e se o que o médico disse a ela fosse mesmo, totalmente verídico? Ela seria uma mulher fértil, não iria reproduzir e era o que ela mais queria, deixar uma herança aqui na terra, deixa uma parte dela, deixar uma criança diferente do que ela foi, era só o que ela queria.

- Eu só queria te dar uma família Christopher, eu só queria que você tivesse filhos, e alguém para te presentear nos dias dos pais, eu só queria isso pra você. E não poderei te dar. Me perdoe!

- Não chore meu amor, não pessoa perdão. Eu a amo, e se você não pode me dar um filho, não tem problema, não é sua a culpa, não se culpe por isso.

Meu pai era compreensível, mas ele queria sim uma família completa.

Quem não iria querer?

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