2° Capítulo

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Mas, nem tudo estava perdido.
Minha mãe engravidou novamente.
Era uma gravidez de risco, tudo era possível, até poderia ocorrer da criança morrer novamente, ou até pior...
E então, mais uma vez, correria, médicos, enfermeiras, uma avó preocupada, andando de um lado para o outro quase furando o chão, o avô com um charuto e um copo de Whisky com gelo, e um pai nervoso, com medo de perder alguém que ama
e então, o último grito.

NASCEU!

E ecoou um choro de bebê pela casa
Era um menina!

— Se ela não tivesse nascido, sua mulher poderia ter morrido, ela foi com um milagre divino na vida de vocês, se não fosse por ela, você, Christopher, teria perdido as duas

As palavras do médico assustou o meu pai, e o resto da família de certo modo.

— Querido, olha! Ela é linda!

— Tem seus olhos! Nosso pequeno milagre divino!

— Nossa pequena Celeste!

e assim, foi, Celeste, o pequeno milagre divino da casa!

Nossa família emfim estava completa, todos estavam felizes por receber um bebê na casa, uma coisinha fofa, que por onde passava derrubava um vaso de planta.

E claro, toda a cidade ficou sabendo do "pequeno milagre divino", eu no caso!
Virou até manchete de jornal

"FAMÍLIA FARRONW É PRESENTEADA COM O PEQUENO MILAGRE DIVINO. CELESTE FARROW! A NOVA BEBÊ DE ROSEWOOD. "

Quantos bebês nascem em Rosewood? Porque me colocar no topo de tudo?
Ta isso não importa. Não agora.

O tempo passou, eu estava com 10 anos, quando recebemos a notícia de que a minha mãe estava com câncer.

— Ela tem câncer, mas precisamente leucemia. Não irá durar muito tempo. Está previsto que tem semanas de vida. Eu sinto muito!

Eu ouvi, ouvi enquanto passava no corredor, a porta do escritório do meu pai estava aberta. Pude ouvir cada palavra. Não sabia o que era "leucemia", ou ao certo o que era "câncer", não imaginava o que estava acontecendo, so sabia que ela tinha semanas de vida, e que iria morrer. E eu sabia o que era a morte. Derrubei um vaso e chamei a atenção do médico e os olhos se voltaram para mim.

Querida, o que faz aqui?

Foi o que minha avó me perguntou.

Todos tentaram concertar o que eu ouvi, disseram que a mamãe iria se tornar um estrela, e que eu iria ve-la no seu, disserem que ela sempre estaria comigo, em meu coração, e que estaria cuidado de mim a todo o momento. Mas eu sabia que não, no fundo eu sabia que ela iria embora para sempre.

— Filha, minha querida, em breve não estarei mais com você. Mas eu quero lhe dizer algo, algo que vai lhe ajudar para toda a sua vida, algo que vai te acompanhar sempre, e que irá fazer toda a diferença em sua vida.

— O que mamãe?

— Não deposite sua felicidade nas mãos de outra pessoa. Seu coração é antes de mais nada, seu. Gabe a você decidir quando é hora de ser feliz. Ninguém vai te pisar, a menos que você se deite. Por isso, erga-se. Todo amor que você precisa, você ja carrega dentro de si. Nunca esqueça quem você é e nunca duvide do seu valor. E nunca, nunca aceite menos do que você merece. Tenha coragem, e seja gentil!

Naquele dia, nada disso fez sentido para mim. Mas eu guardei cada palavra, cada vírgula e ponto dentro de mim, eu prometi a mim mesma lembrar daquilo pelo resto da mim vida.

— Minha, filha, você me perdoa?

— Mas é claro que eu te perdoou mãe!

— Eu te amo

— Te amo!

Moça, Seja Você o Amor da Sua Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora