5° Capítulo

26 3 0
                                    

Tento me concentrar no caminho da escola, tento pensar em coisas diferentes, como cabras - são animais muito fofos, okay? E dá muita gana.
Mas é em vão, não consigo pensar em nada que me distraía, e que me faça lembrar de como a vida é ótima e significativa.

— Oi! – olho para trás e vejo um garoto de olhos claros, que se desse, eu até mergulharia neles, de tão azuis que são. — Você está na minha frente – ergo uma sombrancelha ainda sem entender — Digo, você está em frente o meu carro. – olho pra trás e vejo que esse tempo todo eu estava encostada em um carro prata com vidros escuros.

— Ai meu Deus, desculpa, eu estava distraída, não vi que esse carro era seu. – digo um pouco rápido, e ele apenas abre um sorriso.

— Não tem problema, como poderia saber. Aliás não é todo dia que encontro alguma menina encostada no meu carro. – reviro o olhos instantaneamente. Se esses garotos soubesse o quão idiotas eles são quando estão tentando flertar com alguma garota, eles parariam de fazer isso. — Ah, desculpa, te ofendi?

— Não. Mas vamos dizer que sim, para essa conversa acabar logo, e não se estender para você não perguntar meu nome, e depois meu número.

— O que te faz pensar que eu gostaria de perguntar seu número?

— Não faça uma pergunta que até mesmo você sabe a resposta. – ele abre um sorriso.

— Meu nome é Tyler – ele estende a mão, e eu o cumprimento.

— Celeste, e eu estou atrasada, então vamos pular a parte em que você pega o meu número. Continuaremos essa conversa depois. – digo andando rápido, eu nem estava tão atrasada assim, só queria ter uma saída triunfal e não ter que dar meu número.

— E como eu vou te encontrar? – me viro e dou um sorriso.

— Só fique de olho aberto!

★★★

— Meu Deus, Ashley cala a boca! – digo pela décima vez.

— Eu só estou dizendo, vista a roupa certa para o crime perfeito amiga – ela diz com um sorriso malicioso.

— Quem vai cometer um crime? — Sasha diz se sentando na mesa com a gente.

— Bom, a Celeste – Sasha me olha assustada, e eu reviro o olho afim de me concentrar no dever. — Ela tem um encontro – ela diz super empolgada.

— Por Deus Ash, eu não vou ter um encontro, só falei com ele um vez.

— Uma vez já basta para encontrar o amor dá sua vida!

— Ou, para ser iludida – Sasha diz.

— O que houve? – pergunto.

— Parece que houve alguma coisa? – ela diz incrédula.

— Está envidente que houve. – ela dá um suspiro.

— Ele não entende, não entende que eu quero sair de Rosewood, eu quero ir além, nunca sai dessa cidade pequena e medíocre, eu quero ser livre.

— Olha, eu tenho tantos motivos pra não gostar dessa cidade quanto você, as pessoas daqui tem um péssimo gosto para roupas, e sério isso é péssimo. Mas não acho que aqui é tão ruim. Claro vamos ter que sair, vamos ter que enfrentar a cidade grande. Mas você nasceu aqui Sash, e sempre será seu lar, sempre será o primeiro lugar que você virá quando as coisas estiverem dando errado. – Ash diz.

— Ela está certa. Sempre será o seu lugar. – digo.

— Você acabou de concordar comigo? – reflito e percebo que tinha concordado com tudo que a Ash tinha dito sem hesitar ou corrigi-lá.

— Eu acho que sim – digo incrédula, e ela dá de ombros.

— Tudo bem, eu entendi, mas o que eu faço com o When? – Sash pegunta.

— Conversa com ele, diz o que você realmente quer, diz o quanto se sente sufocada aqui, e também diga que você quer ficar com ele, mas em algum lugar que vocês não sejam tão vigiados assim. – digo.

— Ou, coloque uma langerie bem quente e arrasa! – Ash diz e todas rimos.

— É, não vou negar, as duas opções são ótimas! – Sasha diz jogando um olhar malicioso fazendo com que rissemos mais.

— Okay, vocês não prestam, e eu preciso terminar isso ainda hoje. Então para eu não precisar colocar esparadrapos na boca de vocês - e principalmente na dá sua Ash - eu vou sentar na mesinha ali do lado, e façam silencio. – digo fazendo um shhh com a boca.

Sento na mesinha, e me concentro no dever.

— Celeste!

— Só pode ser brincadeira – sussurro para mim mesma — Ooooi – do o oi mais falso dá história e me controlo pra não jogar o meu caderno na cara dela.

— Você está tão bem, emagreceu – sempre tocando nas feridas dos outros não é mesmo, Charlotte.

— Ah, sim, claro, e você colocou silicone? – digo, e faço uma insenassão semiserrando os olhos. — Ohhh, Deus, e concertou o nariz. Você está ótima. – dou um sorriso cínico.

— E você cínica como sempre, não é? – diz Bethany.

— Bethany! Querida, não te vi ai, acho que você encolheu mais. – digo.

— Olha, não viemos aqui pra atacar você, viemos apenas para dar boas-vindas! E claro um ótimo ano. — Charlotte diz sorrindo.

— Hmm, obrigada! – digo logo contando o assunto. Elas se viram e vão embora.

Charlotte e Bethany, a duplinha de vadias dá escola. Sempre juntas, nunca se separam por nada - por nada mesmo -, exceto quando uma vai pra diretoria e acaba culpado a outra para poder se livrar.
Elas nunca gostaram de mim, desde de o prézinho quando eu neguei empretar minha Barbie pra ela, tá, okay, não é só por isso que ela me odeia.

No baile de primavera do ano passado  eu rasguei o vestido dela, mas não foi porque eu quis, foi sem querer de verdade. Eu fiz ela pagar o maior mico de todos e ela ficou com muita raiva. E quando descobriu que ela tinha perdido a coroa do baile, começou a planejar seu plano de vingança, o que deu errado e ela acabou se ferrando novamente. Tem muito ódio envolvido nisso tudo, desde de então ele não para de me encher ou fazer coisas para eu me dar mal, como colocar descolorante no meu shampoo.

Me concentro mais uma vez no dever, dessa vez com o silêncio necessário.

Moça, Seja Você o Amor da Sua Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora