Capítulo Dezoito

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Heitor


Eu não estou bêbado, não. Bebi um pouco demais para estar sóbrio, mas não chego ao ponto de não conseguir me firmar sobre minhas próprias pernas, mas agora eu entendo quando dizem que Deus protege os bêbados. Sinceramente, eu não vi a estrada da boate até a casa de Malu.

Eu nem ao menos sei por que a trouxe para sua casa!

Mas descemos do carro em segurança e quase o deixo aberto. Travo tudo direito enquanto ela tenta abrir a porta, já que ela não conseguia acertar a chave e havia derrubado umas duas vezes. Quando finalmente consegue, já estou ao seu lado e empurro porta com tudo a puxando para dentro.

Minha boca desce urgente na sua e tudo é cores. Ela se derrete e eu a seguro. Ela me arranha e eu a mordo. Eu a aperto e ela tenta fazer o mesmo me puxando para sim, mas não tem mais como estar mais perto.

A pego no colo ainda a beijando e passo a chave na porta. Nem ao menos sei como me lembrei disso, já que estava com tanta presa de tirar a sua roupa. Subo escadaria à cima quase caindo em cada degrau e a cada passo dado os amaldiçoo.

Nenhuma luz é ligada. A porta é empurrada e só ouço o miado consternado de Aloha que sai pulando com todo seu mau humor para fora e agradeço por isso. Pela primeira vez noto que ela é uma extensão da dona, o jeito como muda de humor, mas independente de qual seja continua sendo uma gracinha.

Coloco Malu no chão e ela fica me olhando enquanto puxo meus cabelos para trás. Ela morde os lábios e passo o dedo neles assim que os solta.

- Linda. – Digo e ela baixa o rosto sorrindo. A luz que entra por entre as cortinas me dá uma boa visão sua, só que em preto e branco e posso imaginar que está corada.

A garota me olha novamente e passa por mim fechando a porta e escuto suas botas batendo no chão ao cair. Ela liga o acondicionado e agradeço por isso, porque estou todo suado e extremamente quente.

Sinto suas mãos desajeitadas na gola da minha jaqueta e a puxa. Ajudo passando meus braços e ela termina o trabalho com um pouco de dificuldade. Quando escuto o baque surdo da minha jaqueta no chão sinto suas mãos voltando a mim e ela passa por meus braços alisando meu abdômen por cima da camisa.

Ela aperta seu corpo contra o meu e sinto os seus seios em minhas costas. Novamente suas mãos sapecas alisam a barra da minha camisa e sinto um arrepio quando sua unha arranha a minha pele pouco acima do cos da calça. Força a subida da blusa e novamente a ajudo levantando os braços e minha blusa está no chão rapidamente.

- Acho que estou em desvantagem. – Digo manhoso e me assusto com quão grossa está minha voz.

- Então resolva isso. – Foi o que disse simplesmente.

Fico impressionado o quanto ela muda com um pouco de álcool no corpo e assim que está a minha frente eu afasto seus cabelos fartos para trás do pescoço. Sorrio um pouco ao pensar que horas antes estávamos discutindo naquele quarto sobre TCC.

Toco em seus colares e puxo-os pela cabeça soltando-os sobre o criado mudo. As alças finas do vestido cederiam fácil se eu aplicasse um pouco de força, mas opto por apenas baixá-las e é o que faço ao mesmo tempo nos dois lados e logo ele está no chão ao redor das pernas definidas e lindas de Malu.

Vou subindo o olhar e me deparo com uma calcinha meio box, simples da cor creme de algodão com algumas flores vermelhas estampadas e subindo mais um pouco um sutiã sem alças da cor da pele.

Eu não resisto a vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora