Bom dia♥ Bora iniciar uma nova leitura?
Alguns meses depois da Marie acordar do coma...
James Morais
Mas que Diabos ele estava fazendo ali? A minha mente gritou aquela pergunta enquanto meus olhos nublados pelo ódio, tentavam focalizar a figura pálida do Ernesto em minha frente.
Ele estava entretido em uma conversa com a Marie e não me viu chegar. Meu primeiro impulso foi o de virar as costas e ir embora, desaparecer sem que alguém me visse. A raiva estava emanando em meus poros e quando dei por mim, aproximei-me dele como uma bala de canhão.
- James! – a voz da Marie me parou. Ernesto tinha uma expressão de pânico e seus olhos estavam arregalados. Olhei-o com completo rancor e asco. – Não faça isso, por favor. – implorou em desespero.
Fechei as mãos em punho e me afastei dos dois.
- Porque não me avisou que esse cara estaria aqui? Você já o perdoou? – praticamente rosnei com um tom gélido a encarando.
- Ele é meu pai James. – respondeu e se encolheu diante do meu olhar enojado. – Não há nada melhor na vida, do que a dádiva do perdão. – soltei um riso amargo.
- A confiança quando quebrada, não há como ser reestabelecida Marie. – falei com certa rispidez. – E por que eu faria isso? – meus olhos faiscaram com a raiva acumulada. – Por acaso esqueceu-se do que ele e minha mãe fizeram? – perguntei friamente.
- James? – fechei os olhos ao ouvi-lo. – Meu filho eu...
- Não ouse me chamar de filho porra! – exclamei virando-me para ele. Marie segurou meu braço. – Você não tem o direito de sequer me olhar, o que o faz pensar que eu o perdoarei? – nossos olhos se cruzaram. Eu estava terrivelmente irritado, mas sabia que a melhor tática era não demonstrar as próprias emoções. Por isso eu respirei fundo e esforcei-me a manter a compostura. Marie não merecia aquilo.
- Eu realmente sinto muito. – murmurou cabisbaixo. Gargalhei alto e me desvencilhei do toque da Marie. Naquele momento fui acometido por uma forte onda de náusea. O descaramento daquele infeliz ia além de tudo o que eu previa.
- Ah coitadinho de você. – zombei sentindo meus músculos tremerem. – Conseguiu ver a mágica acontecer? Será que o seu arrependimento trará o meu pai de volta? – rosnei antes de respirar profundamente.
- O que está acontecendo aqui? Que gritaria é essa? – Marie se aconchegou em minha frente, eu podia sentir a tensão vindo dela. Os olhos do Andrew se estreitaram, e então passaram do rosto da mulher ao meu. – Perdi alguma coisa?
- Nada. A não ser que goste de presenciar discussões. Infelizmente está rolando uma desavença aqui. – Marie emendou, seu tom de voz trêmulo. Ele ainda olhou-a por algum momento antes de voltar a me encarar, notei sua expressão desgostosa, mas permaneci impassível.
Afastei-me dela, mas não recuei o olhar ameaçador sobre o Ernesto. Minha raiva aumentava, pois ele sequer se movia. Era como se silenciosamente me pedisse para puni-lo, nem que fosse fisicamente.
- James, acho melhor você ir para casa. – Andrew pediu me encarando. – Todo esse estresse, não faz bem para a minha mulher, pois ela ainda está se recuperando.
- Andrew! – ela ralhou bruscamente. – Não faça assim! Quanta grosseria. – por um momento me permiti sorrir, a petulância dela sempre me fascinava. – James, não há necessidade de você ir. – sua mão pegou a minha. – Eu o convidei para conversar, tenho certeza de que meu pai não se importaria de ir embora e...
- Não se preocupe sapequinha...
- Sapequinha? – Andrew me interrompeu com ar zangado.
- Melhor do que marrentinha. – retruquei com desdém e o vi fechar a expressão. Marie nos olhava com um ar divertido. – Outra hora marcamos de nos ver.
- Só para constar, eu estarei presente. – Marie revirou os olhos ao ouvir as palavras do Andrew.
- Quer deixar de ser infantil homem? Porque não vai ver se o Lucas acordou? – indagou com impaciência. – Aproveite e vá com ele pai, por favor. Virei o rosto e fechei os olhos. No meu íntimo, buscava paciência e clareza sobre tudo o que se passou. Apertei os punhos com uma força descomunal, e levei alguns segundos para voltar a respirar.
- Não se deixe envenenar pelo ressentimento James. – a voz da Marie me despertou. – Isso quase aconteceu comigo e por pouco eu ia jogar minha felicidade fora.
- Eu a amo. – murmurei sorrindo com carinho. Seus olhos se arregalaram e diante de sua expressão atônita eu emendei. – Não se preocupe, hoje eu consigo conviver com esse sentimento, porque o que eu sempre almejei foi a sua felicidade. Mesmo ela não sendo ao meu lado. – ela sorriu graciosamente.
- Me alegro em ouvir isso. – murmurou em alívio. – O aprendizado da vida vamos adquirindo com o tempo e com as experiências. É um direito seu, não querer perdoar o meu pai e a sua mãe pelo o que fizeram, eles causaram muita devastação ao nosso redor. Mas se dê a chance de ao menos tentar James ou de repente pensar sobre isso.
Busquei suas mãos e as levei aos meus lábios.
- Obrigado. – falei. – Quero que saiba que tenho muito orgulho da grande mulher que se tornou. – murmurei com sinceridade. – E vê-la feliz depois de todo o sofrimento que passou, é um bálsamo aos meus olhos. – Mal terminei de falar e me vi sendo rodeado pelos seus braços. Seu abraço foi tão reconfortante que por um momento senti todo o peso me abandonar.
- Agora é a sua vez de correr atrás da sua felicidade. – sussurrou em meu ouvido. – Aceite-a em seu coração James. – afastei nossos corpos e voltei a encarar seu rosto. – No fundo você sabe do que estou falando. – falou percebendo a minha confusão.
Ignorando propositalmente a palpitação frenética do meu coração mediante àquelas palavras, curvei-me e beijei sua testa antes de sair de lá. Ainda pude ouvir o seu suspiro frustrado.
- Aceitá-la em meu coração. – resmunguei desdenhoso assim que entrei no carro. Isso era mais fácil de ser dito do que de ser feito, particularmente no que dizia respeito à sentimentos.
Depois de tantas frustrações e desilusões, meu coração se fechou para novos relacionamentos. Por mais que eu me esforçasse, nada e nem ninguém conseguiria mudar aquele fato. Meus dedos apertaram o volante com força, assim que a imagem da Emily invadiu os meus pensamentos. Uma das últimas vezes em que a vira, tinha sido no hospital, quando a Marie entrou em coma. Lembro-me que perante as circunstâncias, ela havia me permitido consola-la naquela ocasião. No entanto, dias depois voltou a ser tão combativa como sempre. Nada do que eu fizesse evitava a sua hostilidade em relação a mim, o que transformava os nossos encontros tensos e desagradáveis.
Eu não queria que a lembrança voltasse. Meus ouvidos se concentraram em ouvir a letra da música que estava tocando no aparelho de som do carro, mas meu corpo se arrepiou de calor quando se lembrou da sensação daqueles lábios carnudos, tão macios sob os meus. Os seios dela, pequenos, mas que cabiam perfeitamente em minhas mãos. Os mamilos eram doces e suculentos sob minha língua. O bumbum em formato de coração, que havia observado tantas vezes, revelou-se rijo e macio quando eu tive o prazer de tocar. Coxas torneadas e, entre elas, aquele perfume almiscarado e sedutor, que me deixou em rígida posição de sentido quando recordei do quanto era apertada, quase virginal, mas tão quente e acolhedora. Senti um aperto no peito, em uma mistura de fúria e desejo carnal sem paralelo.
Por um longo tempo vinha lutando para manter aquela fome contida, mas só no que podia pensar era em tê-la novamente. E eu a odiava por ter aquele poder sobre mim. Eu poderia garantir em julgamento que jamais teria coragem de machucar uma mulher, mas a Emily porém, trazia à tona o pior de mim e confesso que em determinados momentos minha vontade era de esmaga-la, erradica-la. Destruí-la. Garota detestável! Pentelha do caralho!
Espero que estejam gostando;)

VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu sou Dela (DEGUSTAÇÃO)
RomanceSINOPSE A maior aventura de amor é aquela que deixa um gostinho de quero mais, que mesmo você não aceitando, as lembranças estão ali para te dar um bom dia quando acordar. Nem sempre o verdadeiro amor bate em nossa porta em forma de flores, às vezes...