11- "Conhecendo o território do inimigo"

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Oieee, bom no capítulo de hoje, uma criada será citada em algum momento, por mais que seja insignificante a participação dela NESTE capítulo não se esqueçam dela. Beijinhos de luz.

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   Naquela noite, depois que Victória havia chegado em sua casa, calculou que faltavam apenas duas semanas para Benjamin ir visita-la, e um dos hóspedes, o mais velho, ir embora. Os dois homens que iriam permanecer ali por mais tempo eram o Inglês e o homem que havia perdido uma perna, os dois deveriam ficar por conta da gravidade de seus ferimentos.

Benjamin mandara uma carta para Victória dizendo que a guerra estava acirrada, mas que se continuassem persistindo iriam vencer, aquilo a animou.

Antes de se deitar Victória percebeu que havia esquecido de pegar um copo com água para deixar ao lado de sua cama durante a noite, mas decidiu que só iria pegar o copo se estivesse com sede, algo que naquele momento ela não estava.
Não muito tempo depois de ter adormecido Victória acordou, e com sede, para ela pareceu até mesmo irônico o fato de que na noite em que ela se esquece da água é a noite em que ela acorda com sede. Levantou-se da cama, pegou seu sobretudo e desceu as escadas. Assim que ela havia chegado no andar de baixo ouviu gemidos de dor e percebeu que estes estavam vindo da sala de seu pai, com a intenção de saber o que estava acontecendo se dirigiu para o local que os homens estavam hospedados. Ao chegar no escritório de seu pai percebeu que ele não estava completamente escuro como de costume, ao lado da cama do Inglês havia uma vela que já estava pela metade. Victória se aproximou da cama do soldado inglês, apesar de aquela noite estar quente Henry estava com dois cobertores. Aproximando-se do rapaz pôs a mão esquerda em sua testa, notou então que ele estava queimando em febre, assim que ela se virou para chamar Lucy, Henry segurou a mão de Victória.

- Espere senhorita Victória.

- Pois não Senhor Henry.

- Poderia me fazer companhia?

- Devo chamar Lucy. O senhor está queimando em febre. - Victória observou que os dois outros homens que estavam na sala haviam adormecido, e não resistiu a pergunta. - Como eles conseguiram dormir com você gemendo de dor ?

- Eles estavam cansados, passaram o dia todo com dor então e o doutor permitiu que eles tomassem ópio para conseguir dormir, eu não aceitei pois não estava com dor no momento e a febre não estava tão alta e por favor não chame Lucy, ela passou o dia todo aqui ajudando a cuidar de todos, estava muito abatida quando finalmente saiu do quarto.

- Tudo bem então, mas se você não melhorar terei que chama-la.

- Estou de acordo.

- Vou pegar uma tigela com água e um pano, para ver se consigo baixar sua febre.

- Estarei esperando.

Victória não demorou muito e enquanto pegava a água e o pano aproveitou para pegar mais velas. Ao chegar no quarto ela ascendeu as velas, e logo depois pôs-se a tentar baixar a febre de Henry com uma compressa de pano úmido. O clima entre Victória e Henry não estava agradável, mas também não estava tenso, para ela, estava tanto estranho; os dois evitavam se encarar, o que era inevitável. Após alguns minutos de silêncio Henry se pronunciou.

- Obrigada. - O semblante no rosto de Victória mostrava claramente que ela não entedia pelo o que ele estava agradecendo, então ele interou sua fala. - Obrigada por me ajudar.

- Ah... Por nada.

- Você não é muito de falar não é mesmo? - Ela deu um sorriso, não um sorriso completo, mas ainda sim um sorriso.

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