9- Um novo começo

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Haviam se passado três meses desde a morte de Erick, e apesar da dor e da saudade a vida continuava.
Victória havia se aproximado ainda mais de Benjamin, os dois compartilhavam histórias e sempre relembravam momentos vividos juntos com Erick.

O acordo feito entre Anelise e seus pais não foi quebrado, assim, naquele mesmo mês ela se casou com Gabriel Mason. Anelise não se conformava com a atitude de seus pais, o homem ao qual amava estava morto, e no mesmo mês em que ele falecera ela fora forçada a se entregar a um homem do qual mal conhecia. Apesar de tudo Anelise compreendia que era para que as pessoas não a tratassem como uma coitadinha, e além de tudo, se, se passasem mais dois meses ela completaria 18 anos e a fofoca correria solta, não que ela se importasse, mas para seu pai que era um fazendeiro muito conhecido e tradicionalista, aquilo seria um ultraje.

Todas as coisas de Erick foram entregues para sua família, e sua mãe com todo o carinho as guardou dentro de um baú, assim, quando a saudade apertasse, a familia poderia relembrar as travessuras de Erick, mas mesmo três meses tendo se passado ninguem estava preparado para isso.

Depois de um mês de convivência com seu marido, Anelise teve que admitir para si mesma que um sentimento estava crescendo ali, não de amor, pois o único homem que ela havia amado era Erick, mas a amizade com seu marido vinha aumentando, assim como o companheirismo. Seu marido era uma boa pessoa, agradável de se conversar. Pelo menos era isso que ela havia presenciado em três meses de casamento.
No seu terceiro mês ela começou a sentir mal estares, seus alimentos preferidos ja não a faziam bem, e isso ficou mais aparente para Victória já que convivia com a amiga diariamente, mesmo depois de casada.

A casa de Anelise, se encontrava bem próxima da cidade, já que seu marido tinha muitas relações comerciais a tratar por la o melhor local encontrado fora aquela casa.
Anelise e Victória estavam na varanda e conversavam animadamente quando Gabriel chegou. Ele não tinha uma aparecia muito boa, ja que seu rosto estampava uma carranca, mas, nem por isso seus modos foram esquecidos.

- Boa tarde senhorita Victória. Boa tarde querida. - Disse ele fazendo um comprimento adequado para as duas damas.

- Boa tarde Sr. Gabriel.

- Boa tarde querido, vejo que não está com uma aparência muito boa. Algo lhe desagrada?

- Sinto muitíssimo se não tenho aparentado estar bem Ane, porém as notícias que recebi da guerra não foram muito boas. Estamos em uma época difícil.

- Compreendo. - Respondeu Anelise. Victória, por mais que achasse estranho o relacionamento da amiga com outro rapaz, compreendia. E naquele momento, sua curiosidade falou mais alto.

- Desculpem-me pela interrupção. Mas por favor Gabriel, gostaria de saber qual a nossa situação na guerra. - Gabriel tirou o chapéu que trazia consigo e sentou-se em uma cadeira próxima.

- Senhorita Victória, temo pelo nosso país. Estamos passando por grandes dificulades e derrotas, e mesmo com a ajuda dos franceses, temos poucas armas e poucos soldados. - Gabriel da um profundo suspiro e continua. - Agora mesmo fiquei sabendo que os pontos de guerra aqui na Carolina se intensificaram, muitos soldados estão morrendo, são tantas mortes que as pessoas ja nem se importam de que lado os soldados feridos são, estão salvando todos, até mesmo os da Inglaterra. - O choque estava estampado na face de amabas as moças, porém, Gabriel notou que Anelise apresentava uma cor meio esverdeada.

- Anelise? Está tudo bem?

- Não. - foi a unica coisa que Anelise conseguiu responder, logo depois seu corpo mole foi amparado por Victória e Gabriel. O homem a levou até o quarto do casal e a depositou na cama. Logo depois Victória apareceu com uma compressa de água junto a uma vasilhinha. Ao entrar no quarto e se aproximar da amiga, Victória pos a mão na testa de Anelise para medir sua temperatura e concluiu:

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