Christopher | 16 anos
Pedro me faz ligar para Nicholas. Ah, que droga, esses babacas querem zoar o menino na festa que eles me arrastaram. Ligo para Nicholas, ele logo atende e eu, contra minha vontade, o chamo para vir na festa. Seria ótimo ter uma companhia legal nessa festa, não negaria a presença do menino, mas sei que não é pra isso que estou chamando-o. Gabriel parece colocar uma arma na minha cabeça para que eu o obedeça, ele me amedronta e eu odeio isso. Posso ouvir a voz de Nico pelo telefone.
-Ei, Nico! – reviro os olhos, mas sorrio quando percebo que Gabriel está me fitando – Quer vir numa festa, cara?
-Uma festa? Christopher, eu não sei, ainda estou na casa do Oliver...
-Ele pode vir junto! – Pedro berra atrás de mim.
-Chris? O que...? Certo, acho que já estaremos aí!
-Tudo bem, tchau! Te vejo logo... – desligo o telefone, com o coração na mão. Ele é um menino tão bom, não quero que Gabriel, Edward e Pedro o machuquem.
A festa é de Augusto, segundo ano do ensino médio e o cara já é um alcoólatra nato. Eu bebo às vezes, mas devo confessar que não sou muito fã. Ele já está louco, dançando uma música com a coreografia de outra, falando aleatoriedades e rindo do nada. Idiota. Acho que todos da sala vieram para a festa, Augusto não dorme em serviço. Só nas aulas e não sabe por que é duas vezes repetente. Passaram-se cinco músicas e eu ainda estava encarando vaziamente Augusto dançar. Acho que mil coisas se passaram pela minha cabeça e eu não captei nenhuma. Ouvi Pedro rir com Gabriel e Edward, estavam falando sobre o que eles iriam fazer com Nicholas. Ah, a dor de cabeça. Não aguento as bebidas que Pedro me dá, nem sei por que aceito! Inferno... Mas pelo menos Nicholas e Oliver chegaram. Ah... Eles chegaram. Suspiro, já sabendo o que vai acontecer. Enquanto os dois falavam com Saphira e Andrew, Pedro e Gabriel repassavam o plano.
-Então, é o seguinte – Pedro ria como um retardado – nós vamos encher a cara do menino, e então quando ele estiver bem bêbado mesmo... – ele começou a ter uma crise de riso.
-Nós empurramos a Mara para cima dele, ela finge que ele disse algo para dar em cima dela e ela dá um tapa na cara dele, fazendo com que ele caia na piscina! – Gabriel completou, logo rindo junto de Pedro.
-Tá bom, gente, anda logo! – apressei com ansiedade.
-Relaxa, Christopher, meu amor! Você não precisa ver! Fica de boa! – Pedro riu me dando um beijo na bochecha. Ridículo.
Vou até Nicholas e o cumprimento, olhando para seu rosto, tentando decorar cada detalhe. Não sei por que ele é tão cativante assim, como uma obra de arte, me faz querer olhá-lo e admirá-lo toda hora, todo tempo. Logo os meninos vieram, também cumprimentando Nicholas e Gabriel foi logo ao ponto.
-Cara, aquilo que eu fiz contigo hoje não foi legal – Gabriel estava se esforçando para não rir – aceita esse drink como forma de desculpas?
-Ah, eu não bebo... – deu um leve sorriso, fazendo suas sardas brilharem.
-Poxa, vai recusar meu pedido de desculpas?! E eu ainda tinha esperanças, sei lá... – abaixou a cabeça.
-Tudo bem cara, calma. Dá aqui esse... Copinho? Mas é só esse. Desculpas aceitas! – levantou o copo de dose, não lembro o que eles colocaram ali dentro, mas fez efeito com facilidade. – Nossa! Esse deve ser dos bons! Já me sinto até meio zonzo...
-Ih, melhor ir ali perto da piscina, tomar um ar. Às vezes o organismo reage mal se é a primeira vez que você bebe. – Pedro ofereceu. Eu só conseguia observar esses idiotas. Augusto tem sim bebidas pesadas aqui, Nicholas não merece isso.
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No Ordinary Love
RomanceNova cidade, nova escola, novos professores, novas paixões, novos... enigmas? Sei que essa escola é a melhor do estado ou coisa assim, mas estou sofrendo. Não por causa desse menino de azul que faz minha mente virar de cabeça para baixo, mas sim por...