Espero que gostem, boa leitura!!
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-L.U.A
Eu já estava no meu quarto, após um tempo eu tinha parado de chorar, havia lavado o rosto e estava deitada de costas, encarava o teto e pensava em tudo que tinha acontecido hoje, das coisas boas às ruins.
Eu quria que Corey ficasse um pouco mais, mas mesmo que eu quisesse que ele ficasse aqui comigo eu precisava ficar sozinha, pensar um pouco, eu ainda não acreditava que minha própria irmã havia feito isso comigo, se ela não tivesse feito isso de propósito eu estaria bem, nenhuma lágrima teria escorrido, pelo menos não na frente de alguém, mas ela havia feito isso para me deixar mal, para me ferir e me machucar, como sempre fazia. Ela tocou naquele tão temido machucado: a minha insegurança. Eu estava feliz, pela primeira vez depois de tanto tempo eu estava me divertindo de verdade, e então ela fez o que sempre faz... me machucar.
Me sinto um lixo, eu não deveria me importar com as coisas que ela diz e faz, mas acho que no fundo eu me importo até demais com a opinião dela, não sei como, mas ela consegue me atingir em todos os pontos possíveis, eu não aguento mais esse tipo de coisa, nunca dei motivos para ela me odiar e mesmo assim ela odeia. Também me sinto mal por ter feito Corey sair da festa e perder a chance de se divertir, e por ter chorado que nem uma criancinha manhosa na frente dele, ele foi delicado ao extremo comigo, senti que poderia confiar minha vida a ele, posso estar enganada, é claro, mas espero muito mesmo que não esteja. O abraço dele é aquele tipo de abraço que faz a gente se sentir aconchegado e forte, aquele tipo que a gente não quer mais sair de perto da pessoa. Não consigo explicar direito, mas aquela eletricidade estranha aconteceu de novo, não uma, mas várias vezes hoje.
Um barulhinho de mensagem me tira de meus devaneios, normalmente eu não recebia mensagens, a única pessoa que conversava comigo pelo telefone era meu pai, só que é muito tarde agora, ele deve estar dormindo.
Desbloqueio o celular e vejo que as mensagens são de Corey e, para minha surpresa, mamãe.
Ela só queria saber se eu e Judy havíamos chegado em casa, já que sua filha perfeita não respondia as mensagens ela apelou pra mim. Respondi que só eu estava em casa, Judy depois de praticamente um século ainda não havia voltado, minha mãe com certeza ficaria brava por eu não ter esperado minha irmã mais nova, mas eu não estava nem um pouco preocupada com isso.
Já Corey queria saber se eu estava bem, se eu queria que ele viesse aqui amanhã, eu disse que estava bem, e portanto não precisava que ele viesse aqui. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias, como por exemplo super herói, séries, filmes e quadrinhos, conversamos até eu ouvir o barulho da porta se abrindo, e pela maneira como o sapato tocava o piso da casa percebi que era minha mãe, Judy só chegou mais tarde, mas eu já havia dormido.
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Eu havia ignorado Judy o domingo inteiro, só saí do quarto para comer, e tentava fazer isso em horários intercalados ao dela, só a encontrei no almoço e jantar, durante esse curto período ela me encarava sorrindo - o sorriso mais cínico que eu já havia visto na vida -, e soltando alguns murmúrios baixos que somente eu podia ouvir e entender, eu comia o mais rápido que podia e corria para o quarto. Corey e Nanda me deram um grande apoio, mesmo que por mensagens e telefonemas. Eu ainda não acredito que também contei para Nanda sobre isso, mas ela conseguiu me cativar em poucos dias.
E quando enfim a segunda-feira chegou peguei toda a coragem que eu tinha - se é que eu tinha alguma - e fui pra escola, decidida a esquecer a parte ruim do meu sábado.
O dia estava sendo comum, aulas chatas, e blá blá blá... A única coisa diferente era que eu não havia passado o intervalo sozinha, fiquei um pouco com Corey e Nanda, mas logo depois Shay apareceu procurando Corey, e então ficamos nós duas, consegui explicar absolutamente cada detalhe da festa, por mais que eu quisesse guardar pra mim mesma o que minha irmã havia feito eu precisava contar, me livrar desse peso, e a Nanda foi a pessoa que eu escolhi. Por que não, o Corey? Porque eu já tinha me aberto com ele, e também tinha estragado a festa dele, não queria o encher com os meus problemas.
Nanda e eu já estávamos em casa a algum tempo, tentando nos concentrar no trabalho de biologia, quando ouvi duas vozes conhecidas conversando e rindo no corredor,no primeiro momento pensei que fosse um engano, mas eu percebi logo que não era.- Sério que você não gosta de ler? - a voz de Corey perguntava para Judy no corredor.
- Sinceramente, eu odeio ler, acho tão inútil isso. - ela respondeu abrindo a porta do quarto e fechando logo depois.
- Do que ela gosta? De ser uma vadia? - nanda pergunta revirando os olhos e eu tento me conter ao máximo para não rir, mas ela não estava necessariamente mentindo, apesar dela ser minha irmã e eu não conseguir odia-la nem querer o mal dela, eu não podia negar que isso era verdade.
- Ela também gosta de ser o centro das atenções.
- O que Corey faz com ela??
- Também queria saber. - eu estava começando a me irritar, não sabia ao certo o que isso era, mas era desconfortável saber que Corey e Judy estavam em um quarto sozinhos, eu deveria me importar? Meu amigo e minha irmã, isso deveria me incomodar? Por quê incomodava?
- Lua, você está com ciúmes? - Nanda diz rindo.
- Ciúmes? Por que eu estaria com ciúmes? - perguntou incrédula.
- Porque você gosta dele, MEU DEUS - ela grita e instintivamente coloca a mão na boca - você está gostando dele?
- Cala a boca, eu não gosto do Corey, não desse jeito, ele é só meu amigo. - digo revirando os olhos.
- Lua, você não quer admitir, mas com certeza está gostando dele.
- Eu só o conheço a uma semana, ninguém se apaixona em tão pouco tempo.
- Tem diferença entre "uma pequena queda" e "paixão".
- É, mas eu não sinto nem uma coisa, nem outra por ele, tá bom? Ele é só meu amigo, e nós viemos fazer um trabalho, não foi? Que tal voltarmos a ele?
- Você só está tentando mudar de assunto, mas quando você perceber que gosta dele, não diga que eu não avisei - ela diz e eu reviro os olhos, voltando a me concentrar em nossa pesquisa, e ignorando o que Nanda havia acabado de dizer.
Era impossível eu estar com ciúmes, não era? Eu não estava nenhum pouco afim do Corey, isso era coisa da cabeça dela, tinha que ser, como eu poderia gostar de alguém que eu conhecia à exatamente uma semana?
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Happiness
Ficção AdolescenteDa onde vem a felicidade? Será que perder alguém que nós amamos tanto é motivo suficiente para pararmos de sorrir por tanto tempo? Para Lua sim, por anos ela esqueceu o que era ser feliz, mas a mudança vem quando menos esperamos, não é mesmo? Com C...