capitulo XIV

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Safira

Senti um vento frio passar por mim estava preparada para atirar chegou logo outros viram, estava atenta com o olhar para a floresta quando escutei um choramingo de lobo, olhei para o lado de onde vinha o som e tinha um lobo com uma flecha na pata, olhei de novo pra floresta e agora eu já podia ver os caçadores, todos com arcos ou bestas na mão e é claro meu pai estava na frente os liderando, um bolo formou na minha garganta em pensar que teria que matar minha família, mas não havia outro jeito
-Ora ora se não é a fugitiva
Meu pai falou e não o respondi, ele olhou para mim e fez sinal com cabeça para atacarem, imediatamente os lobos atacarão e claro eu também

Narradora

A luta começou os lobos matavam qualquer caçador e o mesmo faziam os caçadores, as flechas de Safira logo acabaram e como da última vez pegou uma adaga que estava na cintura e continuou lutando, usando também suas garras
A luta não durou muito, nenhum lobo morreu e somente um se feriu gravemente, já Melissa estava com cortes pelo corpo feito por facas e flechas que pegaram de raspam, nada grave apesar de doer um pouco ela já estava acostumada, olhou em volta mas não viu o corpo do pai e do irmão em meio aos corpos imediatamente ficou preocupada será que estão vivos? Essa frase rodava na cabeça da menina
Ela olhou em volta novamente até ver a cena que fez um lágrima escorrer pelo seu rosto, o corpo de sua mãe no meio de vários outros, estava tão distraída com a cena que nem percebeu que estava na mira de alguém

Safira

Senti alguém me impurando com força, cai no chão e ouvi aquele famoso choramingo de lobo, me sentei e vi um lobo que logo reconheci como sendo o João, com um flecha na altura das costelas, uma flecha que agora deveria estar na minha cabeça me levantei e vi meu pai com uma besta na mão
-Eu posso ir para o inferno, mas você vai junto
Falou e atirou de novo mas dessa vez eu segurei a flecha a centímetros do meu rosto, um ódio muito grande queimava no meu peito, ódio por esse homem que um dia chamei de pai
Ela atirou de novo e eu esquivei por pouco, a flecha cortou um pedaço da minha blusa mas não me importei, sem dar tempo dele fazer nada peguei uma faça e atirei nele, pegou na sua perna e fez ele soltar a besta mesmo meio machucada corri e consegui pegar a besta antes dele, a joguei longe já que não tenho flechas não me serviria, ainda tinha minha adaga,apesar dela estava coberta de sangue e é claro as minha garras que não estavam muito diferente, ele se levantou com dificuldade pegou a faça na perna e tentou me acerta mais eu abaixei e deu uma rasteira que fez ele cair no chão, aproveitei e subi em cima dele e afundei minha garras em seu peito e como ele estava machucado e fraco não conseguiria me levantar
-Quais são sua última palavras?
Perguntei e coloquei minha adaga em seu pescoço
-Eu deveria ter deixado você naquela floresta para morrer
Fiquei em choque como assim? Floresta?
-Que história é essa?
Perguntei confusa
-Por que deveria lhe contar irei morrer do mesmo jeito
Tirei minha garras de seu peito e fiz um arranhão profundo em seu rosto
-Porque? Fui torturada a vida toda, você acha que eu nao sei como fazer alguém abrir a boca
Vi um pouco, mas bem pouquinho mesmo de medo nos seu olhos
-Isso mesmo "filha" eu e sua mãe lhe encontramos na floresta dentro de um cesto quando fomos caçar, a única coisa que tinha lá era um papel com seu nome
Fiquei chocada então quer dizer que eles não eram meus pais?
-Eu iria deixar você lá mas sua mãe insistiu para ficar com você, me arrependo todo o dia por ter aceitado pois agora você não passa e de uma vagabunda taí...
Não o deixei terminar, cortei sua garganta e levantei senti lágrimas descendo pelo meu rosto e lembranças de quando eu era pequena e feliz vieram a mente me fazendo chorar ainda mais, senti alguém me abraçando era o alfa, não liguei pra isso continuei chorando

1 semana depois

Bom já fazem uma semana desde a luta é claro que estou um pouco triste pois apesar de tudo nos tivemos bons momento, mas também me sinto livre, agora estou arrumando as minha coisas virarei, uma nômade apesar do alfa me convidar pra morar aqui não aceitei, todo que eu quero é um tempo só, um tempo pra me encontrar, conhecer o mundo, já vivi tempo demais presa
-Bom agora é só me arrumar

Falei pra mim mesma tenho que me lembrar de agradecer mais uma vez ao alfa por me dar essa bolsa, ela tem um feitiço que faz caber inúmeras coisas sem pesar e pelo que o alfa disse posso colocar o que eu quiser e ela não fica cheia, e é verdade pois todas as minha roupas, armas e dinhero(que nao era pouco) que estavam na casa dos meus "pais" estão nessa bolsa
-Chega de enrolar Melissa
Falei sozinha de novo e fui para o banheiro tomei um bom banho, vesti uma blusa de manga branca, jaqueta com capuz preta, calça preta e botas também pretas e desci o alfa Marcos, a Lorena e o João estavam me esperando, Lorena veio logo me abraçar
-Boa sorte garota
Falou, eu iria sentir falta dela, na verdade de todos eles e,la me soltou e o alfa e abraçou
-Se cuide e lembre sempre estaremos de portas abertas pra você
-Obrigado
Ele mau me soltou João me abraçou com força e me rodou no ar
-Promete que vem nos visitar ?
-Prometo
-Jura?
-Juro
Respondi revirando os olhos mas sorrindo, eu realmente iria sentir falta deles, ficamos mais um tempo no despedimos e agora estou aqui de frente pra floresta colocando minha famosas garras, as coloquei olhei para trás e meu olhar se encontrou com o de João ele sorriu, eu sorri de volta e comecei a correr sem rumo, eu gostaria de ter bola de cristal pra saber o que vai acontecer comigo de agora em diante

Companheira Dos SupremosOnde histórias criam vida. Descubra agora