Capítulo XLIX

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Narrador on

O ódio que consumiu Safira a fez respirar fundo e olhar para seus companheiros em seguida para o irmão, como eles iriam reagir?

-Safira o que ele fez com você?

Safira deu um sorriso amargo antes de responder

-O que você acha Bê?

 Ela soltou um risadinha com os olhos vibrando de dor, uma dor que ela já tinha esquecido

- Bom João me deixou perto de casa naquele dia, eu achava que conseguiria me safar, no começo pensei que deu certo, dei a desculpa que tinha desmaiado e por sorte não tinha me achado, ele me encaminhou ao quartinho do castigo e la revelou que tinha me visto que sabia da traição, ele estava consumido pelo ódio mas eu também estava então o enfrentei, e como premio pela minha coragem quase não sai  viva daquele lugar, costas em carne viva, costelas quebradas, rosto roxo, braços e pernas cortadas e outras lesões que já nem lembro.

Ela mal acabou de falar Bernardo a tomou nos braços, num abraço apertado

-Me desculpa por te deixar lá, me desculpa, me desculpa... por favor Lua

Ele falou quase em prantos, todos estavam chocados tanto com as crueldades do pai de Safira quanto com a reação do caçador, que até agora estava sendo irônico e frio, e claro gerou certos ciumes por parte dos supremos

-Não é culpa sua Bê, aquele homem era um monstro

- Eu te deixei mesmo sabendo quem ele era Safira, você era uma criança mana, e eu  te deixei

- E o que você poderia fazer? Lutar contra ele era impossível, ele era forte e tinha aliados, nunca teria me deixado ir sem briga

-Mesmo assim, eu poderia ter tentado, eu podia...

Melissa o cortou se separando do abraço e segurando o rosto de Bernado entre suas mãos 

-Não foi culpa tua e além do mais é passado é ruim? Claro que é mas ainda assim é passado

Ela falou e o abraçou de novo mas eles logo se separaram e Melissa o pediu para ele sentar, ela queria continuar logo a historia acabar logo com isso tudo

-Bom depois disso, Marina, que era enfermeira, fez o básico comigo, o suficiente só para mim não morrer ou ficar com algum osso torto, mas assim que tive forças o suficiente para andar eles começaram a me dopar, colocavam sonífero na minha comida e como eu precisava ficar forte eu comia do mesmo jeito. Três semanas depois da punição fui chamado por ele para uma conversa no andar de baixo, ele queria saber como eu tinha escapado do lobos, eu contei parte da verdade que os lobos tinham me deixado ir por gratidão, mas ele era esperto, me perguntou porque de eu ter ficado tanto tempo la, fiquei calada não lhe respondi e ele tirou as próprias conclusões que eu tinha ficado amiga dos lobo

Nesse momento João a interrompeu

-O que não é uma mentira mas devo dizer que meu pai ficou com um leve medo de você contar tudo que ele te falou

Melissa sorriu pela afirmaçao e os outros que não estavam acostumados com o companheirismo do dois estranhavam mais uma vez aquele tipo de comportamente

-Continuando meu pai queria me usar como isca para invadir a alcateia mas na noite da invasão eu conseguir fugir, deixando um pequeno desafio ao meu querido pai

Falou Melissa sorrindo maldosa

-Que desafio foi esse?

Perguntou Guilherme 

-Que ao invés dele caçar os lobos naquela noite ele me caçasse

-Você só podia estar com um parafuso a menos menos!

Companheira Dos SupremosOnde histórias criam vida. Descubra agora