Capítulo LIII

3.3K 249 60
                                    

Mateus on

Dizer que eu estava chocado era pouco, era muita coisa, até certo ponto eu não digeri tudo, principalmente da minha companheira mas no fundo eu sabia ou tinha  a ideia que seu passado não era algo bom ou até mesmo fácil de lidar, ela sempre o escondeu de todos mas todos nos sabíamos o que ela era, ou melhor é, uma caçadora de seres sobrenaturais, isso ela nunca escondeu muito pelo contrario sempre mostrou quem é e eu, nos, sempre havíamos aceitado isso e agora com a verdade vindo atona eu só tinha um pensamento: eu não iria  abandoná-la, tudo que ouvimos era passado eu conhecia seu presente, amava seu presente, agora que eu conhecia seu passado bastava aceita-lo como ele era, passado e, é claro eu via essa mesma determinação nos olhos de Vitor

-Acho que é sua vez Kaique 

Falou Lina me tirando de meus pensamentos e atraindo a atenção de minha irã. ela olhava para seu companheiro em um sinal claro, ela queria saber seu passado, Kaique olhou para Lina com um pequeno sorriso antes de falar

-Já que a senhorita pediu com tanta gentileza....Eu nasci ômega, vivianos rodando o mundo conhecendo lugares, sempre em movimento, um vida bem livre, fora meus país havia mais seis pessoas conosco, um pequeno bando nômade,  quando eu tinha uns dezessete nos encontramos com outro grupo nômade, um grupo de lobos um pouco maior que o nosso, dissemos que não queríamos problemas mas eles sequer escutaram, atacaram, o único que sobrevivi foi eu, pois logo que o ataque começou meu pai me mandou fugir, depois disso vivi um bom tempo só, caçando os que mataram minha família, até que os encontrei, era para mim ter morrido aquele dia,  os ataquei de maneira extremamente imprudente, não tinha nada a perder na época, o que me salvou foi a interferência de Safira e do outros, foi um encontro de puro acaso mas salvou minha vida, depois disso entrei para o bando deles e aqui estamos

O pequenos risos causados pelo primeiro comentário foram morrendo ao longo da historia, uma coisa eu havia percebido, até agora todas as suas historia eram triste, para não dizer horríveis, todos sofreram, tinha motivos para serem os piores monstros mas o encontrar com uns com os outros havia sido suas salvações, isso só não havia acontecido com Safira, ela teve que se salva antes de salvar todos os outros, era difícil julga-la ao pensar nisso 

-Depois disso viemos nós 

Falou Alice apontando para ela e para Caio, que tomou como deixa para falar

-Sou o segundo filho do Beta de uma alcateia na Inglaterra, Alice é a filha da bruxa dessa alcateia, quando completei 16 anos e me transformei pela primeira vez descobri que era companheiro de Alice

-Mas nosso pai não aceitaram muito bem, você sabem, laços de companheirismo com bruxas nem sempre são bem vistos 

Assentimos ao que Alice falou, não era exatamente raro lobos ou vampiros se juntarem com bruxas, a grande questão era que esses laços era considerados mais fraco e mais perigosos

-Sem querer interromper o belo momento mas alguém poderia me explicar o por que disso?

Demorou um segundo para me lembrar que o suposto irmão da minha companheira não conhecia nossos costumes, o que faz sentido, afinal para que entender as criaturas que você nasceu para matar?. Me pareceu por um segundo que ninguém iria responde-lo mas Safira começou a falar

-Pense nos lobos e no vampiros como máquinas Bê, imagine que cada uma tem uma entrada e um cabo e que a entrada e cabo sejam diferentes para todas as pessoas, ou seja só um cabo se encaixa na entrada de cada pessoa e seu cabo também só se encaixa em uma entrada, quando a pessoa acha seu cabo e sua entrada certas ela acha seu companheira, entedeu até ai? 

(Espero que vocês tenham entendido, foi a única maneira que eu achei de explicar kk)

-Entendi mas isso não responde a minha pergunta Açúcar

Companheira Dos SupremosOnde histórias criam vida. Descubra agora