Capítulo 128

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-Eu enfrentaria o mundo
com uma mão,
se você segurasse a outra.💕❤

Autora Narrando


  As enfermeiras (inclusive Rose), ficaram abismadas com a melhora rápida de Mellyssa, Mattheus não se preocupou em ligar para Carlos, e muito menos para Laura.

  Eles ficaram ali, a madrugada inteira conversando sobre coisas sem sentindo, não importava o assunto, só queriam ficar um ao lado do outro.

  Algumas horas se passaram, ela dormiu, e Mattheus, depois de tantas noites dormindo mal, se ajeitou naquela poltrona minúscula, e conseguiu pregar os olhos.

  Sophya entrou na recepção com o rosto vermelho, e um psicólogico completamente abalado, depois de passar a noite toda chorando.

  Parte da família de Mellyssa estava na recepção, avó, primas e os pais, pensando que dali, iriam direto para um cemitério, depois disso tudo, posso concluir, que eles são muito pessimistas.

Luana - Odeio hospitais.

  Disse usando um dos seus vestidos mais curtos e colados, qualquer um que a visse vestida daquele jeito, pensaria que a garota estava indo para a balada, e não para um "enterro".

  Anne e Júlia, bem, não preciso dizer que as duas, estavam um pouco piores que Luana no quesito moda e maquiagem, já que usavam sombras estilo Cocô-de-unicórnio, cheias de brilho, pior que o arco íris.

  Lúcia parecia não se importar com a suposta "morte" da neta, estava com seu espelho que com certeza valia um carro, passando um batom vermelho, que pagaria minha faculdade, e arrumando os cabelos duros de gel.

  Laura estava pálida, até parecia que a morta era ela, as suas
mini-sardas estavam à mostra, o cabelo preso (digo, ela tentou prender, mas ficou parecendo um ninho de rato :) ).

  Mellyssa acordou e revirou os olhos, se perguntando o motivo de hospitais serem tão ruins, sem vida, e ficou ali, pensando em como eles queriam que as pessoas melhorassem, sendo que os quartos, pareciam caixas de fósforo, de tão pequenos.

   Puxou a coberta por cima da cabeça, levantou a roupa, viu um monte de curativos e fios espalhados pelo corpo.

  Tirou o cobertor e olhou para Mattheus, que ainda dormia, ela estava ficando completamente entediada de olhar pro teto branco do quarto, então, agiu como uma criança de três anos, pegando um controle em cima do criado mudo e apertando os botões, que faziam a cama subir e descer.

  Ela semicerrou os olhos, tentando lembrar de alguma coisa, mas as tentativas foram em vão.

  A porta se abriu, e Rose entrou, com uns passos estilo esquilo, carregando uma bandeja com comida em cima:

Rose - Bom dia.

Lyssa - Bom dia.

Rose - Aqui, acho que você deve estar com fome.

  Mellyssa olhou pra bandeja, com um pão e um copo de suco de laranja:

Lyssa - Obrigada.

Rose - De nada.

  Tirou uma seringa do bolso:

Lyssa - Não tenho uma boa relação com essas coisas.

Rose - Nem eu, mas fazer o quê.

  Deu de ombros e aplicou o remédio:

Rose - Mais tarde eu volto.

Lyssa - Tá bom.

O Filho Do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora