Capítulo 87

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    Ficamos no jardim por um bom tempo, meu estado emocional não era dos mais agradáveis, me sentia culpada por deixar Mel, meus pais, enfim, deixar tudo que eu construí, para trás.

  Já eram 21h da noite, eu estava no quarto lendo um livro aleatório que achei na estante, ouço batidas na porta, coloco o cobertor por cima do corpo:

Lyssa: Entra.

Carlos: Boa noite filha.

  Entrou com Mellanye nos braços:

Lyssa: Oi.

Carlos: Como você está?

Lyssa: Bem.

Carlos: Vim conversar com você sobre a sua viagem.

  Se sentou na cadeira giratória da mesa estudos:

Lyssa: Por favor, fala que eu não preciso mais ir.

  Coloquei o livro no canto e juntei as mãos:

Carlos: Muito pelo contrário.

  Suspirei e revirei os olhos:

Carlos: Amanhã nós vamos comprar as passagens.

Lyssa: Quero morrer.

  Tombei a cabeça pra trás e tampei os olhos:

Carlos: Se está preocupada com a Laninha, pode relaxar que eu vou contratar uma babá.

Lyssa: Também estou preocupada com ela, mas são tantas outras coisas, você não entende, antes eu cheguei aqui e odiei tudo, mas agora, logo agora que está tudo se encaminhando vocês querem me mandar pra longe?É mancada da parte dos dois.

Carlos: Não é "mancada" de ninguém não, a gente tá tentando fazer com que você tenha um futuro melhor.

Lyssa: E pra isso eu tenho que ir pra onde o Judas perdeu as botas?

Carlos: Não complica.

Lyssa: Não me manda pra Londres.

Carlos: Fica reclamando que eu te mando pra Antártida.

Lyssa: Hm..frio, pinguins, escassez de pessoas...

  Contei nos dedos:

Lyssa: Ótimo, perfeito.

Carlos: Para de ser dramática menina.

Lyssa: Vou levar a Mel comigo.

Carlos: Ela tem que ficar com o papito.

  Levantou ela, que sorriu:

Lyssa: Aí que difícil, ela é mais fofa que o Gato de Botas do Shrek.

  Coloquei a mão no rosto:

Carlos: É minha Meridinha.

Lyssa: Valente, amo.

  Fiz um coração com as mãos:

O Filho Do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora