O Grande Dia

75 1 0
                                    

Já era. O Invencível, estava com cara de criança alegre.
-- Hahahaha! Ninguém pode me matar... Nem hoje e nem sempre!
Todos ficaram imóveis, inclusive eu. Minha vida e a vida de todos acabaram, assim pensaram. Havíamos desistidos. Todos pararam e ficaram de olhos arregalados e de boqui-abertos pra aquilo que estava acontecendo.

De repente, Ele abriu a mão na minha direção ( perceberam o 'E' no "Ele"? ) e um vento me levou para traz, fazendo eu bater a cabeça. Aquela foi a dor mais horrível que senti na minha vida!

-- Agora, deixa eu ver quem eu vou levar junto comigo... -- Ele foi contando os meus amigos com o dedo, como se fosse matar alguém, pelo menos eu achava, só que lembrei que ele pode passar o poder dele pra alguém. De repente, ele parou o dedo em uma pessoa. Olhei quem era, foi a pior coisa que fiz.
-- E essa mulher aqui? Nova e parece forte pra ser minha amiga... Vou te levar!
Ele estava indo em direção à minha irmã. Eu ainda estava deitado no chão da rua, muito machucado e gemendo, só que aquilo me deu forças.
-- MINHA IRMÃ NÃO! SEU VAGABUNDO! -- Ele estava quase chegando nela, ele ia toca-la. Mas...

Eu, ainda com muita dor, fui me arrastando até ele. Se eu fosse morrer, queria ser daquele jeito, salvando minha irmã.
Estava indo, indo, faltava uns 5 metros, mas era como se fossem 5 Quilômetros.
-- Prepara-se, madame! -- Disse ele. Todo feliz...
-- NÃÃO! Carol, saia daí! -- Só que ela não me ouvia. Teve tanto medo, que fazia com que ela não se mexia. --, Carol, por favor, me ouve! SAIA DAI! -- Ela percebeu minha voz, só que já era tarde demais. A mão dele já estava alguns centímetros à do corpo dela. Igual eu.

Eu peguei todas as forças para me levantar. Pensei: "Já é tarde de mais!". Quando consegui me levantar, atirei na frente dela, com a maior velocidade que existia na minha vida! E a mão dele se encontrou com meu corpo, no peito.

Neste momento, a dor foi imensa, era como se tivessem tirado meu coração. Mas ainda continuaria vivo para presenciar mais aquela dor.
Tudo na minha vida, tudo mesmo, até minha irmã, foi tirada de mim naquele exato momento. A minha vida passou sobre meus olhos, e tudo que eu podia fazer era chorar. Um clarão envolveu aquele lugar, que se iluminará mais e mais.
-- Hahahahaha! Que tolo! Você terá que aprender que o amor é a maior fraqueza do ser humano, moleque!

Raiva e dor se misturaram em uma mistura perfeita, para acabar com um ser humano. Carol me olhava, gritando "NÃO!" e tentando me livrar daquilo, só que nada dava certo. Ela presenciou a dor mais horrível da minha vida pelos próprios olhos, e isso à fez mudar, mudar todo o carácter.
-- SAÍA DAI, POR FAVOR! ELE É MINHA ÚNICA FAMÍLIA! -- Implorou Carol ao homem.
-- Tarde demais, querida! --

Quando a dor finalmente ia acabando,  e eu tive a sensação de que iria morrer, eu consegui dizer as últimas palavras que ela ia ouvir sobre minha boca na vida:
-- Eu te amo, Carol.

E finalmente, morri.

Espera, eu disse "morri"?

AerokinesisOnde histórias criam vida. Descubra agora