Descoberta

1.6K 159 84
                                    


( Era uma vez – Sandy e Jr ♪ )


Lexie colocava os patos no cercadinho em espécie de ninho feito de pequenas almofadas onde os patinhos ficavam durante a noite. Era tarefa de limpar toda sujeira que os bichinhos faziam, mas a menina não se importava ela amava os bichos e sonhava quando crescesse se tornar veterinária. Depois de cumprir suas tarefas a menina correu ate sala para pedir à babá que ligasse para sua mãe.

– Naná o cercado está limpo e patos não estão soltos. Posso ligar para mamãe agora, por favor? – A garotinha juntava as mãozinhas fazendo sua melhor carinha manhosa. Louise pensava como ela poderia ser tão adorável, mas tão manipuladora com tão pouca idade, era impossível negar qualquer coisa a Lexie. Era natural ela cativar todos a sua volta.

– Tudo bem pequena manipuladora. Mas fale pela geringonça e use aquele negocio de internet. Ligações ficam caras e vocês duas demoram demais ao telefone.

– Se chama computador Nana. – Lexie, respondeu rindo.

– Sim isso mesmo. Agora vá que vou terminar de ver minha novela, mas nada de bagunças no quarto da sua mãe. Logo a menina deu beijo na bochecha da babá, e correu para quarto da mãe. A essa altura Clarke já esperava que a filha ligasse, e assim como a menina a violinista estava com saudades. Lexie ligou o notebook e iniciou a chamada de vídeo, em poucos minutos Clarke atendeu recebendo o maior sorriso da garotinha.

– Mamãeee. - Lexie gritava empolgada assim que mãe surgiu na tela.

– Oi princesa.

– Mamãe, eu estou com tantas saudades, quando você volta para casa?

– Oh meu amor, também estou cheia de saudades. Não vejo a hora de chegar ai e te encher de beijos. - Clarke respondeu com coração apertado, ela sentia falta demais da menina. Porém aqueles dias de descanso eram necessários.

– Não vai demorar Lexie. Eu volto em dois dias e vou ficar três dias ainda em casa matando a saudade da minha princesa esta bem. –Clarke viu a rostinho de a menina mudar ela estava feliz.

– Serio mãe? Assim podemos ir ao parque e fazer uma maratona de Harry Porter com pipoca e chocolate.

– Seriíssimo, podemos fazer tudo isso que você falou e muito mais.

Lexie pulou empolgada na cama estava contando os dias para que mãe voltasse logo. Mãe e filha ficaram por mais uns vinte minutos conversando sobre as novidades e Clarke ouvia atenta, as aventuras da menina. Como de costume Clarke lhe contou uma historia e Lexie dormiu em seguida sobre os olhos da mãe que mesmo distante sentia um conforto em ter momentos assim.

Sabendo que provavelmente a garotinha teria adormecido Loise subiu ao quarto de Clarke pegou o notebook o desligando em seguida e cobriu a menina deixando que ela dormisse ali mesmo. Era uma forma de Lexie se sentir um pouco mais perto da mãe.

( Malandragem – Cassia Eller ♪)

Lexa se revirava na cama. Olhou o relógio de cabeceira eram 5h45, enfiou a cabeça nos travesseiros, se odiando por, mas uma vez uma mulher ser motivos da sua falta de sono. Perguntava-se o porquê Clarke Griffin tinha se negado a jantar no restaurante já que parecia que ela o faria ali, se não tivesse encontrado ela e depois mudara de ideia. Lexa tentava não pensar na imagem daquela mulher abaixada sobre a porta do restaurante fazendo o menino rir. Ou como seus cabelos loiros brilhavam tanto com aquela luz. A pele parecia macia pensou Lexa e logo sentiu uma excitação crescente como não sentia há anos.

Mas de certa forma aquela boca vermelha e os olhos azuis intensos soletravam problema. E Lexa Woods não precisava de mais problemas em sua vida. Porque aquela mulher não podia ter ido a outro lugar para passar as férias? Bem longe dali... Quando dormir pareceu algo impossível, Lexa acendeu a luz do quarto e pegou um livro que estava sobre a mesa de cabeceira e resolveu tentar ler o romance que tinha começado há ler alguns dias atrás. Não conseguia se concentrar na leitura e acabou voltando algumas paginas para se lembrar do enredo. Logo viu que a leitura não a acalmaria e colocou o livro de volta a mesinha. Lexa a tinha acordado devido ao pesadelo que não se encaixa naquele lugar luxuoso. As imagens e flash ainda vinham a sua cabeça: Cabanas miseráveis, vilas queimadas, refugiados desalojados. Lexa tinha presenciado tudo aquilo há poucos dias na África. Crianças órfãs chorando, famintas foram o que mais mexeram com a empresária. Uma garotinha que tinha acabado de morrer nos braços da mãe lhe fizera lembrar-se de sua filha ela compreendia a dor que mulher sentia. Diante de tanta dor ela pensava que todos os seus problemas eram nada perto de tanto sofrimento.

Butterfly - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora