A verdade

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( Anjo - Roupa Nova ♪ )


Lexa depois da conversa com Clarke tinha decido ir ate o restaurante para tomar o café da manhã, resolveu ler o jornal para se distrair. A comida descia como se fosse serragem, ainda se questionava se fizera a coisa certa mandando Clarke embora de sua vida. Mas o pior é que sentia a pior mulher do mundo depois dessa decisão. Irritada e de mau humor sacudia o jornal, tentando se concentrar nas noticias. Mas as memórias da conversa e rosto de Clarke Griffin insistiam em permanecer entre ela e o tabloide. Era estranho, mas Clarke lutara, mas não tinha implorado. Tinha sido magoada, mas não chorara.

Lexa tinha certeza queria Clarke, mas do quisera qualquer outra pessoa o mundo. As palavras de Clarke ressoaram em sua cabeça, será que ela ainda era refém dos pais? Será que o trauma ainda poderia ser curado um dia? Nem mesmo ela sabia essas respostas. Porém uma coisa era certa quando voltasse para casa iria descobrir o que aconteceu. Iria ate a grande mansão de pedra onde crescera e iria confrontar sua mãe sobre as cartas. A empresária conhecia o pai sabia que ele jamais iria mexer na sua correspondência. Entretanto, Catherine Woods era capaz de fazer uma coisa do tipo, certamente teria visto Emma como uma violinista sem um centavo no bolso, interessada em dar um golpe qualquer na família Woods.

Mas porque motivo faria Catherine agir de forma tão clandestina e maliciosa, o que poderia haver demais naquelas cartas? Tinha ter outro motivo e isso começou a deixar Lexa ainda mais curiosa para saber o conteúdo das cartas. A filha queria respostas e as teria. Frustrada, e sem conseguir prosseguir com leitura Lexa dobrou o jornal e deixou o restaurante, decidiu dedicar o resto do dia ao trabalho só assim conseguiria parar de pensar em Clarke. Mas quando sentou de frente ao computador checando e-mails e outras coisas, um som doce invadiu o ambiente através da janela aberta. Devagar e sem ao menos se dar conta se levantou seguindo a melodia que atraia como um imã.

Lexa acabou parando em frente ao chalé de Clarke. Quando chegou lá e se deu conta de onde estava ficou alguns minutos à porta, ouvindo a musica e sentindo o quanto Clarke estava infeliz, tanto ou mais que ela. E cada nota perfeita que a invadia tomavam sua alma e fazia esquecer as duvidas. Clarke lhe escrevera mesmo aquelas duas cartas, a musica era, profunda demais. Não tinha como duvidar de sua palavra. E Clarke tinha lhe escrito era sinal que queria manter contato, não importando o quanto ela tinha magoado Clarke mesmo irritada quando elas tinham se reencontrado ali na ilha. E Lexa precisava dizer a ela cara a cara que acreditava nela. A porta estava destrancada. Lexa abriu e entrou sem se anunciada. O laptop de Clarke estava sobre a mesa, à tela de descanso tinham notas musicais coloridas. Pensou Clarke deve estar no quarto. Agora ela tinha passado do lirismo de Tchaikovsky para lamento moderno, e repleto de dissonância e um desgosto selvagem.

Embalada pela musica que tocava não sua alma, mas também seu coração Lexa levou a mão ao teclado do laptop esquecendo que o chalé e o computador não eram seus. Automaticamente tocou a barra de espaços. E uma imagem surgiu diante da tela, chamando a atenção de Lexa. Uma garotinha adorável de longos cabelos negros e olhos profundamente verdes como os seus, vestindo uma camisola branca sorrindo diretamente para ela. O mundo girou Lexa precisou se sentar e fez isso na cadeira mais próxima. Ela já tinha visto essa mesma menina dias atrás, seus olhos ficaram fixos na tela. O queixo da menina era arrebitado lembrava Joshua. Pensava será que ela filha de Clarke? Deveria ter quase uns sete anos. Poderia ser o que Lexa estava imaginando?

– Não só poderia ser uma piada do destino. – Lexa murmurava para si mesmo. Aquela menina era idêntica à foto feita em computador à projeção de como sua filha estaria agora com quase nove anos de idade.

Será, que seria essa o motivo que Clarke lhe escrevera as cartas? E assim com a correspondência dupla, ele saberia da noticia mesmo que uma extraviasse? Eram tantas perguntas, queria gritar e chorar ao mesmo tempo. Tinham sido tanto anos em busca de noticias de sua menininha e agora aquela foto. E quantas vezes, vira olhos verdes de cor tão verdadeira e profunda. Tinha ser a sua filha que a menina que sua mãe tão maldosamente tinha lhe tirado anos atrás. Lexa era mãe de uma linda garotinha era um fato que Clarke iria lhe confirmar.

Butterfly - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora