01 Bitolados

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" Filhos criados, trabalho dobrado." - Ditado Popular.

Ao som de In the Mood, a família Neves chega a festa da família Ferrari de fim de ano. Todos estavam muito elegantes, e Lígia atraía olhares curiosos com sua graciosidade.

Ela havia passado alguns anos fora para estudar. Anos estes que a fizeram muito bem.

Lígia observava o local minuciosamente,  a procura de sua estimada amiga Ana, que não há virá a alguns anos, elas se conheciam desde a infância.

- Finalmente!- Lígia ouvirá uma voz, chamando sua atenção para um homem muito elegante e sorridente. Que os receberá de braços abertos, com o semblante expressando contentamento em receber-Los, em sua propria residência.

- Demoromos, porém chegamos. - o Sr Neves, pai de Lígia falará retribuindo o sorriso, e cumprimentando o anfitrião com um aperto de mão, se aproximando do Sr Ferrari lhe dando dois tapinhas nas costas, e recebendo o mesmo como gesto afetivo.

- Sra Neves, e um privilégio tela em minha umilde casa. - o Sr Ferrari falou com uma expressão mais seria, tomando a sua mão é a depositando um beijo, respeitosamente.

- Não seja modesto Sr Ferrari. - a Sra Neves, mãe de Lígia disse sutilmente zombeteira.

- Oh  céus! - o Sr Ferrari disse surpreso, parecendo não acreditar no que seus olhos vislumbrava. - Srt Lígia? - o Sr Ferrari indagou, com uma expressão estupefato.

Lígia apenas sorriu, com os lábios fechados erguendo as bochechas e lateralizando um pouco a cabeça em direção ao seu ombro, como sinal de confirmação.

- Parece que adormeci por cem anos.- o Sr Ferrari disse se aproximando da moça reptivamente. - você está ainda mais bela do que as flores do meu jardim. - ele disse tomando a mão da jovem Lígia cordialmente depositando um  beijo suave e despretensioso. Ele se ergueu, se ajeitando em seu próprio eixo, e olhou para Lígia como quem quer dizer alguma coisa mas se contém.
Lígia o olhou como se desse permissão para que ele pronuciace o que almeja.
Por fim ele não se conteve .- meu filho iria adorar colher essa flor. - Lígia franziu o cenho com uma expressão de seriedade. Ela não achou o comentário do Sr Ferrari  inerente.

" por que ele não mordeu a língua."

Lígia pensou antes de lhe dar uma resposta mal criada. - até onde não me falha a memória, seu filho não é jardineiro. - Lígia disse com um tom um pouco desafiador. - e se refira a mim como um Caquito. - Lígia cuspiu as palavras rispidamente, com o semblante sério, e um olhar semiserrado.

O silêncio de fez alto entre os quatro que se olhavam surpresos com o ato munido de Lígia.

- Não seja indelicada com o anfitrião da festa Lígia. - sua mãe e repreendeu em baixo tom, falando ente os dentes, quase como ruídos.- nos perdoe ela está cansada. - a mãe de Lígia falou em tom normativo,com um sorriso amarelo e face corada, tentando amigavelmente intervir um clima desagradável entre eles, naquela noite de trinta e um de Dezembro, de mil novecentos e cecenta e quatro. - a viajem de volta para a casa foi longa, e os devaneios dele não podiam ser diferentes. - Regina Neves disse por fim atribuindo sorrisos nas faces dos Srs Neves e Ferrari.

- Meu coração se alegra ao ver todos reunidos e sorridentes, em minha casa.- a Sra Ferrari, esposa de Luís Ferrari disse comprimentando a todos com um sorriso simpático e acolhedor.

- A casa não é sua meu amor. - o Sr Ferrari disse suando um pouco arrogante em seu tom de voz, vendo o sorriso de sua amada esposa murchar por ser contrariada na frente dos Neves. Ela não se deixou abalar pela inconveniência do marido, e retomou o sorriso estonteante nos lábios reformulando a frase.

Anos de ouro amor de prata : Triologia. Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora