Epílogo

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" Não me encaixo nessa sociedade onde o 'amar' depende do 'ter'. Sou da época que 'amar' é 'ser'. Meu 'amar' é a moda antiga."
            
                          ( Mauricia Silveira )

DOIS ANOS DEPOIS

Ana se casou com o irmão de Ricardo a alguns meses atrás. E Ricardo e Lígia foram padrinho e madrinha do casamento dos dois.

Hoje o casamento e de Ricardo e Lígia.

Ela já estava na porta da igreja com seu pai ao seu lado, e suas irmãs na frente cobrindo o tapete com pétalas de rosas brancas.

Dessa vez o vestido não tinha tanto volume. Era mais simplório, mas ainda sim deslumbrante.

O pentiado dela era uma trança em formato de coque que dava várias voltas lateralizadas.

O véu era trasparente e tênue. Mas o vestido era rendado. Não era muito justo na parte de cima, mas caia como luva no corpo de Lígia. A parte de baixo ia ganhando um exíguo volume.

O buquê que Lígia caregava em suas mãos, tinha algumas flores de Azaleia, e rosas de diversas cores.

Ela não usava coroa, apenas alguns adereços em sua cabeça. Nada em Lígia, chamava tanta atenção quanto da primeira vez em que ela estava a poucos passos de Ricardo para uma consolidação matrimonial.

Mas dessa vez, era notável um brilho nos olhos dela. Um sorriso genuíno nos lábios. E passos confiantes do que quer.

Ricardo vestia um terno preto. Ele estava elegante. E almejava para que Lígia corresse. Mas dessa vez em direção a ele.

Um sorriso de ternura ao ver sua amada caminhar em sua direção brincava em seus lábios.

Era perceptível para todos naquele recinto que, Ricardo e Lígia tinham sido feitos um para o outro.

Lígia chegou até Ricardo ( que sentiu alívio por ela não ter fugido ) E sorriu ainda mais ao sentir seu aroma inebriante.

- Cuida bem dela - José falou para Ricardo soltando Lígia

- É o que eu pretendo fazer até o fim dos meus dias - e sorriu por completar a frase

O Sr Neves foi para o lado de sua esposa e Ricardo e Lígia elogiaram um ao outro antes do padre tomar a palavra.

- Você está pomposa - Ricardo fala tentando ser o mais cordial possível

- E você está na sua melhor versão - Lígia diz sorrindo sem perder o sarcasmo

- Ela costuma surgir quando está com você

Lígia sé derrete ao ouvir as palavras proferidas de Ricardo.

- Estamos aqui, reunidos para testicicar está União, entre Lígia e Ricardo - o padre começa a falar solenemente gesticulando com as mãos - É com alegria tal, que nos reunimos na casa de Deus para mais uma celebração de um casal. Mas que não seja apenas uma celebração momentânea. Que seja uma celebração a cada dia. Cada momento de dificuldade que se enfrentam e vecem juntos. Já é motivo de celebração...

José e Regina se entreolharam. E entrelassaram os dedos.

- Respeito e confiança são dois preceitos que não cabe a vós impo-los. Mas conquista-los diariamente com afeto e paciência...

Paciência não era o ponto forte deles. Mas se souberam esperar o tempo um do outro, saberiam se adpitar.

- Assim como uma pranta sem água não subsistirá. O amor sem o carinho, respeito e compaixão não crescerá...

O padre não se alongou muito nas palavras. Ele falou o que julgou ser primordial ao casamento e toda uma vida pela frente.

Quando terminou, ele pediu para que Ricardo e Lígia repetisse os votos matrimoniais com ele.

- Eu Ricardo...

- Eu Lígia...

- Prometo amar e cuidar...

- Na saúde e na doença...

- Na alegria e na tristeza...

- Na riqueza e na pobreza...

- Nos dias bons e ruins de nossas vidas...

- Até que a morte nos separe.

- Ricardo - o padre direciona seu foco no mesmo - Você aceita Lígia Neves, como sua esposa de bom grado ?

- Sim - ele respondeu sem esitar

- Lígia, você aceita Ricardo Ferrari, como seu esposo de bom grado? 

Alguns cochichos entre os convidados rolaram. Todos estavam apreensivos com a resposta de Lígia. Afinal ela era imprevisível. Mas inegavelmente apaixonada por Ricardo.

- Sim - respondeu sem pestanejar

Alguns aplausos no fundo da igreja de comemoração foram audíveis por quem estava próximo.

- Pelos poderes a mim consebido. Eu vos declaro. Marido e mulher...

Os aplausos aumentaram um pouco mais.

- Pode beijar a noiva.

Assim que ambos se beijarem, os aplausos eram audíveis a quem quer que passasse no outro lado da igreja. Alguns colegas de Ricardo, assiviaram.  E algumas colegas de Lígia de emocionaram.

Eles saíram da igreja de braços dados. E foram recebidos por uma chuva de arroz assim que chegaram a porta.

A recepção foi na casa dos Ferrari. Que agora também era a casa de Lígia. Era tudo muito amplo na residência dos Ferrari. Todos os convidados poderam se acomodar muito avontade.

Muitos vinheram felicitar os noivos. Lhe desejando uma armonia estável e afeituosa por longos e infinitos anos.

Eles se sentiram lisonjeados com tamanha afeição de seus convidados e familiares.

Mesmo quando estavam separados. Lígia,  nunca tirou o anel de noivado de seu dedo anelar direto. Ela tinha como um presente. Não com um valor financeiro, que de certa forma não deixava de possuir um valor exorbitante. Mas tinha um valor sentimental.

O anel de brilhante que Ricardo presenteou Lígia, era lindo. E representava o sentimento mútuo de afeição que ambas desenvolveram um pelo outro.

A década a qual eles se encontram é conhecida como : Anos de Ouro. Ou tempos da brilhantina.

Mas a única coisa que brilhava agora era os olhos de Lígia quando cruzou com o de Ricardo.

A música que eles "dançaram" quando se viram, estava tocando. Era um ritmo agitado. Mas eles não se importaram em acompanhar a música em passos lentos.

- Me acompanha ? - Ricardo pergunta estendendo a mão para Lígia.

- Por toda a minha vida - Lígia o responde repousante sua mão na dele.

Mesmo com o ritmo agitado da musica, eles a conduziram com passos de danças lentos.

Tudo parecia estar lento para eles.

Menos o coração de ambos. Que batiam acelerados.

Pulssavam forte, um pelo outro.

Pulssavam forte, um pelo outro

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