" Águas passadas não movem moinho." - Ditado Popular.
Lígia continuava a lecionar. Só que agora ela tinha improvisado uma lona sobre as cabeças das crianças e dela mesmo.
Assim que terminou o horário de sua aula, Catarina veio lhe avisar que Ana estava no telefone, e queria falar com ela.
Lígia a orientou Catarina para que ela dissesse para Ana aguardar um pouco na linha telefônica, que assim que todas as crianças fossem embora, ela iria falar com ela.
Catarina assentiu e fez o que Lígia dedira.
Assim que todos foram embora, Lígia foi falar com Ana pelo telefone.
- Alô
- Até que enfim
- Você sabe que essa hora eu estou ocupada
- Eu estou sendo um estorvo? - Ana pergunta do outro lado da linha telefônica, fingindo descontentamento
- Não ponha palavras na minha boca. Mas enfim, você tem algo sério para partilhar comigo?
- Eu não, mas talvez você tenha
- Eu ? - Lígia franziu o cenho
- Sim você. Você não vem até a minha casa já faz um tempo. E nós não sairmos para passear na cidade desde que você voltou. A gente precisa por o papo em dia amiga. E como você está namorando - gracejou a ultima frase - Talvez tenha alguma coisa para me contar
- O que você sugere ?
- Vamos sair para lanchar
- você vai ter que vir aqui. Meus pais estão desconfiados de mim ultimamente - susurrou
- O que você andou aprontando?
- Nada demais. Venha aqui em casa e me convide na frente da minha mãe para não levantar suspeitas. E na lanchonete eu te conto tudo
- Tudo bem, eu estou indo ai
- Até logo
- Até logo - Ambas desligam o Telefone
Ana pega sua bolsa de mão e vai até a casa de Lígia.
Chegando lá ela é recebida por Lígia que já a aguardava na sala.
- Até que enfim - Lígia puxa Ana para dentro de sua casa
- Você podia ser mais delicada - Ana diz se desvenciliando da mão de Lígia que segurava seu braço
- Mais do que eu já sou ? - diz zombeteira
- Ouvi batidas na porta - Regina desceu a escada de sua casa, e avista Ana parada a alguns metros de distância - Como vai querida ? - Regina cumprimenta Ana, que logo nota que a Sra Neves não está no seu melhor dia
- Vou bem, obrigada. E a senhora?
- Eu vou - Regina da uma pausa nas palavras, olhando para o nada como se estivesse pensando em tudo. E depois prossegue - muito bem, vou muito bem - força um sorriso - obrigada querida
- De nada
- Você veio ver Lígia certo ?
- Não verdade eu queria convidar ela para lachar comigo, e aproveitar e dar uma volta na cidade. A muito tempo não fazemos isto
- Compriendo. Não vejo problema algum em vocês saírem juntas. Ainda é de tarde. E eu suponho que vocês não iram voltar tarde
Ana e Lígia sorriem com o trocadilho da Sra Neves, e negam com a cabeça de forma sincronizada
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Anos de ouro amor de prata : Triologia. Livro 1
Любовные романыNa década de 60 era típico que as moças jovens e solteiros pensassem constantemente em casamento. Porém este não é o sonho de Lígia Neves. Ele é temperamental, e não quer se casar para viver uma vida de submissão imposta pela época. Mas seus pais fo...