17 Recapitulando

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" Águas passadas não movem moinho." - Ditado Popular.

Lígia continuava a lecionar. Só que agora ela tinha improvisado uma lona sobre as cabeças das crianças e dela mesmo.

Assim que terminou o horário de sua aula, Catarina veio lhe avisar que Ana estava no telefone, e queria falar com ela.

Lígia a orientou Catarina para que ela dissesse para Ana aguardar um pouco na linha telefônica, que assim que todas as crianças fossem embora, ela iria falar com ela.

Catarina assentiu e fez o que Lígia dedira.

Assim que todos foram embora, Lígia foi falar com Ana pelo telefone.

- Alô

- Até que enfim

- Você sabe que essa hora eu estou ocupada

- Eu estou sendo um estorvo? - Ana pergunta do outro lado da linha telefônica, fingindo descontentamento

- Não ponha palavras na minha boca. Mas enfim, você tem algo sério para partilhar comigo?

- Eu não, mas talvez você tenha

- Eu ? - Lígia franziu o cenho

- Sim você. Você não vem até a minha casa já faz um tempo. E nós não sairmos para passear na cidade desde que você voltou. A gente precisa por o papo em dia amiga. E como você está namorando - gracejou a ultima frase - Talvez tenha alguma coisa para me contar

- O que você sugere ?

- Vamos sair para lanchar

- você vai ter que vir aqui. Meus pais estão desconfiados de mim ultimamente - susurrou

- O que você andou aprontando?

- Nada demais. Venha aqui em casa e me convide na frente da minha mãe para não levantar suspeitas. E na lanchonete eu te conto tudo

- Tudo bem, eu estou indo ai

- Até logo

- Até logo - Ambas desligam o Telefone

Ana pega sua bolsa de mão e vai até a casa de Lígia.

Chegando lá ela é recebida por Lígia que já a aguardava na sala.

- Até que enfim - Lígia puxa Ana para dentro de sua casa

- Você podia ser mais delicada - Ana diz se desvenciliando da mão de Lígia que segurava seu braço

- Mais do que eu já sou ? - diz zombeteira

- Ouvi batidas na porta - Regina desceu a escada de sua casa, e avista Ana parada a alguns metros de distância - Como vai querida ? - Regina cumprimenta Ana, que logo nota que a Sra Neves não está no seu melhor dia

- Vou bem, obrigada. E a senhora?

- Eu vou - Regina da uma pausa nas palavras, olhando para o nada como se estivesse pensando em tudo. E depois prossegue - muito bem, vou muito bem - força um sorriso - obrigada querida

- De nada

- Você veio ver Lígia certo ?

- Não verdade eu queria convidar ela para lachar comigo, e aproveitar e dar uma volta na cidade. A muito tempo não fazemos isto

- Compriendo. Não vejo problema algum em vocês saírem juntas. Ainda é de tarde. E eu suponho que vocês não iram voltar tarde

Ana e Lígia sorriem com o trocadilho da Sra Neves, e negam com a cabeça de forma sincronizada

Anos de ouro amor de prata : Triologia. Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora