21 Belicoso

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" Quem ama a rosa suporta os espinhos." - Ditado Popular.

Os dias se passaram, e a dona Maria continuou com sua maledicência.

Ana estava recebendo paqueras de um dos amigos de Ricardo, desde o dia do encontro casual da lanchonete. Mas ela sabia que não passaria disso, ja que seu pai não com a cara do moço. E Ana não é do tipo de moça que contradiz a família.

Ricardo pensou que a melhor forma de fazer Lígia confesar seus sentimentos era sendo ele mesmo, de uma forma natural.

A Lígia gostava quando eles ficavam a sós. Mesmo sem perceber, ela era ela mesma quando os dois ficavam sosinhos.

Sem máscaras. Sem barreiras. Sem agressividade, ou qualquer outra coisa do gênero.

Então Ricardo, marcou um encontro com ela. Ele sabia que seria perigoso, pois alguém poderia ver e Lígia ficaria mal falada antes do casamento.

O que era algo irrevogável no século XX.

Mas ela tinha que tentar, o estrago maior ja estava feito. Já tinham adiantado o casamento pelo simples fato dos dois saírem sozinhos.

Ele marcou um encontro com ela a noite, mas não tão tarde como da primeira vez.

Lígia foi, não porquê se sentiu coagida a ir, mas porque ela queria ouvir o que de tão importante ele queria dizer a ela uma noite antes do casamento.

" O que pode ser tão urgente que ele não pode esperar? "

Os seus pensamentos atissavam sua curiosidade. E ela inventou a desculpa de que iria jantar na casa de Ana para se "despedir" da amiga, com o pretexto que a amizade delas nunca mais seria a mesma depois do casamento.

E seu país concordaram, mas antes ela comunicou Ana sobre seus planos, para não haver imprevisto.

Ela foi até o local combinados por cartas, e lá estava ele a sua espera.

- Demorei ?

- Uma eternidade - Ele brincou arrancando uma risada gostosa de Lígia

- Você deveria sorrir mais - Ele disse refletindo em seu consciente de como ela fica linda quando sorrir espontaneamente

- Por que ? - Seu sorriso foi diminuindo aos poucos, mas sei semblante ainda continua sereno

- Por que eu gosto - disse simplesmente

- Eu não tenho que fazer o que você gosta - Lígia o desafia, mas sem perder a doçura na voz ( Se é que ela tem alguma ) .

- Quando você alguma coisa que você gosta, você faz bem. Mas quando você faz alguma coisa que gosta para uma pessoa que você gosta ainda mais. Você faz melhor ainda - Ele fala a frase reflitante de improviso - Como você está fazendo agora. Novamente

Lígia nem tinha notado que estava sorrindo novamente. Ela olhou nos olhos e se sentiu um pouco boba pela reação que Ricardo estava causando nela.

- Por você insiste em achar que eu gosto de você? - ela não falou com fúria, ou desdém. Pelo ao contrário, sua voz saiu suave como a brisa do vento da noite que vinha em direção aos seus cabelos meio preso, meio solto

- Eu passei a acreditar no que eu vejo

- O que você vê? 

- Você, bem aqui, na minha frente

- Não diga o óbiviu - Lígia disse tirando um pouco de sarro com a cara de Ricardo, mas ele já estava acostumada com seu jeito irônico. Ele achou graça

Anos de ouro amor de prata : Triologia. Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora