Eu abri os olhos devagar. A noite passada tinha sido muito estressante, eu tinha contado tudo para meu pai e por fim acabei dormindo nos braços. Eu olhei para o lado e eu não estava no meu quarto e sim no dele. Eu me sentei na cama e me espreguicei e logo fui ao banheiro do quarto dele e lavei o meu rosto.
Eu desci as escadas e encontrei meu pai na cozinha.
- bom dia – falei me sentando junto a ele á mesa.
- bom dia – falou ele – eu não ganho nem um beijo de bom dia?
Eu me levantei sem jeito e dei um beijo no rosto dele.
- está com vergonha de mim?
- um pouco – falei sem graça.
- por causa do que você me contou?
- sim.
- não precisa ficar, eu já te disse que não foi culpa de ninguém além do Charley.
- eu não deixo de pensar que se eu não tivesse...
- pare de ficar pensando "e se". O que aconteceu, aconteceu e pronto. Não podemos voltar no passado e mudar.
- tudo bem, mas acho que vou ficar envergonhado pro um tempo.
- tudo bem – falou ele.
- aonde o senhor dormiu?
- na sua cama.
- porque? Porque eu estava no seu quarto e o senhor no meu?
- você dormiu comigo aqui no sofá e eu te acordei e pedi para que subisse as escadas e fosse para seu quarto dormir. Você não respondeu nada, apenas se levantou e foi. Depois de mais ou menos 2 horas resolvi ir me deitar e quando entrei no meu quarto você estava lá.
- eu não me lembro disso, eu deveria estar dormindo, porque eu não me lembro de acordar. Eu dormi no sofá e acordei na cama, só isso que me lembro.
- pois é. Você estava dormindo tão bem lá que te cobri e fui dormir no sue quarto.
- curioso, eu sou sonambulo e nem sabia.
- eu já li em algum lugar que quando acontecem coisas estressantes durante o dia a pessoa fica mais propensa a ter sonambulismo.
- então foi isso. – falei – hoje eu vou ter de novo. Hoje vai ser o jantar e todos virão outra vez. Eu nunca vi todos eles juntos outra vez, eu nunca vi Fritz depois que cheguei a casa.
- não fica estressado ou nervoso, é só um jantar. Eu sei que você pode estar com vergonha. Ninguém quer ser visto na situação que você estava tão vulnerável, mas todos são seus amigos e não te julgam então você também não devia se julgar.
- tudo bem – falei.
Depois do café da manhã eu fui para meu quarto e entrei no banheiro e fiquei em frente ao espelho. Eu olhei meu pescoço e vi a cicatriz enorme que tinha ficado. Eu passei meus dedos nela e fiquei pensando que as pessoas veriam essas cicatrizes e ficariam imaginando o que teria acontecido. E quando alguém perguntasse? O que eu responderia?
À tarde eu arrumei a casa toda. Não gostava de contratar pessoas para fazer o serviço de casa eu mesmo gostava de organizar tudo. Não confiava minha casa em outras pessoas, não por motivo de roubos, mas por causa das lembranças. Quando uma pessoa arruma sua casa ela muda tudo de lugar e cuida do jeito dela e desde pequeno eu sempre ajudei minha mãe a arrumar a casa então preferia assim.
Meu pai começou a fazer o jantar ás 19h00min. Eu fui para a área no fundo de casa e arrumei a enorme mesa de madeira com 12 lugares que ficava lá. Por volta dás 20h00min Denny chegou. Ele logo foi até a cozinha ajudar meu pai. Eu fiquei sentado na sala assistindo TV esperando as outras pessoas chegarem.
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Paixão Secreta ( Romance Gay )
RomanceHistória originalmente publicado em outro site por McCormick, minha história favorita e resolvi publicar aqui para vocês poderem ter a oportunidade de ler tbm. Paixão secreta conta a história de vida do Mickey Fabray de 20 anos que depois que começa...