Capítulo 5

436 19 3
                                    

Que injusto. Pensei que me afastando estes dias, iria me tranqüilizar, me fazer ver as coisas de uma outra perspectiva., talvez deixar de ver o Poncho como este homem e vê-lo como um amigo... Não sei. Mas a quem eu quero enganar? Isso é impossível. Não posso separar o Poncho em partes. O quero por inteiro. O que eu amo é tudo isso. O homem, o amigo, o conjunto dele em si. De forma igual, também não posso dividir o que sinto. Sinceramente, posso dizer que quero ver ele feliz, mas não posso deixar de sentir ou querer vê-lo feliz, mas comigo.

Tampouco não posso acreditar que o perdi. Que estúpida eu fui. Não sei o que me fez pensar que viveria para sempre esperando que eu me decidisse formalizar, ou melhor, o que me fez estar tranqüila, foi o fato de que literalmente não temos tempo livre. A que hora que ia conseguir uma namorada se quase não temos vida fora do RBD?
Mas também tenho razões bastante validas para não ter aceitado andar com ele. Bom melhor dizendo, só uma razão: lealdade. Maldita lealdade a Dulce Maria. E também um poço de medo da reação coletiva.

Já imagino que iam dizer de mim e acredito que se não fosse eu, e envolvida, também o pensaria.

Eu comecei a conhecer o Poncho quando já andava com a Dulce, mas era só isso. O namorado de Dulce. O companheiro de novela. O novo no meio artístico. Mas desde o primeiro momento, tivemos uma conexão. E sempre existiu uma atração, mas oculta. Não tinha outra saída a não ser me fazer de conta, quando sentia mariposas no estomago. Mariposas pelo namorado da minha amiga. Foi horrível, mas enquanto isso, eu também tinha outros interesses amorosos por aí. Isso que me ajudava a distrair o que eu sentia pelo Poncho.

Então veio Rebelde! E veio meu namorado na ficção...

ELE!

Seria bastante falsa se dissesse que quase não me emocionei quando fiquei sabendo que ele seria o Miguel de minha Mia. Vi isso como uma escapatória. Não podia o ter na vida real, mas iria desfrutar na ficção. Má amiga? Não sei, ou melhor, sim, são pensamentos de uma má amiga, mas vamos ver: diga ao coração e aos hormônios que deixem de sentir isso. Ta legal, não é tão fácil, e muito menos quando sabe que ele não é indiferente a tudo que esta ocorrendo.

Antes de Rebelde, nunca aconteceu nada entre nó dois. O romance não existia, e não vou dizer mentiras. Tiveram tentavas de beijos, mas a lealdade ganhava e o medo de botar tudo a perder. Jurei que depois de darmos nosso primeiro beijo em ficção, acabaria com a tentação, e assim, seguiria vivendo a vontade. Mas que surpresa nós levamos, caramba! Ninguém me avisou dos fogos que iriam soltar quando ele tocasse seus lábios nos meus, ou quão agitado ia ficar o coração, ou a vontade de que todos desaparecessem no mesmo instante, todos os câmeras, o diretor e até mesmo a Dulce. Má amiga. Já se que sou uma má amiga, mas que gostoso foi o beijo; e não é só isso. Que incrível era compartir a cena com ele. Amava a magia, a tensão e a conexão que tínhamos e tudo fluía natural. Essa confiança junto com as horas intensas de gravação ajudaram para que se fortalecesse a amizade.

Eu voltei a referir a relação de Poncho e Dulce. Queria os dois bem, mas é claro que deixava de lado tudo o que sentia por ele. E tratava de que eles estivessem estáveis, para o bem deles e de todo o resto do elenco. (PS.: Até então, menos pra mim).

Assim enquanto eles arrumavam suas vidas, eu quase sem me dar conta, me apaixonei por outra pessoa. Christopher. Ele representava o oposto de Poncho, apesar de que os dois sempre me trataram como uma princesa. Chris é como um lado pacifico. Me dava tranqüilidade, estabilidade, me provocava ternura. Com ele sabia o meu lado menina, enquanto com Poncho, me fazia sentir sexy, romântica, madura. Eram outros temas, outros jogos, outro entendimento.

Somos atores profissionais e temos que aprender a deixar de lado o ciúmes que poderíamos sentir pelo trabalho que realiza o outro, e não me refiro a quem consegue o melhor papel, ou quem canta mais estrofes em uma canção. Estou falando do ciúmes que dá, ver seu namorado beijando e acariciando outra, e essa outra ser sua melhor amiga. Por isso você fica mal. Mas como evitar de sentir isso, quando ao mesmo tempo, morre de vontade de que o namorado da sua melhor amiga te beije e te acaricie no lugar dela? Irônico. Revoltoso. Eu sei, mas assim acontecia. Era um conflito asqueroso de sentimentos. Aqui eram todos com todos; não tinha outra saída.

Depois de bastante meses assim, chega a tranqüilidade. Ai como desfrutei essa etapa. Já não existiam mais namorinhos... As tensões entre ex-namorados iam abaixando e a amizade com outras pessoas iam se fortalecendo. Como quem diz, já não havia nada, bom, quase nada, que me impedisse de estar cada vez mais perto do Poncho.

___

Passando pra avisar que vou postar os capítulos de segundas e quintas ok?

Mais uma coisa: Nessa terça-feira, dia 17 nasceu o nosso segundo baby rebelde. Estou muito feliz, pois a Anahi está realizando o sonho de ser mãe, que é o mais importante. Nessas horas devemos esquecer que o que queríamos não foi possível e lembrar que esse bebê trará uma felicidade imensa que ela precisa, da mesma forma que o Dani vem trazendo para o Poncho. Que o nosso pintinho cresça com saúde e continuemos com nossas fics, onde o nosso sonho, se realiza. Beijos,

Riane.

ConfesionesOnde histórias criam vida. Descubra agora