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Eu congelei quando as mãos do garoto envolveram minha cintura. Ele achava que eu estava atraída por ele. Ele tinha uma vida, amigos, família, e eu ia ser aquela que iria acabar com tudo isso. Mas eu estava com tanta fome… tanta sede.

“Você é muito cheirosa,” o garoto suspirou profundamente. “Eu nunca imaginei que uma garota bonita como você gostaria de mim.”

“Por favor,” eu sussurrei. “Não fale.” Eu pressionei meu dedo indicador contra seus lábios, e ele tremeu por causa do meu toque. Ouvir sua voz estava dificultando ainda mais o processo.

Alguém atrás de mim pigarreou. Já sabia quem era, então nem tive que me virar. Eu estava deixando Joham impaciente. Eu estava me deixando impaciente, eu tinha que acabar logo com isso. Isso não era nada para qualquer outro vampiro. Os Cullens eram uns dos poucos que escolheram viver de uma forma diferente. Isso não era algo que eu estivesse fazendo de errado. Eu era uma vampira que tinha sede de sangue. Joham pigarreou mais uma vez.

“Venha até aqui!” Ele sibilou baixo demais para o garoto ouvir.

“Com licença, eu acho que esqueci algo,” Me aproximei, apesar da queimação na minha garganta, e passei meus lábios em sua mandíbula. Só a ideia de fazer isso me deixava enjoada, mas eu sabia que tinha que fazê-lo ficar onde estava.

“Sim, eu espero.” Ele estava tendo dificuldade para manter a voz firme.

Saí de perto dele e andei até Joham. Fahima e Daray não estavam com ele. Elas provavelmente estavam se alimentando. Joham esticou as mãos e agarrou a parte de cima dos meus braços. “O que diabos você está esperando?”

“Me desculpe, eu sou nova nisso! Me dê um tempo!” Cuspi. Eu não estava acostumada a ser pressionada para fazer algo.

“Bem, eu preciso caçar, então a não ser que você queira que eu me alimente dele e você possa ir para casa sem beber -“

“Está bem,” eu sibilei. “Eu farei!”

“Rápido,” ele rosnou.

Eu rosnei de volta.

Suas mãos apertaram mais forte meus braços. “Não seja mal-educada, mocinha. Eu a recebi, lembre-se disso.”

“Me desculpe,” eu sussurrei. Ele me empurrou em direção ao garoto mais uma vez.

Eu tinha muita raiva dentro de mim agora para ir devagar. Eu precisava matar. Marchei em direção ao garoto e ele se encostou em uma árvore. Ele ergueu as mãos para se defender.

Eu puxei meus lábios, expondo meus dentes, e fui para a veia pulsando em seu pescoço.

“Não!” Eu ouvi alguém rosnar. Braços fortes me agarraram e nós caímos no chão. “Vá embora!” Ele gritou e eu vi minha presa correr de volta para as multidões.

“Saia de cima de mim!” Eu resmunguei.

“Renesmee, você não quer fazer isso!”

“Edward?” Eu me virei para ver o homem que me queria morta, agora de joelhos sobre mim – me mantendo no chão.

“Me solte!” Eu gritei. As lágrimas automaticamente começaram a cair.

“Não, eu não vou deixá-la fazer algo do qual se arrependerá.”

“Meu lugar não é mais com você! Me solte!” Onde estava Joham? Por que ele não o estava impedindo? Por que ele não me avisou que ele estava vindo?

“Seu lugar é, sim, comigo. Eu sou seu-“

“Você não é meu pai! Volte para casa, onde é o seu lugar.”

Coração Inquieto (Twilight Fiction) AUOnde histórias criam vida. Descubra agora