02

1.5K 56 9
                                    

Depois do café da manhã, e depois de muito implorar, eu pude sair com o meu quadriciclo para meu primeiro passeio. Eu corri ao redor da cozinha ajudando minha mãe a limpá-la. “Pare de me ajudar e vá se vestir”.

“Oi, você está doente?” Eu lhe perguntei, surpresa. Uma das minhas tarefas era ajudar minha mãe com a limpeza após as minhas refeições. Sem exceções, bem, a menos que eu estivesse doente. Isso só havia acontecido uma vez. Eu tive uma gripe.

“Não, bobinha. É o seu aniversário. Vá se divertir. Eu vou terminar aqui e te encontro lá fora. “

“Sem escola?” Eu odiava ter que lembrá-la, mas eu sabia que ela não iria ter esquecido de que era um dia de semana. Ambos os meus pais eram rigorosos quando se tratava do meu dever de casa.

“Não no seu aniversário. Além do mais, o papai te deu um pouco de tarefa extra ontem para compensar por hoje.” Então isso explicava as 2 horas extras que ele havia me dado.

“Eu amo o meu aniversário!” Eu gritei e me virei para ir correndo me vestir. Eu tive que rastejar para o fundo do meu closet para encontrar minhas roupas mais velhinhas. Quando eu estava enterrada numa pilha de roupas eu finalmente encontrei o que estava procurando. Meu jeans rasgado e uma camiseta cinza. Roupas que eu não me importaria se sujassem.

“Seu closet te engoliu?” Minha mãe perguntou quando entrou no meu quarto.

Eu fiquei de pé na minha pilha de roupas e as chutei para fora do caminho. “Não, eu tive que procurar por estas.” Eu apontei para as roupas que estava agora vestindo.

“Ok então. Vamos pilotar.” Ela estendeu a mão e pegou a minha para me ajudar a passar pela minha montanha de roupas.

Quando nós entramos no quintal meu pai estava sentado no meu quadriciclo. Então minha mãe pegou a câmera. “Suba.” Meu pai deu tapinhas no assento atrás dele.

“Eu quero pilotar!” Eu bati o pé.

“Deixe-me te mostrar como ele funciona antes. Você pode pilotar no caminho de volta.” Eu dei de ombros e saltitei até o meu pai.

“Onde está o meu capacete?” Perguntei olhando ao redor.

“Eu vou pilotar. Você não vai precisar dele.” Eu não quis discutir com ele, então subi no assento atrás e me virei para acenar para a minha mãe. Ela tirou uma foto. “Segure firme. Vamos ver do que esse negócio é capaz.” Eu me apertei contra as costas dele e travei meus braços ao redor da sua cintura.

“Pronta!” Eu gritei, e nós partimos. Eu engasguei com a arrancada súbita, e senti a vibração da risada do meu pai.

“Tudo bem com você aí atrás?” Ele perguntou, virando a cabeça para tentar olhar para mim.

“Olhe para onde você está indo!” Eu gritei e enterrei o rosto nas costas dele para me proteger dos galhos e árvores enormes que estavam ficando muito próximos.

“Segure firme!” Ele gritou e nós estávamos voando pelo ar. Teria ele realmente acabado de saltar com o quadriciclo daquela colina?

“Você está louco!” Eu gritei quando nós aterrissamos no chão. Ele riu mais alto e nos girou numa grande poça de lama. A lama espirrou em nós dois.

“E você está toda suja.” Ele disse, virando-se para olhar para mim. Eu permaneci colada às costas dele. “Respire, querida.” Ele zombou.

Eu esperei por um momento até que meus órgãos se reajustassem no meu corpo, e atirei a cabeça para trás rindo. “Aquilo foi incrível! Vamos fazer de novo!”

“Você não quer pilotar? Quero dizer, eu ficaria perfeitamente feliz se você quisesse que eu dirigisse-“

“Sai!” Eu o interrompi. Eu me levantei no assento e escalei por cima dele. Ele moveu-se para trás, deixando-me ocupar seu lugar na frente. “Como esse negócio funciona?” Eu estendi o braço para a frente, agarrei o guidão e afundei o pé no pedal.

Coração Inquieto (Twilight Fiction) AUOnde histórias criam vida. Descubra agora