Venha Como Você é

Chá de Poejo

Alguns minutos já haviam se passado. Kurt se levantou e foi até o balcão pedir outro café, quando voltou a mesa Christine perguntou;

- O que é isso? Chá de poejo?

- Cara, você acha suas piadas engraçadas né? - Kurt tentava conter a risada.

- A cara, eu acho sim viu.

- Gosto de como encara as coisas.. 

- Mas que cacete menino... ta me cantando também?

- Não.. mas se estivesse seria a canção mais bonita de todas... - Christiane deu risada e levantou.

- Cruz credo.. você e suas melancolias. - Havia ficado sem graça.

Kurt não havia esboçado reação alguma, Christiane então, pegou o maço de cigarro que ele havia deixado em cima da mesa, arrumou a gola de sua blusa, o que o fez arrepiar e o chamou para ir embora.

Entraram no carro e saíram, Kurt estava fazendo um caminho diferente do que fizeram para chegar a cafeteria, Mas Christiane não abriu a boca, estava esperando que ele puxasse assunto com ela, coisa que não aconteceu.

Kurt só parou quando estacionou em uma garagem, e então Christiane Perguntou;

- Onde estamos? - Kurt respondeu seco e sem olhar pra ela;

- Minha casa.

Christiane arregalou os olhos, e engasgou, achou que isso já era exagero. Kurt não havia a olhado desde que saíram da cafeteria, foi em direção a ela, ainda sem olha-la e disse;

- Não quero que se assuste, sou uma pessoa que se apega muito fácil as coisas e as pessoas, quase não te conheço.. mas preciso de você mais do que imagina.

- Por que me trouxe aqui?

- Pensei que iria gostar de conhecer minha casa, você é minha fã não é? qualquer fã gostaria.

Christiane estava um pouco assustada, Kurt pegou sua mão e a levou para dentro da casa. A casa era Bonita porém bem simples.. nada glamoroso como todos esperam. Kurt sentou-se no sofá, abaixou a cabeça e enroscou os dedos em seu cabelo oleoso. Christiane sentou-se ao seu lado e perguntou;

- Fala aí.. o que ta acontecendo?

- Você é muito legal. - Chris riu com a resposta de Kurt;

- Ué, então fique feliz, não triste.

- Vou te perder em alguns meses e estou me apegando a você... - Chris deitou a cabeça em seu ombro e respondeu;

- Você nunca vai me perder, espero ser sua amiga pra sempre. - Kurt riu com ironia e respondeu secamente;

- Também espero.

Chris o abraçou fazendo com que ele arrepiasse novamente, então ele finalmente a olhou. Os dois estavam bem próximos, conseguiam sentir o vento da respiração ofegante um do outro. Kurt se inclinou para alcançar a boca de Christiane;

- Kurt, melhor não.

- Por favor. - Disse com uma dor imensa em sua voz.

- Não quero estragar tudo. Também não posso te perder.

- Você não, eu prometo.

- Preciso ir embora.

- Não faz isso comigo.

Christiane se levantou e foi em direção a porta;

- Posso te levar até a pensão pelo menos? - Peguntou Kurt quase chorando.

- Claro, eu não sei o caminho.