Mergulhando no escuro.

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Chris não queria ter dito aquilo, pois não conseguia saber se era mesmo verdade, se ela amava mesmo ele, apesar de não haver dúvidas, ela ainda não tinha certeza.
Após o beijo, Cobain passou sua mão pelo rosto dela. Chris não conseguia olha-lo. Não sabia ao certo se era vergonha ou arrependimento. Kurt levantou o rosto dela;

- Eu também te amo, você não sabe o quanto.

- Não me faça mais sofrer, Kurt. Eu estou em uma cidade nova, todo mundo me chama de "namoradinha do Cobain", Jake está puto comigo, meus amigos e minha mãe estão no Canadá e eu mal consigo falar com eles porque estou o tempo todo correndo atrás de você para que não faça nenhuma besteira. Acha que está sendo fácil pra mim?

- Me perdoa. Não consigo ficar 1 segundo sem você.

- Se você quer minha presença, então me de motivos para querer estar com você. Não me faça te tratar como criança. Entende? Me faça querer te ver a todo instante, e não querer você longe.

- Não fala isso. Machuca.

- Quer saber o que machuca? O que machuca é chegar na sua casa e ver você tão drogado que não consegue nem levantar, o que machuca é ver você querendo se jogar daqui, o que machuca é você não enxergar que só quero seu bem. Isso sim machuca.

Kurt abaixou a cabeça e voltou a chorar. Chris o puxou e o deitou em seu colo acariciando seu cabelo sujo.
Ficaram ali por vários minutos. Em silêncio. Ela percebeu que Cobain estava muito quieto e se inclinou para olhar seu rosto e viu que ele havia dormido, então o sacudiu de leve e o chamou;

- Kurt, vem vamos pra casa. - Disse o puxando.

- Você vai pra minha casa?

- Vou, Kurt.

Os dois levantaram e foram em direção a casa de Cobain.
Chagando na casa, Chris levou Kurt pra o quarto e o deitou na cama;

- Vou fazer alguma coisa pra você comer.

- Não, fica aqui comigo.

- Eu vou estar aqui do lado, é só me chamar se precisar.

- Te Amo. - Christiane não respondeu, deu um sorriso sem graça e foi para cozinha.

Kurt não tinha quase nada na dispensa. Apenas algumas caixas de cerais, cervejas quentes e ervilhas enlatadas.

- Kurt, me da a chave do carro, preciso ir no mercado, agora entendo porque você está desnutrido.

- Otária. - Disse Kurt com um sorriso estonteante. - Desde quando você sabe dirigir?

- Desde agora.

- Você ta louca, não vou dar meu impala pra uma menina que nem sabe dirigir.

- Eu sei sim, só estou zuando. Estou sem habilitação mas o mercado é só algumas quadras daqui.

- Então vai de a pé. - Kurt ria novamente.

- Ah vai se foder. - Riu Chris.

- Toma, mas se você bater meu carro, nem volta. - Cobain jogou a chave pra ela.

- Então adeus, Kurt. - Respondeu Chris com irônia.

- Não se atreva.

Chris mandou um beijo pra ele e saiu em busca comida.
Ao entrar no carro, colocou a chave no contato e ligou. Colocou em marcha ré e bateu em algo que fez um puta barulho. Kurt gritou;

- O CARAALHO, O QUE VOCÊ TA FAZENDO MENINA?! - Christiane não aguentava de tanto dar risada. Kurt apareceu na garagem. - No que você bateu? - Perguntou rindo.

- Não vi a lata de lixo ali atrás.

- Olha o trabalho que você me dá, Christiane! - Os dois riam. - Sai daí, deixa que eu dirijo pelo amor de Deus.

Venha Como Você éOnde histórias criam vida. Descubra agora