06. PROBLEMAS FAMILIARES

3.4K 407 165
                                    

• DARYL DIXON •

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

• DARYL DIXON •

Infelizmente a maldita sexta-feira tinha chegado, eu ainda estava me condenando por ter participado daquela porra de aposta. Quando é que eu tinha me tornado tão burro a ponto de deixar uma garota me enganar? Merda!

Tive que decidir onde levar a patricinha bochechuda e só isso já me irritou o bastante, afinal eu realmente não conhecia merda de "lugar legal" nenhum, ou seja, tive que perguntar à Shannon.

Shannon era uma garçonete do Joe's, Merle comia ela às vezes, e eu tive que aguentar as risadinhas de "nossa, você tem um encontro" antes de finalmente a horrorosa sugerir algo útil: um lugar novo em uma das cidades vizinhas que, segundo Shannon, "estava bombando".

Era bom ela estar certa, porque se eu passasse vergonha por isso...

Na verdade não devia importar, nem sei porquê eu estava tão preocupado, eu devia levar Natalie Cooper em qualquer espelunca pra ela aprender.

Acho que eu só queria esfregar na cara dela que não precisava descer tão baixo a ponto de trapacear numa aposta.

Sim, eu ainda tinha plena certeza que foi trapaça...

Contudo eu concordei em levá-la em um "lugar legal", então era exatamente onde eu a levaria. Mesmo desejando ser atropelado por um ônibus só pra fugir daquilo.

Ou talvez ela desistisse, isso é, eu mal a tinha visto nos últimos dois dias, o que foi um alívio.

Na quinta ela ficou o dia todo grudada naquele celular de granfina, trocando mensagens com alguém, ou naquela agenda com a pena azul berrante. A sexta estava prestes a acabar e ela sequer tinha aparecido na oficina. Nem pra confirmar a merda do, seja lá o que, a gente faria a noite. Melhor assim.

Ela parecia ter enjoado de mim e isso era ótimo.

Mas a merda é que aquela bochechuda parecia ter se infiltrado na minha mente, por que eu ainda me pegava pensando nela mesmo quando não queria... Era aquela maldita conversa que tivemos por causa do suco de laranja. Eu não esperava que tivéssemos nada em comum, principalmente aquilo.

Ah, qual é, Daryl, muita gente toma suco de laranja com açúcar, não é grande coisa.

Continuei desmontando o motor no qual eu trabalhava, repetindo aquilo mentalmente e me sentindo cada vez mais estúpido.

Na verdade eu sabia que não era exatamente por causa do suco...

Me lembrei dela mencionando a mãe. A mulher parecia uma megera. Fora toda aquela pressão psicologia que colocava na filha, eu vi uma Natalie Cooper diferente aquele dia. Talvez esse fosse o motivo de eu ter ficado com ela na cabeça. Não era grande coisa, ia passar. Tinha que passar.

— Daryl, você não vai pra casa? — Cooper perguntou.

— Vou terminar aqui, tirar a peça, assim passo na retifica e a gente tira essa merda daqui na segunda.

LIFELINE¹ - BEFORE THE END | Daryl Dixon ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora