Capítulo 4 - Recrutamento

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  Clair, Lola e Mary estavam passeando pela cidade com as mesmas roupas que foram no conselho.
- Clair, certeza que é uma boa ideia estarmos aqui? A Catherine tinha falado para irmos dormir. – Disse Lola.
- Lola você está muito certinha, o que o Tyler te falou? – Perguntou Clair.
- O que? Como assim? – Perguntou Lola.
- Ele deve ter falado alguma coisa que fez você repensar seus atos e agora está pensando duas vezes antes de fazer qualquer coisa. – Disse Clair.
- Clair deixa ela. – Disse Mary.
- Cala a boca foguinho. – Disse Clair.
- Nem começa. – Disse Mary.
- O que foi? Ele tem talento para apelidos. – Disse Clair.
- Ok, mas o que a gente vai fazer? – Perguntou Lola.
- Nós vamos para uma festa. – Disse Clair.
- Festa? Sério? Clair você não sabe fazer outra coisa? – Perguntou Mary.
- Não. – Disse Clair.
- Percebe-se. – Disse Mary.
- Clair por favor, vamos fazer alguma outra coisa. – Disse Lola.
- Ok, o que vocês querem fazer? – Perguntou Clair.
- Estudar, assim dizendo. – Disse Mary.
- Não me digam que vocês viraram duas Dinah. – Disse Clair.
- Não é bem assim. – Disse Lola.
- Então me expliquem por favor. – Disse Clair.
- Nós queremos ir para a parte negra da cidade. – Disse Mary.
- Aprender mais sobre vodu? É só falarem com a Andrea. – Disse Clair.
- Não é só isso. – Disse Mary.
- Então o que mais vocês querem? – Perguntou Clair.
- Digamos que tem uma bruxa nova por lá. – Disse Lola.
- E daí? – Perguntou Clair.
- A Catherine pediu que a gente achasse ela e depois a levasse para casa. – Disse Mary.
- Mas ela não tinha mandado a gente dormir? – Perguntou Clair.
- Esse foi um pedido especial para nós duas. – Disse Lola.
- E por que ela não me incluiu?! – Perguntou Clair brava.
- Talvez seja porque você se estressa muito rápido. – Disse Mary.
- Olha só quem fala, você colocou fogo no pé do Tyler só porque ele te chamou de foguinho. – Disse Clair.
- Foi diferente! – Disse Mary.
- Não vejo muita diferença. – Disse Clair.
- Ok, você quer ir com a gente? – Perguntou Lola para Clair.
- Uma festa sem companhia nenhuma não tem graça, então claro, eu vou com vocês achar essa daí. – Disse Clair.
- Que bom. – Disse Lola.
- Agora, qual o nome dela? – Perguntou Clair.
- A gente não sabe. – Disse Mary.
- E como vocês querem achar ela? Chegando lá e perguntando para todo mundo se viram uma bruxa andando por ai? – Perguntou Clair.
- Bom, pensando por esse lado nosso plano ta bem mal feito. – Disse Lola.
- Realmente, por isso, eu assumo a partir daqui. – Disse Clair.
- E quando é que você não assume? – Perguntou Mary.
- Nunca, porque eu sou uma líder nata. – Disse Clair.
- Ok então, qual o plano? – Perguntou Lola.
- Vocês sabem o tipo de magia dela? – Perguntou Clair.
- Necromancia. – Disse Mary.
- O que?! – Perguntaram Clair e Lola.
- Você não sabia? – Perguntou Mary para Lola.
- Não, devia ter parado de prestar atenção no que a Catherine falava nessa hora. – Disse Lola.
- Espera ai, a gente está indo atrás de uma bruxa necromântica? – Perguntou Clair.
- Sim. – Disse Mary.
- Que legal! – Disse Clair.
- Por que legal? – Perguntou Lola.
- Lola, quantas pessoas a gente já matou fazendo as nossas merdas de sempre? Ela poderia consertar, daí não precisaríamos ter que ficar ouvindo a Catherine nos dar sermão. – Disse Clair.
- Vocês já mataram pessoas?! – Perguntou Mary.
- Acontece. – Disse Clair.
- Como assim acontece?! – Perguntou Mary.
- Acontece, uma vez tinha um cara me irritando em uma festa e eu acabei explodindo o coração dele. – Disse Lola.
- Sinistro. – Disse Mary.
- Assim, se a gente levasse mais você nos nossos passeios certamente você já teria colocado fogo em alguma casa ou até mesmo alguma pessoa. – Disse Clair.
- Ela tem razão. – Disse Lola.
- Quer saber? Deixa para lá, vamos logo para a parte negra da cidade. – Disse Mary.
- Vocês já perceberam que falar parte negra da cidade é um pouco de racismo né? – Perguntou Clair.
- Você está se preocupando com o politicamente correto? – Perguntou Mary.
- Sim. – Disse Clair.
- Você é a Clair. – Disse Mary.
- A verdade, deixa para lá então. – Disse Clair rindo.
As três foram andando até a parte da cidade que era habitada apenas por pessoas negras.
- Tudo bem chegamos, e agora? – Perguntou Clair.
- Não era você a líder da missão? – Perguntou Mary.
- Mary você ta me irritando, está ficando muito com a Dinah. – Disse Clair.
- Qual o seu problema com ela? – Perguntou Mary.
- Não é meio obvio? – Perguntou Clair.
- Na verdade não. – Disse Mary.
- Gente, vamos logo começar a procura por favor. – Disse Lola por perceber que da discussão sairia uma briga.
- Tudo bem, vamos perguntar para alguém se anda vendo coisas estranhas por aqui. – Disse Clair.
- Sério? Perguntar isso é quase a mesma coisa que perguntar se viram uma bruxa. – Disse Mary.
- Mary nós estamos andando de preto no meio da madrugada, isso já deixa bem claro que somos três bruxas. – Disse Clair.
- Realmente. – Disse Lola.
- Tudo bem então. – Disse Mary.
As três foram até uma casa e bateram na porta, depois de alguns minutos um homem musculoso negro, de cabelos pretos e olhos castanhos abriu a porta.
- O que vocês querem? – Perguntou homem parecendo bravo.
- Ta de mal humor? – Perguntou Clair por ter se sentido ofendida.
- Eu estava dormindo e vocês me acordaram, sabem que horas são? – Perguntou o homem.
- Na verdade não. – Disse Clair.
- Três da manhã. – Disse o homem.
- Ok, eu não me importo. – Disse Clair.
- Eu também não importo com o que vocês têm que falar. – Disse o homem começando a fechar a porta.
- Calma aí! – Gritou Lola.
- O que foi? – Perguntou o homem.
- A gente precisa te perguntar uma coisa. – Disse Lola.
- E o que eu ganho ouvindo e respondendo vocês? – Perguntou o homem.
- Na verdade nada. – Disse Clair.
- Você pode ter uma vida boa. – Disse Mary.
- Como assim? – Perguntou o homem.
- Porque se você responder eu não coloco fogo na sua casa. – Disse Mary.
- Como assim? – Perguntou o homem.
Mary se virou e fez com que uma árvore pegasse fogo.
- Viu? – Disse Mary.
- Podem entrar. – Disse o homem abrindo a porta por completo.
As três entraram na casa do homem, foram até a sala e sentaram no sofá, ele se sentou na poltrona na frente do sofá.
- O que vocês querem perguntar? – Perguntou o homem.
- Você anda vendo coisas estranhas aqui nessa parte da cidade? – Perguntou Clair.
- Eu vi uma árvore começar a pegar fogo de repente. – Disse o homem.
- Sem ser isso. – Disse Clair.
- Eu acho que não. – Disse o homem.
- É bom que você não esteja mentindo. – Disse Clair.
- E se eu estiver? – Perguntou o homem.
- Ela ferve seu sangue até você explodir em chamas. – Disse Clair apontando para Lola.
- Você é capaz disso? – Perguntou o homem.
- Seria mais fácil eu só fazer seu coração parar de bater. – Disse Lola.
- Lola! – Disse Clair.
- O que? O mais longe que já cheguei foi explodir o coração de alguém, e só consegui porque eu estava com raiva. – Disse Lola.
- O que vocês são? – Perguntou o homem.
- Não ficou obvio? – Perguntou Mary.
- Na verdade não. – Disse o homem.
- Nós somos bruxas! – Disse Clair.
- Bruxas? – Perguntou o homem.
- Sim. – Disse Clair.
- E o que você faz? A ruivinha já mostrou e a que se veste como hippie também. – Disse o homem.
- Isso. – Disse Clair fazendo todos os objetos da casa caírem no chão.
- Você sabe que provavelmente quebrou algumas coisas né? – Perguntou o homem.
- Pai! O que está acontecendo? – Perguntou uma voz.
- Nada não querida! Pode continuar a dormir! – Disse o homem.
- Você tem uma filha? Pode chamar ela aqui por favor? – Pediu Mary.
- Não é necessário. – Disse o homem.
- Chama ela aqui! – Gritou Clair.
- Tudo bem, Olivia vem aqui! – Gritou o homem.
Uma jovem, da idade de Lola, negra, olhos mel, um cabelo castanho longo e brilhante desceu as escadas.
- Quem são essas? – Perguntou Olivia ao ver Lola, Clair e Mary.
- Sua filha é linda. – Disse Mary.
- Obrigada. – Disse Olivia.
- Filha essas três são. – Disse o homem com medo de terminar a fala.
- Nós somos bruxas. – Disse Clair.
- Então foram vocês que jogaram tudo da casa no chão? – Perguntou Olivia.
- Na verdade essa parte foi só eu. – Disse Clair.
- Legal. – Disse Olivia.
- Olivia, fora o que ela acabou de fazer, você viu alguma coisa estranha nessa parte da cidade ultimamente? – Perguntou Lola.
Olivia olhou para seu pai.
- Eu posso saber o que está acontecendo? – Perguntou Clair ao perceber a troca de olhares entre os dois.
- É que. – Começou Olivia antes de ser interrompida por seu pai.
- Filha não precisa dizer nada. – Disse o homem interrompendo Olivia
- Precisa sim, ou ela explode o coração dele. – Disse Clair apontando para Lola.
- Não explodo não! – Disse Lola.
- Então ela só para o coração dele. – Disse Clair.
- Gente sério? E se por acaso ela for a bruxa? Se ficarem ameaçando o pai dela, ela não vai quere ir com a gente. – Disse Mary baixo para só as duas ouvirem.
- Eu consigo ouvir vocês. – Disse Olivia.
- Como? – Perguntou Clair.
- Eu sou a bruxa que vocês procuram. – Disse Olivia.
- Como você pode ter tanta certeza? – Perguntou Clair.
- Porque eu ressuscitei meu pai uma vez. – Disse Olivia.
- Sério? – Perguntou Lola.
- Finalmente alguém para consertar as merda que a Lola faz. – Disse Clair.
- Ei! Você também mata os outros. – Disse Lola.
- Mas eu não quero ir com vocês. – Disse Olivia.
- O que? – Perguntou Clair.
- Eu não vou ir com vocês. – Disse Olivia.
- E por que não? – Perguntou Clair.
- Eu não quero deixar meu pai sozinho, e se acabar acontecendo de novo? Eu não vou estar aqui para traze-lo de volta. – Disse Olivia.
- Tem certeza que você trouxe ele de volta? – Perguntou Lola.
- Sim. – Disse Olivia.
- Como ele supostamente morreu? – Perguntou Mary.
- Uma estaca de metal atravessou o lado esquerdo do peito dele. – Disse Olivia.
- O coração tinha parado de bater? – Perguntou Lola.
- O coração dele foi perfurado, o corpo dele já havia esfriado inclusive. – Disse Olivia.
- Então parece que ela é mesmo a bruxa que procuramos. – Disse Mary.
- A gente teve sorte em, na primeira casa que tentamos achamos. – Disse Clair.
- Mas como eu já disse, eu não vou com vocês. – Disse Olivia.
- Para o seu bem, é melhor que venha conosco. – Disse Mary.
- Mas para o bem do meu pai é melhor que fique. – Disse Olivia.
- E se ele vier também? – Perguntou Mary.
- O que?! – Perguntaram o homem, Olivia, Clair e Lola ao mesmo tempo.
- Por que a surpresa? – Perguntou Mary.
- Deve ser porque a gente veio buscar uma bruxa, apenas uma bruxa. – Disse Clair.
- Bom, a gente precisa de um mordomo novo. – Disse Mary.
- Ele mordomo? Ta mais para gogo boy. – Disse Clair.
- Clair! – Disseram Lola e Mary ao mesmo tempo.
- O que? A gente olha o corpo dele. – Disse Clair.
- Desculpe por isso. – Disse Mary.
- Tudo bem, eu até me sinto um pouco elogiado. – Disse o homem.
- Mas e então? Aceita o emprego de mordomo? – Perguntou Mary.
- Quanto eu vou receber? – Perguntou o homem.
- Um lugar para dormir, saber que sua filha está bem e comida. – Disse Clair.
- Pode ser. – Disse o homem.
- Gente vocês tem certeza que a Catherine vai estar de acordo com isso? – Perguntou Lola.
- Não sabemos, mas todo mundo está pedindo por um mordomo novo então é perfeito. – Disse Mary.
- Então, podemos ir? – Perguntou Clair.
- A gente em que ir agora? – Perguntou Olivia.
- Sim. – Disse Mary.
- Ok, nós vamos arrumar nossas malas e já vamos. – Disse Olivia.
Os dois subiram para o segundo andar e deixaram Lola, Clair e Mary esperando.
- Foi mais fácil do que pensei. – Disse Clair.
- Clair, me faz um favor e para de falar para os outros que eu vou explodir o coração deles. – Disse Lola.
- Mas Lola, é divertido. – Disse Clair.
- Não me importa. – Disse Lola.
- Pronto. – Disse Olivia descendo com uma mala e seu pai logo atrás com outra.
- Então vamos. – Disse Mary.
- Me diz que vocês tem um carro. – Disse Clair.
- Temos sim. – Disse o homem.
- Que bom porque nossa casa fica longe daqui. – Disse Clair.
Mary, Lola, Clair, Olivia e seu pai foram até o carro e seguiram até a casa das bruxas.
- Antes de entrar tenho um aviso, a Suprema vai falar que isso é uma escola, mas na verdade é só um lugar que abriga a gente, então não esperem nenhuma Hogwarts. – Disse Clair.
- Eu já não espero com essa aparência. – Disse Olivia por causa da casa do lado de fora parecer uma cabana de madeira.
- Este é só o exterior. – Disse Clair abrindo a porta e mostrando a mansão que a casa é por dentro.
- Uau. – Disse Olivia surpresa.
- Cat! Voltamos! – Gritou Clair.
- Vocês tinham saído? – Perguntou Tyler saindo da cozinha, sem camisa, mostrando seu tanquinho, e apenas com uma calça moletom bem folgada.
- Tyler coloque uma roupa decente por favor. – Disse Catherine descendo as escadas.
- O que? Esse é meu pijama. – Disse Tyler.
- Quem é esse? – Perguntou Catherine se referindo ao pai de Olivia.
- Meu nome é Evan Turner, sou pai da Olivia e vou trabalhar como mordomo aqui. – Disse o homem.
- Verdade né, a gente tinha esquecido de perguntar o nome dele. – Disse Clair.
- Prazer, meu nome é Catherine, eu sou a Suprema. – Disse Catherine dando um aperto de mãos com Evan.
- Posso voltar a dormir? – Perguntou Tyler.
- Pode sim. – Disse Clair.
- Ok, até mais tarde. – Disse Tyler subindo as escadas.
- Então você é a Olivia? Suponho que seja a bruxa necromântica. – Disse Catherine.
- Sou eu mesma. – Disse Olivia.
- É bom que você não tenha roupas rosas, se não infelizmente terei que queima-las. – Disse Catherine.
- Não se preocupa, eu não tenho. – Disse Olivia.
- Que bom, vocês preferem ter quartos juntos ou separados? – Perguntou Catherine.
- Se formos separados, ela dividir o quarto com alguma das outras bruxas? – Perguntou Evan.
- Por enquanto não é necessário, mas se mais bruxas chegarem talvez. – Disse Catherine.
- Por mim pode ser separados, se não tiver problema para você pai. – Disse Olivia.
- Eu respeito sua privacidade, é melhor você ter seu próprio quarto. – Disse Evan.
- Então me sigam. – Disse Catherine.
- Missão cumprida? – Perguntou Clair.
- Missão cumprida! – Disse Catherine.

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