Mundo Trouxa.

Jantar

Passaram-se alguns dias, que Christopher não fora a escola, eu já sabia o porquê, com toda certeza estava espantado com o livro.

 Aquele livro contava a história da minha família, de meus avós até mim, e o nosso mundo mágico estava escancarado naquela história.

O que Christopher Peale estaria pensando neste momento?

Na manhã de uma segunda-feira avistei Christopher chegando ao lado de uma mulher de cabelos longos e ruivos, sem sombra de dúvida era sua mãe, eles estavam indo em direção a sala dos professores, meu pai estava lá, parecia que estava à espera deles, eles entraram e ficaram conversando por uns dez minutos até o sinal bater.

Christopher despediu-se de sua mãe e seguiu para a sala de aula, esperei que meu pai viesse até a mim.

– Por que a reunião? – perguntei.

– Não fizemos uma reunião, marcamos uma!

– Marcaram uma reunião para falar sobre o que?

– Falaremos sobre o emocional de Christopher, a mãe dele está preocupada.

Olhei para ele desconfiada.

– Por causa do livro!

Ele me fitou, nada disse então seguimos para a sala e aula.

Christopher estava no lugar de costume, me sentei a seu lado.

– Oi Chris.

Ele me olhou, parecia meio assustado.

– Está se sentindo bem? – perguntei cautelosa.

– Precisamos conversar a respeito do livro Lumière.

– Quer conversar agora?

Ele olhou para os lados.

– Acho que aqui não é o melhor lugar.

– Christopher eu sei o que você está pensando e juntando as peças conseguiu chegar a conclusão, só que não sabe se foi apenas um acidente ou realmente causado por...

– Você não sabe! – sussurrou ele. – Eu realmente queria lhe contar a verdade, mas não posso, e agora sei o porquê você tinha de ter cuidado para não explodir!

– Então você sabe, entendeu o livro! – exclamei. – Você é como eu?

Ele fechou os olhos, e então sussurrou.

– Sou de Ilvermorny.

– Você é de Ilvermorny! – exclamei incrédula. – Sempre quis conhecer!

Ele sorriu.

– E você de Hogwarts! – falou ele chegando mais perto. – Aliais eu sabia que era uma bruxa desde o incidente, mas depois que seu pai me deu o livro fiquei com muito medo de nos descobrirem, vocês poderiam estar atrás de outros bruxos!

– Nós estamos fugindo. – falei. – Sua mãe é bruxa?

– Sim, mas meu pai não tem sangue magico, trouxa como vocês falam.

Meu pai vinha em nossa direção, zangado.

– Vocês podem falar baixo! – ele nos fitou. – Obrigado. – e se retirou.