Capítulo 1

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Nova York, 26 de fevereiro.

Quarta-feira, noite da cessão cinema no meu querido apê. É, eu poderia sair por aí, e me divertir a noite toda, ou talvez, ir em um cinema de verdade, porém amanhã bem cedo tenho que estar na empresa Business Point, e se quiser continuar com tudo que conquistei, — como meu pequeno apartamento — preciso chegar no horário no trabalho.

Bem, é certo, ou eu acho que é certo, que se eu tivesse um outro chefe que não fosse um ancião  do tipo chato, grosso e mal encarado... Talvez, eu não tivesse essa pressão toda no meu emprego.

Mariana minha melhor amiga, já me disse um milhão de vezes que eu deveria trabalhar em outro lugar, e em um cargo que fosse a área que eu me formei, no caso, administração. Mas, sou insegura e preferi sair da faculdade e trabalhar primeiro como secretária dos grandes mestres, para depois ingressar nos meus próprios planos.

Daqui à pouco, Mari vem para nós assistirmos um filminho. Ela é uma pessoa muito importante pra mim. É como uma irmã, sempre me ajuda e me faz sentir muito feliz.

Logo ouço ecoando pela sala, o som da campainha, que me faz sair da cozinha e andar até a porta, a qual abri.

— Mari, entra. — digo dando espaço para ela passar.

— Dressa! Fez pipoca? Porque o cheiro já me invadiu. — diz já entrando.

— Acabei de tirar do microondas. E então, que filme vamos assistir? — perguntei me sentando junto com ela no sofá.

— Sei lá. Um filme de ação? — ela indaga.

Ela só pode estar brincando.

— Ação? — pergunto surpresa. Mari é conhecida por odiar filmes violentos, ela só abre exceção quando rola um romance na trama.

— Tô brincando! — ela dá risada.

— Tudo bem, fala logo o filme que você quer assistir dessa vez. — digo me levantando e indo pegar o meu notebook para dar uma buscar no filme. 

— Que tal...Como eu era antes de você? — ela disse suspirando.

— Mari não vale! Você sabe muito bem que esse filme mexe comigo. Só de lembrar da música da trilha sonora, eu já começo à chorar. — digo me lembrando da música do Ed. sheeran: Photograph.

Mari da um sorrisinho de lado e se levanta do sofá, sobe em cima dele e abre à boca.

— Loving can hurt... — Mariana começou a cantar. 

Ela sabe que eu não resisto a essa música.

— Loving can hurt sometimes... — continuo.

— But it's the only thing that I know...

— And when it gets hard... — subo no sofá também e então não paramos de cantar.

Assim que terminamos de cantar, assistimos o filme e baldes de água foram derramados. Era sempre assim.

E nesse palhaçada, Mari acabou rasgando o meu sofá. Tá legal, a culpa não é toda dela. O sofá já estava bem desgastado, com certeza já deveria ter comprado outro.

— Por que você não aproveita e compra outro na promoção do Black Friday que vai haver depois de amanhã? — disse Mari desligando à TV.

— Tem razão, vou fazer isso.  — concordo pensando na ideia.

***

Mari dormiu no meu pequeno apê essa noite. Fui para o meu quarto e deitei de bruços na minha cama. Eu deveria ter dormido mais cedo, amanhã tenho que trabalhar e o meu chefe o Sr. Crivillan, é muito bravo, chato, arrogante e o tipo que odeia atrasos.

Algemada Com Meu Chefe!Onde histórias criam vida. Descubra agora