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Amberle não sabia o que estava fazendo naquele local, seu avô à infernizou para que ela estivesse nessa competição boba. Des de que seus pais morreram assassinados por humanos, seu avô não a deixará em paz. Ela odiava tudo ali, a competição, o castelo, ser uma princesa, tudo, principalmente o fato de que sua vida já estava destinada aos planos de seu avô. Ela casaria com um elfo príncipe de algum outro reino em que seu avô conquistará, se tornaria rainha, e viveria feliz para sempre segundo ele.

Mas esse não era o seu tão esperado "feliz para sempre", ela queria ver o mundo, lutar em batalhas, conhecer pessoas. Mas ficar sentada em um trono organizando bailes e mandando em suas criadas era o que lhe ofereciam como futuro.

Ela estava sentada naquele trono, esperando o candidato que escolherá, ou melhor a candidata.
Ela ouviu falar dessa assassina a algum tempo, os pais de seu reino costumam contar lendas sobre ela para assustar os pequenos elfos, mais muito poucos elfos sabem que essas histórias não eram só contos de fadas.

Logo que seu avô a obrigou a fazer parte desse torneio, a primeira pessoa que veio em sua mente foi ela, a assassina.

Como muitos poucos elfos tinham informações sobre a assassina e também sobre os humanos ela procurou a única pessoa que ela confia em todo o seu reino.

Seu tio Marvin.

Amberle tem dois tios, Davi, um elfo respeitado, de bom coração, mais com a mente muito fechada. E Marvin.

Como descrever Marvin? Muitos o chamavam de louco (praticamente todo o reino), mais para Amberle ele fazia muito mais sentindo do que todas os elfos ao seu redor.
Marvin é o primeiro na linha do trono, por ser o mais velho, depois da morte de seu pai, mais ninguém o considera, por conta de sua estranheza.
Amberle pegou seu cavalo e foi até o meio da floresta de Adarlan, já estava tão acostumada a visitar seu tio que já decorara o caminho.

Amberle pegou seu cavalo e foi até o meio da floresta de Adarlan, já estava tão acostumada a visitar seu tio que já decorara o caminho

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A cabana em que seu tio morava estava toda coberta de neve. Amberle saltou do cavalo, e tirou o excesso de neve que havia em seu casaco. Foi até a porta e deu três toque de leve.

- Tio! Sou eu Amberle!- nenhuma resposta foi dada.

Ela repetiu o movimento mais duas vezes e ainda sim, nenhuma resposta.

Já estava começando a se preocupar quando de repente a porta se abriu e uma mão a puxou para dentro.
Com o susto Amberlê deu um pequeno gritinho, mas logo se acalmou quando viu que era só o seu tio.

- Tio!!!!- disse com a mão no peito e tentando voltar a respiração ao normal.

- Você é loca menina?- disse Marvin sem perceber a ironia.- Pandas não são confiáveis!

Amberle franziu a testa do que o tio tinha falado mais resolveu ir direto ao assunto.

- Tio, eu tenho uma coisa para te pergunta...- disse sentando em uma das cadeiras.

- Você quer chá? Eu tenho chá! Boa ideia eu vou fazer chá.- ele disse à interrompendo e correndo para a cozinha.

Em quanto o seu tio fazia chá ou matava um dragão, porque com aquele barulho todo que ele estava fazendo...
Ela olha a cabana, o lugar era uma baderna, mais uma baderna aconchegante.

Amberle se levantou e foi até uma das paredes e percebeu os escritos feitos com carvão. Várias palavras soltas, sem ordem ou nexo. Picareta, amor, panela, lago...

Foi umas das palavras que viu, mais uma a chamou a atenção...

Assassina.

Amberle estava tão concentrada na palavra que nem percebeu a presença de seu tio ao seu lado.

- O chá que você fez tá pronto!- ele disse à entregando um pote com chá.

Marvin pegou o tapete, colocou encima da mesinha de centro e sentou.
Amberle sentou em sua frente na cadeira.

-Pelo amor Amber, seu pai não te deu modos?- ele disse apontando para a cadeira.

Ela se levantou e sentou no chão.

- Falando nele, como vai o seu pai? Ainda com medo de macacos?

Toda vez que Amberlê ia visitar o seu tio ele perguntava sobre seu pai, as primeiras vezes ela falava que ele havia sido assassinado, mais Marvin não parava de fazer a mesma pergunta até que ela mude a resposta, então ela só inventava histórias.

- Sim, está bem.

- Que bom, essas uvas que eu comi me fizeram mal?

- O senhor comeu uvas?

- O que está falando menina? Eu odeio uvas nunca as comeria!

Amberle tinha que concordar às vezes o seu tio não tinha nexo.

- Ok, tio eu tenho algo a te pergunta. - disse tentando chegar ou ponto.

- Não é sobre pandas né? Me recuso a falar sobre isso!- ele disse apontando o dedo para ela

- Relaxa tio, não é sobre pandas- ele deu um suspiro alto.- eu quero falar sobre a assassina.

O meio sorriso que estava no rosto de Marvin sumiu.

- Assassina? A assassina?- ele perguntou chegando bem perto do rosto de Amberlê e falando baixinho.

- Sim tio, A Assassina, quero saber tudo, de sua vida, suas histórias, se está viva ou morta, ou se é real ou só outra fábula para assustar pequenos elfos?-

Ele rapidamente sentou na mesinhas de centro cruzando as pernas e colocando suas mãos sobre o joelho.

- A Assassina! Como todos a chamam, se ela existe? A minha querida! Pergunte para aqueles que ela cortou a garganta fora.

Os olhos de Amberle brilharam neste momento.

Amberli saiu de seu transe, quando a porta se abriu, mostrando dois guardas reais e uma mulher suja e magrinha encapuzada.

Trono de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora