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Dor, sangue escorrendo, sujeira e fedor era tudo que Eretreia poderia descrever. Quando um barulho de cadeado sendo aberto foi ouvido. E a mão de dois guardas agarravam seus ombros sem a menor delicadeza.

- Vamos logo o rei nunca esteve de tanto mal humor e dês de que a petulante da neta dele resolveu adotar essa animal humano o castelo está pegando fogo.- um dos guardas disse enquanto a arrastava do calabouços que tinha a amarrando, e como o guarda disse, dado uma lição com as suas mãos, até que ela "desmaiasse".

" esses guardas são tão estupidos que acham que com três socos e duas joelhada no estômago podem me desacordar"

O chão gelado logo entrou em contato com Eretreia sem nenhum aviso, mas a prática de se fingir de morta era melhor, poderia tomar uma flechada que não moveria um músculo sem que ela queira.

O silêncio mortal se instalou por alguns minutos até que a assassina sentiu uma mão em sua cintura, muito mais delicada das que as seguravam antes, virar seu corpo para cima. Essa mesma mão tocará seu rosto levemente sobre os cortes e inchaços de seu rosto, e só agora Eretreia podia ver o quão trêmula e gelada essa mão estava. Devagar a mão desceu até o seu pescoço e pressionou dois dedos no canto da jugular.

"Está vendo se estou viva..."

Logo que a mão sentiu a pulsação da veia um alívio extraordinária veio a Amberle que levemente perguntou:

- O que você fez com ela?

E com essa frase agora Eretreia sabia de quem era aquela mão.

——

Enquanto os guardas carregavam a assassina para o quarto a confusão de sentimentos na caverna de Amberle só continua.

Raiva, angústia, medo e alívio.

Raiva pelo seu avô e seu comportamento esnobe e infantil aos olhos de Amberle. Angústia pela situação em que a humana a sua frente se encontrava. Medo de que suas ações de hoje sobre seu avô lhe de um problema em um futuro próximo e o alivio era algo que a confirmação da vida de sua candidata à forneceu, mesmo que sem nenhum consentimento da princesa.
Não que aquela briga repentina não a desapontasse mas era bem melhor do que o que ela esperava.

- Minha alteza o que ouve?- a pequena criada designada para sua candidata perguntou com a entrada delas no quarto, enquanto os guardas a rumavam na cama desacordada.

- Fique calma Ally, foi só uma briga.- Amberle tentou acalmar a pequena moça a seu lado, colocando uma mão em seu ombro.

Os guardas já estavam de saída quando Amberle rapidamente se pois em frente a um deles, em especial um dos favoritos do rei, e conhecido por ser sua mão direita, mas não por muito tempo, pois por mais que ele fosse o mais fiel de todos os guardas, a idade já não estava do seu lado.
Ela viu o olhar do guarda segundo do chão até os seus olhos lentamente e a mandíbula dele travar levemente. Ser odiado por ele não era uma novidade para a princesa pois o sorriso falso que ele mandava para ela todas as vezes que seu avô a chamou para alguma reunião ou para chamar sua atenção, nunca a enganaram.

- Mas alguma coisa vossa alteza? - a ironia era palpável em suas palavras.

- Na verdade sim.- toda a ironia recebida voltava para ele.- Poderia me dizer qual dos seus rapazes fizeram isso com a minha participante?

- Não sei do que a que a vossa alteza se refere.- ele dis a olhando como se estivesse perdido.

- Ah... desculpe se a minha linguagem é muito avançada para você, vou falar de novo, quero os nomes dos bons homens que amaram a minha participante e covardemente a espancaram até sua inconsciência. Conseguiu entender agora?

Trono de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora