Pálidas manhãs a despertar-me do sono
de tão profundas fantasias
de amor, de ódio, de aventura
donde posso tudo o que quero
sem limites, sem medida, sem nada.Nostalgia de uma vida que não vivi,
de amores que não tive,
na voz de um deus que jamais ouvi
por estas ruas, estradas, caminhos sem fim.Recomeços de palavras
que vão construindo outros versos avessos
aos princípios de tudo,
aos suplícios que tanto
arrematam do peito a última gota de paciência.Mas assim gira o mundo,
girando em mim a vicissitude,
transformando o ego em verso, prosa,
conto esquecido, não lido,
página perdida,
mais um capítulo de mim.
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Ausência de mim
PoetryAos momentos felizes, que se podem esvaziar feito taça de vinho. Aos amores, passageiros, destinados à eterna lembrança. Aos minutos, sorrateiros, que nos roubam as preciosas horas do dia. Aos amantes dos poetas, que os fazem imortais, Estes...