Silêncios

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Quando revelaremos
as palavras que silenciamos,
os pensamentos que oprimimos,
que represamos
para não nos magoarmos,
para não nos machucarmos,
para não sermos sinceros?

Quando despejaremos
aquele balde d'água fria
de palavras doloridas,
poesia diferida,
grito, raiva, rancor
que nos afunda o peito a cada dia?

Quando serão desferidos aqueles golpes
de nossos abraços sem amor,
tão perdidos, feridos,
pelas diferenças, divergências,
intolerâncias,
indisponibilidades?

Quando será, então, o vão momento
do amor superar suas fraquezas,
franquezas,
mentiras,
para nos libertarmos todos
do nosso próprio silêncio?

Ausência de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora