Quando revelaremos
as palavras que silenciamos,
os pensamentos que oprimimos,
que represamos
para não nos magoarmos,
para não nos machucarmos,
para não sermos sinceros?Quando despejaremos
aquele balde d'água fria
de palavras doloridas,
poesia diferida,
grito, raiva, rancor
que nos afunda o peito a cada dia?Quando serão desferidos aqueles golpes
de nossos abraços sem amor,
tão perdidos, feridos,
pelas diferenças, divergências,
intolerâncias,
indisponibilidades?Quando será, então, o vão momento
do amor superar suas fraquezas,
franquezas,
mentiras,
para nos libertarmos todos
do nosso próprio silêncio?
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Ausência de mim
PoetryAos momentos felizes, que se podem esvaziar feito taça de vinho. Aos amores, passageiros, destinados à eterna lembrança. Aos minutos, sorrateiros, que nos roubam as preciosas horas do dia. Aos amantes dos poetas, que os fazem imortais, Estes...