Que a brisa que refresca a pele
leve embora minh'alma daqui,
deixe-me fluir com os cheiros da rua,
os odores dos bueiros,
o perfume das putas.
Que a brisa suave e branda,
inebriante,
leve-me com ela,
abandone este corpo aqui,
inerme, sem paz, sem silêncio.
Que minh'alma doente flutue,
sobrevoe a atmosfera,
e encontre a paz dos poetas
num horizonte de quimera.
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Ausência de mim
PoesíaAos momentos felizes, que se podem esvaziar feito taça de vinho. Aos amores, passageiros, destinados à eterna lembrança. Aos minutos, sorrateiros, que nos roubam as preciosas horas do dia. Aos amantes dos poetas, que os fazem imortais, Estes...
