Fuga

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A felicidade nunca é plena:
o medo sempre acompanha
de dentro das entranhas
a solidão assassina
com requintes de crueldade.

A alma nunca titubeia
quando a lua ilumina a noite
e não há outros saltos
altos na calçada,
a não ser os meus...
Ecos de calçados
sob o corpo pesado,
cambaleante.

Nesta rua em que nunca me canso,
porque não posso chegar em casa,
porque lá habita o sinistro,
o serial killer do meu peito
escuro
farto
incerto
desfeito.

Ausência de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora