Prólogo

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Ela morava bem ali, na casa grande
De muros altos e fachada longa.
Na rua de cascalhos e canteiros de flores.
Sua casa ficava na esquina
Mas não qualquer esquina.
Era bem ali, na intersecção da rua Treze com a Quinze.
Ela sempre havia morado ali, me disse certa vez.
E se você lhe enviasse uma carta,
esta seria endereçada à casa de tons rosados
Na rua 13.

Poderia ser na rua 15, mas não,
Oficialmente ela morava na rua 13.
E gostava disso
Sempre gostou.
Treze não era para ela um número qualquer, era seu favorito.
Sua sorte.
Eu não sou particularmente supersticioso
Mas sei que, para muitos, treze é um número de azar.
Presságio de coisas ruins.
Me pergunto o que ela diria agora:
Para ela foi sorte ou azar aquilo que aconteceu, bem ali, na rua treze?

T.J (25/02)

BEM ALI NA RUA 13 [ HIATUS ] Onde histórias criam vida. Descubra agora