Terra de Ninguém

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Eu vejo a imensidão 

Vejo a paisagem morta

Raios caem à direita

E vozes sussurrantes gemem à esquerda

Eu vejo como tudo se tornou estéril

É como se eu olhasse para dentro de você

A brisa gélida cortante passa

Pelas covas vazias dos corpos que não jazem mais aqui

Entoando choros tristes e distantes

Os corvos cortejam minha passagem

Como um cortejo solene

E desfiles alegóricos esperam e definham

A terra seca espera pela luz 

Ela a verá novamente, ou no fim 

Só restará o triste silêncio?

O vento se cala e a tempestade ressoa 

Em meus ouvidos em mais uma atordoante ópera

Poderia a chuva melancólica fazer a vida nascer?

Poderia alguém trazer vida a esse ermo sem fim

Onde a relva jamais deixará de ser seca?




Meus Pensamentos em ConstelaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora