Capítulo 3.

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Quando comecei minha estranha relação tudo em que eu pensava era no fim, tudo que eu almejava era o fim de preferência um rápido e indolor.
Queria desesperadamente que Nevill Rudd fosse um insensível e sádico congressista e mais do que isso queria no fundo do meu coração que ele fosse um homem mal e todos os seus sorrisos não passassem de mentiras, mas eu não posso estar mais enganado.

-Congressista Rudd. -Todos sorriam aliviados ao ver sua presença no meu pequeno apartamento.
Podia até mesmo imaginar seus pensamentos.

"Ele é um homem tão bom".

"Vir nos ajudar a essa hora da noite, um homem de caráter com certeza".

"Uma pessoa incrível".

Arfei, como essas pessoas me irritavam.

-Boa noite senhor. -disse sem olhar nos seus olhos. -Aqui está parte das papelada para você analisar. -Joguei de canto e ele se sentou ao meu lado no chão.

-Vejo que não fizeram muito progresso. - diz ele e podia até mesmo dizer a sua próximas palavras. -Mesmo assim tem feito um ótimo trabalho, agradeço desde já a ajuda de vocês me toca o coração.

Revirei os olhos mais sabia que todos lá dentro suspiram aliviados com sua motivação.

Ele era perfeito, um homem ideal e isso me irritava muito.
Por que ele não podia ser um trabalhador comum?
Talvez um padeiro, motorista ou até um professor?

Assim seria mais fácil não é mesmo, eu poderia amar um padeiro, poderia amar um motorista e sim eu poderia amar um professor.

Mais de tudo isso ele quis o mais complicado o mais exposto.

Ele escolheu ser o que um dia nos separaria, é claro ele não poderia saber, não que minha presença fizesse diferença.

Mais desejava que o dia que o conheci tivesse sido um borrão na minha vida e não essa lembrança tão vivida.

Eu lembro de pensar que nunca havia visto um homem tão bonito mais quando ele sorriu ele mais que milhões de dólares em doação, conseguiu meu coração.

Eu me mantive de longe observando o futuro grande congressista, sem saber que nesse futuro eu estaria também.

- Ei, Paul. Achamos. - meus olhos vagam desatentos para um dos meus funcionários que comemorava junto a Nevill todo se abraçaram e apertaram as mãos. Um grande dia todos repetiam.

Comemoro rapidamente e agradeço a ajuda de todos pedindo para que ficasse tudo em total sigilo.

Respirei aliviado quando um por um estavam indo embora, mas faltava um.

- Então qual é o próximo passo? -me abordou quando eu fechava a porta para a última pessoa.

- Prender Gunner, ele estava tentando usar a sua assinatura para desviar verba e...

- Bem antes que tudo isso aconteça podemos conversar sobre algo realmente sério.

Fecho a porta e o encaro confuso.

- Que seria? - arqueei as sobrancelhas.

- Você.

Me viro para longe dele.

- Olha sr. Rudd...

Sinto suas mãos se envolverem em meu corpo.

- Para você é meu amor.

Droga, por que tão persuasivo?

-Eu não vou te chamar assim. - desenhei suas brincadeiras maliciosas que me estremeciam.

- Por que não, é o que sou não? Seu amor. - diz manhoso.

Tento afrouxar seu abraço.

- Olha eu não sou uma mulher. - reluto enquanto ele tenta me puxar para mais perto dele.

- Claro que não, você é meu homem. Paul Stronger é o meu homem e eu o seu amor.

Droga, odiava quando ele agia assim, eu realmente poderia acreditar em suas palavras?

Eu realmente era seu? E se eu era, por quanto tempo? Sinto que estamos em contagem regressiva.

- Vamos Paul me faça feliz, trabalhei o dia inteiro sem você e isso é frustrante.

Respiro fundo também era frustrante para mim.

Acho que já era tarde demais de qualquer jeito.

- Meu amor. - digo baixo e ele insiste em me provocar.

- Desculpe eu não consegui ouvir direito. 

Aperto seu braço.

- Não me faça repetir.

Ele me vira para si e com os olhos cheios de satisfação me abraça.

- Eu te amo Paul Stronger.

Não minta tão descaradamente para mim Nevill, sou tentando a acreditar.

- E você?

Tento conter minha voz.
Maldita hora que descobriu meu ponto fraco.

O pescoço não Nevill.

Ele ri baixo.

- Eu sei que sim.

Eu não poderia odiar o homem que ele era, mas odiava todo seu ego, a sua confiança alto-estimada... Como ele poderia saber? Eu nunca disse, por mais que meu coração tivesse se enchido de alegria a primeira vez que ouvi essas palavras dele eu nunca disse que o amava.

É eu sabia, me confessar era o mesmo que me matar por dentro.

Ele vai me deixar, eu sei nunca foi a intenção de Nevill me magoar, acredite eu não o culpo de forma alguma, ele nunca me forçou eu é que o quis desesperadamente e quando o tive não soube o que fazer.

Afinal o que ele viu em mim?
Eu sou sem graça, um secretário qualquer em nada comparado a ele.
Acho que é o fato de que nunca iriam assimilar a sua imagem a minha. Eu, Paul o secretário amante de um congressista nem em meus melhores sonhos, mas eu era. Então talvez isso seja mesmo um sonho.

- Paul. - encaro seus olhos azuis. - Sempre que estamos juntos você fica divagando, eu gosto de ter só para mim.

Sorri.

- Me desculpe. Eu só estava pensando.

Ele me encosta na parede.

- Você pensa demais.

Me beija enquanto tira minha roupa e me arrasta até meu quarto.

- Acenda luz. - pediu entre murmúrios e eu acendi. - Gosto de te ver assim.

-Bagunçado?

Sorriu travesso enquanto me puxava para o meio das suas pernas.

-Não, ardente de desejo. 

Engulo em seco eu queria apagar as luzes.

- Vamos fazer. - sussurrou baixo invertendo as posições.

- Não fale isso assim. - fecho meus olhos.

- Como quer eu diga? Vamos fazer sexo Paul ou vamos fazer amor Paul?

- Você pode simplesmente calar a boca. - digo fingindo irritação mais ele ri.

- Eu calo a minha se você calar a sua.

Me contorço embaixo dele.

- Isso não é... - gemi sem conseguir continuar as palavras.

Eu sempre perdia...

Beijo EscandalosoOnde histórias criam vida. Descubra agora