Capítulo 5.

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Todas as vezes. Em todo os momentos. Em cada segundo eu sempre pensei no nosso fim.

Mesmo agora enquanto ele sorri para mim eu já sei...

- Acho que já chegou a hora... - Está sendo mais difícil do que eu pensei. - Ei, Paul eu estive pensando. Eu provavelmente deveria começar a me assentar. Todo estão curiosos para saber com que tipo de pessoa eu vou me casar.

Finalmente... Chegou a hora.

Será o fim.

- Eu também já estou cansado de disfarçar meus verdadeiros sentimentos.

Engulo em seco.

- Entendo.

- É por isso que acho melhor...

Eu não vou conseguir.

Eu não vou. Eu sinto muito mais não vou.

Se ele ao menos me ouvisse.

Se pudesse por um segundo ver que eu não vou conseguir viver sem ele, poderíamos dar um jeito.

Me levanto bruscamente.

- Por favor Nevill vamos pensar juntos sobre isso, não precisa ser assim.

Você não precisa me deixar.

- Espere um pouco, você sempre decide as coisas sozinhos! - as palavras saem sem parar. - Pelo menos dessa última vez me deixe opinar.

- Última vez? - ele me pareceu confuso.

- Eu entendo... Eu também aprendi muito nesses três anos, e estávamos sempre juntos. Esse é o momento crucial para você, não é?

Para me deixar.

- Paul, acalme-se.

Eu sei você vai me deixar.

- Eu estou calmo!

Ele ri e eu quero morrer.

Por favor não ria, não brinque comigo, não minta para mim por que eu acreditei, acreditei no fundo do meu coração que você poderia estar me amando.

Por mais que eu tenha levantado todas essas barreiras ele ultrapassou todas, por mais que eu nunca tenha dito que eu o amava eu o amei e por mais que eu tenha me preparado para nosso fim eu não imaginava que ia me machucar tanto quando ele chegasse.

Nevill nem se quer chegou a dizer mais eu posso sentir o peso delas.

Eu vou te deixar.

Precisamos terminar.

Nosso relacionamento acaba aqui.

Não importa como ele vai dizer, não importa como ele se expressara tudo significa uma única coisa... o fim.

Me lembro do tempo perdido, das palavras que eu mesmo repetia para mim todas as vezes que ele me penetrava com seu olhar.

"Está tudo bem".

Ele não vai me abalar.

Mas abalou, explodiu, bagunçou tudo em mim, e para que?

Ah, maldição eu deveria estar sendo mais coerente aqui, eu deveria sorrir.

Aceitar de bom grado nossos três anos juntos e então sumir.

Foi o suficiente não? Três anos foram o suficiente, está tudo bem me deixar.

Talvez se eu ficasse calado ele me procuraria de novo.

Não, Nevill nunca trairia sua esposa, um bom homem.

Um maldito bom homem.

Como eu queria estraçalhar essa parte dele e fazer ele só meu.

É errado não? Desejar isso. Suplicar por isso.

Mais um dia, mais uma semana, um mês, um ano, ele para todo o sempre...

Como eu podia encarar a profundeza do seu olhar sem me afogar neles?

-Eu perdi a cabeça. -admiti timidamente. -Por favor me desculpe.

Eu teria que deixar ele falar, eu teria que miseravelmente sorrir.

Como se eu sempre soubesse do fim.

Nunca nesses três anos, ele disse algo sobre o fim.

Sempre foi discreto sobre o que falava a não ser, quando queria me reivindicar como seu.

Me chame de meu amor. -Ele pedia sem medir as consequências do seu estrago.

Ele era sempre cuidadoso com as pessoas, dizendo coisas gentis para não ferir seus sentimentos.

O único problema é que comigo essas palavras gentis, abriam mais feridas em meu coração.

Me destruíram completamente, por que eu não podia acreditar, mas mesmo assim eu me deixava ser seduzido por elas.

Eu queria ter tido coragem para impedir que ele entrasse em minha vida então assim eu não teria que sentir essa estranha falta de ar se proliferando em meus pulmões. Era quase como estar morrendo.

Nevill não percebeu mais seus beijos eram como venenos correndo meu interior, formigando entre minhas entranhas e me fazendo sangrar.

Seus toques era como pequenas mutilações em meu corpo, o cada toque um corte, a cada toque uma cicatriz e a cada cicatriz uma marca que nunca poderia ser apagada dos traços do meu corpo.

- Você não entendeu. -ele colocou sua mão sobre a minha e sorriu ladino perfurando minha sanidade.

- O quê que eu não...?

As palavras não chegarão ao fim, os pensamentos não chegaram ao fim, eu estava inconscientemente sendo arrastado para seu mundo da forma mais profunda e arrebatadora que podia e eu não me importei.

Por que Nevill Rudd estava me instigando com seu beijo caloroso e calmo, mas que era tão selvagem quanto qualquer outro.

Me deixei consumir por seu ato impulsivo e apreciar o que seu beijo fazia com meus nervos...

Eu queria chorar e rir.

Ele sabia como me levar ao céu ao mesmo tempo que me carregava até o inferno. Era uma total loucura mais ainda era meu Nevill, meu amor.

Então ele parou, me olhou risonho e sorriu amavelmente só para me estilhaçar de novo.

- Casa comigo?

Beijo EscandalosoOnde histórias criam vida. Descubra agora