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-Jimin, é a.... a.... 4 vez que eu te pergunto, mas você me ignora e muda de assunto. -falo irritada.

-Sim ele me contou, eu vou continuar mesmo assim, quando eu finalmente gosto de alguém, não é uma coisa dessas que irá me impedir ficar com você, irei te conquistar infinitas vezes. -ele fala pra mim, pegando em minhas pequenas mãos.

-Mas, eu vou me esquecer. Eu não quero isso Jimin. Não de novo. Eu nunca irei me acostumar. -minha voz estava fraca e eu soluçava enquanto as lágrimas caíam.

-Ei... não. -ele me puxa para si, e eu encosto a cabeça em seu ombro. Abraço sua cintura, com o coração acelerado. Faz 3 dias que namoramos, e a cada beijo um sentimento diferente, paixão, alegria, culpa.

Levanto-me da cama de casal Branca, e vou até o banheiro do quarto de Jimin.
Encho as mãos de água e molho meu rosto. Seco com a toalha de rosto pendurada ao lado.

-Vem cá. -Jimin aparece na porta, e estende sua mão para mim, que eu pego.

Ele me leva para fora de sua casa, e nós caminhamos por aproximadamente 10 minutos até chegar. Em um lago, com uma estradinha, bancos de madeira, enormes árvores e suas sombras, flores por toda a grama.

Sentamos na sombra de uma grande árvore, que as raízes saíam de dentro do rio.

É tudo lindo, não sei por que nunca vim aqui, talvez por que não sabia da existência.

-Não querendo te incomodar com isso, mas, como é que funciona isso? -hesitei um pouco em relação a isso. É meio chato o assunto, mas se ele quer saber eu vou contar.

-É como um celular. Em um certo ponto, você precisa restaurar, já que a memória está cheia. Aí você restaura. E ele volta com as mesmas coisas iniciais e aí você adiciona novas coisas a ele, já que perdeu todas as anteriores. E novamente ele fica cheio, e assim você terá que restaurar repetidas vezes. -falei, sendo o mais esclarecedora possível.

-E o celular não pode permanecer com certas coisas? -ele pergunta, sua voz fraca.

-As vezes, com poucas coisas.

Me puxando para si, deito a cabeça em seu peito.

-Qual dia que ele restaura?

-Primeira semana de dezembro. -falo, já com lágrimas nos olhos. -Eu sinto tanto Jimin.

Agora eu chorava em seu peito, molhando sua camisa.

-Não sinta, não é sua culpa.

~~1 mês e 20 dias depois 〰

-Eu não quero que você vá Jiminie. -chorava em seus braços, e ele em minha cabeça.

Dói ver o Jimin partir para Seul, mesmo sabendo que irei esquecê-lo.

-Antes de ir. Saiba que... eu te amo. -isso fez com que ainda mais lágrimas caíssem. Nunca dissemos 'eu te amo' uma para o outro, eu tinha medo de falar, e ele não corresponder

-Eu te amo ainda mais do que você imagina.

-Vamos Jimin. -A mãe do Jimin fala de dentro do carro. Ele apenas me abraça e entra dentro do carro.

-Eu te amo Jimin. -sussurro sentada na grama de sua casa.

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5 meses depois 〰

Estava começando a faculdade de fotografia.
Desde o início do ano, aconteceu várias coisas, a principal delas, meu amigo Yoongi, cujo já tentamos algo a mais que só amizade, disse ser gay, e que namorava Taehyung, que eu conheci esse ano. Fiquei muito feliz com isso, não me imaginaria deixando meu amigo na friendzone.
Já faz alguns meses, que eu sinto um incômodo, pode parecer loucura, mas é no coração, me sinto agoniada, tem noites que acordo chorando sem nenhum motivo, apenas contei para o Yoongi, mas ele se fazia de desentendido.

Andava pelos corredores da faculdade, memorizando ao máximo tudo, para não me perder depois.
Comprei um apartamento aqui em Seul e sai de Busan. Já que as universidades aqui são bem melhores.

Yoongi foi procurar sua sala. Ele está estudando música, ele faz uns bons raps, e com a voz do Tae fica maravilhoso.

Estava passando pelo corredor pela segunda vez quando Yoongi aparece ao meu lado, me puxando para fora da faculdade, em direção a um velho carvalho, e tinham várias pessoas ao redor.

-Aigoo o que estamos fazendo aqui? -uma doce voz soou ali na árvore. A dor no meu coração, pareceu aumentar. A voz cantava a música cujo eu sempre sonhava e nunca descobria a quem pertencia.

Soltei-me de Yoongi e me aproximei um pouco mais. Pouco segundos depois o sinal toca, e as pessoas, inclusive o Yoongi, foram para suas salas.

Eu fiquei para ver o garoto dos cabelos loiros colocar suas coisas na bolsa.

-Olá. -falo, quando estou a aproximadamente três passos do garoto.

O garoto se vira, e sorri, e seus olhos se fecham no ato.

-Eu sou Yang Mi. -falo e me curvo.

-Eu sou Park Jimin.

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Cabô

Última atualização, 01/04/17
Resumo rápido:
Yang tem um "prazo de validade"
Ela todo ano perde as memórias quase todas, quas, e um efeito colateral disto é o raciocínio lento e a perda de memória recente (não muito recente).

Sei se isso existe não tá só coloquei aí

Memories - Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora