Capítulo IV

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-Será que dá pra ir mais rápido? -Ela dizia isso a cada três segundos. Eu nada respondi apenas olhei para as duas no banco de trás.

-Pronto chegamos! -Respirei aliviado quando puxei o freio de mão ainda do outro lado da rua do presídio.

Quando íamos descer ela nos impediu.

-Me dá sua roupa. -Ela virou-se para a mulher ao seu lado, que respondeu um "o que" como se não acreditasse. -Eu não vou entrar naquele lugar vestida de pijama. E caso você queria aceitar trocar de roupa comigo, você também não entrará lá de pijama. A menos, é claro, que o detetive tenha uma peça de roupa sobrando aqui nesse carro.

Jessica me olhou como se eu realmente tivesse uma peça de roupa sobrando, eu a respondi com o mesmo olhar dizendo "é claro que não tenho".

-Anda me dá. -Eu arregalei os olhos surpreso, pensei que ela não teria coragem de fazer tal coisa. -E você olha pra frente.

Após meu carro balançar bastante, elas finalmente terminaram o que estavam fazendo la atrás.

-Detetive Wast, eu agradeço se puder ficar aqui com a minha irmã para que nenhum tarado chegue perto dela. Eu e Jones vamos entrar, se em dez minutos nós não voltarmos, vocês peguem um táxi e vão até o Jackson.

-Táxi? Porque? -Eu perguntei realmente curioso.

-As pessoas viram nós chegarmos nesse carro, temo que façam alguma coisa com vocês. -Ela abriu a porta e chamou Jones. Fiquei preocupado, o motivo ainda não sei dizer. Vi eles se distanciarem e meus olhos não me enganam mas qualquer um perceberia que eu olhava como a roupa havia ficado bem nela.

...
Miandra

Eu não estava nervosa, pelo contrário, estava bastante calma. Só bastava pegar as informações e cair fora. Queria sair dali, da mesma maneira que queria acabar logo com aquele caso.

Eu passei por maus bocados durante tanto tempo. Por minha irmã trabalhar na polícia e eu saber de tudo que uma vítima saiba eles me usaram.

Quando eu e Jones entramos fomos recebidos por guardas armados com armas de choque e outras coisas não letais. Eles pediram nossas identidades, o que deu um problemão, porque havia queimado tudo. Após um telefonema e algumas ameaças feita pelo meu querido Tom, eles finalmente deixaram nós entrarmos.

Passamos por duas grandes portas de ferro seguido de dois longos corredores. Esse sapato da Jessica está irritando meus ouvidos.

-Dra.Prescott? Soube que precisa disso com muita urgência, fiz tudo que me pediu, aqui só estão os funcionários de minha confiança. Nada chega perto do condenado. -Um homem na faixa etária de 40 anos me guiava. -Não se aproxime do vidro, não dê nada para ele, não pegue nada e- Eu o interrompi

-Se o senhor puder pular as cortesias e as regras que já sabe que eu vou seguir, eu agradeceria. Estamos fazendo isso as pressas e não tenho tempo para coisas adicionais. -Passei na frente dele e andei em direção à ala dos presos mais perigosos com problemas psiquiátricos, como dizia a placa. -Eu soube que o senhor e ele não têm uma boa relação, isso pode atrapalhar o interrogatório, se puder ficar aqui... -O homem ousou continuar me seguindo, o que eu menos queria naquele momento era que ele impedisse que o Mr. Clean contasse tudo. Então eu parei colocando a mão direita em seu peito.

-Não querendo ser desrespeitosa, mas o senhor me parece uma ameaça para minha testemunha. -Ele tirou minha mão do peito dele e passou à frente.

-Esse é o meu presídio e eu sou o diretor. Não quero que aquele condenado fale algo que comprometa a segurança ou o sigilo daqui.

-Garanto que ele só dirá coisas à respeito do assunto que vim tratar, caso contrário, não é da minha conta! -Passei a frente dele novamente. -A menos que o senhor tenha algo a esconder... Se insistir nisso, será preso por obstrução à justiça!

Prenda-me se for capazOnde histórias criam vida. Descubra agora