Capítulo II

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Ele não tinha o direito de fazer isso conosco! Trabalhamos tanto nesse caso, e do nada ele tira de nossas mãos assim como se não tivéssemos nos esforçado suficiente?!

Pensando bem, ele tem todo o direito, por mais injusto que seja. É o nosso chefe, sem falar que na verdade ele só deve estar recebendo ordens superiores.

-Chefe trabalhamos tanto nesses casos. Descobrimos várias coisas. É como um quebra-cabeça só falta encaixar as peças. -Melissa,  assim como todos nós, não queria perder o caso.

-Eu arranjei uma pessoa para encaixar essas peças. -Ele saiu do laboratório sendo seguido por uma equipe indignada.

-Vocês estão longe de completar esse quebra-cabeça. -Essa voz eu já ouvi antes.

A mulher estava sentada na mesa com as pernas cruzadas, e que pernas, usava uma roupa social que valorizava seu belo corpo. Eu não me esqueceria dela tão facilmente, é a mesma mulher de batom exagerado que me perguntou do caso na última cena.

-Senhor Wast? -A mulher pronunciou dirigindo-se à mim -É um prazer revê-lo.

Respondi apenas com um leve aceno. Sem saber ainda o nome da misteriosa mulher.

-Eu sou a detetive Prescott e estou oficialmente assumindo esse caso. -Ela desceu da mesa e ficou perceptível a diferença de altura entre nós dois.

A vontade de conhece-la melhor desapareceu naquele instante. Esse era o nosso caso, não meu ou dela, mas sim da MINHA equipe. Ela não pode chegar do nada e tirar isso da gente.

-Não Wast, não. -O chefe me impediu de protestar antes mesmo que eu o fizesse. -Todos vocês estão fora do caso e ponto final.

Apenas aquelas palavras não me fariam desistir tão facilmente.

-Só pra saber: que informação foi essa que recebemos do Presídio Scarlets? -Perguntou Steven, que quase sempre ficava calado e só fazia as perguntas certas nas horas certas.

Jackson, o chefe daquele departamento hesitou em responder a pergunta do homem. No entanto, ele sabia que éramos adultos e profissionais suficientes para ouvir qualquer história maluca.

-Mr. Clean... -Ao ouvir esse nome todos ficaram chocados, petrificados. Aquele ser para não dizer outra coisa, foi uma maldição para nossa cidade, talvez até mesmo de todo o estado -...decidiu cooperar com as investigações desse caso.

Ninguém ousou dizer uma palavra sequer. Mas a detetive Prescott, parecia confusa.

-Se me permitem... quem é esse Mr. Clean?  -Sua pergunta saiu em um sussurro como se fosse proibido pronunciar aquelas palavras. -O diretor da fábrica de produtos de limpeza cometeu algum crime? -Zombou.

-Ele recebeu esse nome por sua aparência. O homem careca usava um brinco na orelha esquerda quando foi detido. -Melissa gostava de colocar um ar sinistro em tudo que falava. -É claro que existem muitos homens com as mesmas características, mas não um assassino psicopata como ele.

-Careca com brinco na orelha esquerda? -Prescott colocou a mão no queixo como se estivesse forçando para se lembrar. -Acho que já o vi no noticiário... -A mulher ao se lembrar fez careta. Mr. Clean não era muito adorado entre as pessoas.

-E como ele ficou sabendo desse caso? -Perguntei suspeitando de toda e qualquer hipótese.

-Mr. Clean parece ser um tipo de troféu para o diretor do presídio e ele tem alguns "privilégios" -É claro que não era apenas isso, porém, essa não era a questão principal.

-Em troca de que ele tomou essa decisão? -William fez a pergunta certa novamente.

-É o que queremos descobrir -Jackson olhou para a Srt. Prescott.

Prenda-me se for capazOnde histórias criam vida. Descubra agora