O Amor vale a pena?

Capítulo 2 - PRIMEIRO ENCONTRO

PRIMEIRO ENCONTRO

"Foi no dia 17 de julho de 1998 que conversei pela primeira vez com Marisa. Estávamos com dezessete anos de idade. Com seu jeito meigo, olhos claros, simpatia rara de se encontrar, olhava e calmamente dialogava comigo:

- Meu sonho é ser médica, quero ajudar as pessoas a recobrarem a saúde diante de uma doença, trabalhar para salvar vidas mesmo quando a morte já estiver tomando o lugar delas. E você, o que pretende fazer? Qual seu maior sonho? "

Pensava sorrindo: "Digo ou não? O sonho que tenho nesse momento é namorar com você". Não foi essa a resposta.

– Quero ser professor, pois, acredito que educar é algo sublime! Não há nada mais belo do que formar pessoas para a vida, para serem mais humanas e comprometidas com a sociedade.

Àquela conversa seguiu acompanhada de sorrisos, olhares, amor, muito amor. Marisa estava próxima de sua casa e era chegada a hora da despedida.

– Conversamos, amanhã? Perguntei.

- Claro. Respondeu.

Na felicidade que não cabia no coração segui o caminho, estava leve, alegre. Só pensava no dia de amanhã, no que iria dizer a ela. À tarde fiz as tarefas da escola que a professora havia pedido sem reclamar. Naquele momento a reclamação e a murmuração haviam deixado o cenário da minha vida, deram lugar aos sonhos. Meus pais perguntavam o motivo de tanta alegria, simplesmente respondia que estava feliz porque havia conhecido pessoas legais no colégio. Deitei na cama e logo adormeci esperando que chegasse o outro dia. Acordei, fiz as refeições matutinas e juntei meu material escolar para ir à escola. Quando cheguei à mesma, o coração acelerou, ela estava com um lindo vestido azul. Chamava a atenção de todos. Andei depressa e passando por ela disse:

- Bom dia!

- Bom dia, José! Podemos conversar depois? Perguntou.

- Claro, será um prazer versar com alguém tão especial.

Ela sorriu e foi para sua sala e eu tomei o caminho da minha. As aulas estavam interessantes, a professora Maria de Filosofia, motivada, conseguia prender a atenção dos alunos com sua argumentação e exposição. Em um determinado momento olhou em minha direção e disse:

- Você está prestando mais atenção nas aulas. Por que será?

Sorrindo virou-se e começou a escrever novamente na lousa. Minha vida havia mudado e os amigos e até a professora já haviam notado essa mudança. Dizia para mim mesmo: "O amor te pegou? E agora o que vai fazer? Vou ser feliz! ". Terminaram as aulas e o coração se agitava a cada passo que dava. Percebi que a Marisa estava indo no corredor bem a minha frente e que olhava para os lados para ver se me achava. Apertei o passo e me aproximando, disse a ela:

- Olá!

- Oi! Podemos ir?

- Sim. Respondi.

Ao virar a esquina, respirei fundo e perguntei:

- Você tem namorado?

- Não tenho. Respondeu, sorrindo.

A alegria invadiu o coração quando ela perguntou:

- E você, tem namorada?

- Não. Mas quero ter. Disse, piscando para ela.

Quando cheguei próximo à sua casa, despedi-me com um abraço forte e um beijo no rosto. As coisas aconteciam de forma perfeita que pareciam até um sonho. Fui embora e no caminho encontrei um amigo que morava perto de mim. Ele me perguntou:

- Está gostando da Marisa?

- Sim e muito. Ela é uma menina muito especial, confesso que nunca senti por alguém o que sinto por ela.

- Vá em frente! O amor vale à pena. Concluiu, ele.

Cheguei em casa,almocei e fui para o quarto descansar e desfrutar das lembranças daquelemomento que estava vivendo. Algumas horas depois acordei, lavei o rosto etratei de fazer as atividades da escola. Após terminá-las fui até a padaria comprarpães para minha mãe. Naquele momento tudo era graça, fazia com alegria o queela me pedia, na escola era atento a tudo, e ajudava os amigos a fazeremtrabalhos escolares. O amor tinha mudado minha história e agora o que nãodesejava era voltar à vida velha. Tinha medo de que tudo isso acabasse, mas aalegria superava-o, pois, o que sentia era algo maravilhoso. Depois da refeiçãoassisti um pouco da programação da TV. Tudo fazia lembrar a amada dos meussonhos, era incrível, onde olhava mevia com ela.