O Amor vale a pena?

Capítulo 10 - RETORNO DE MARISA AO BRASIL

CAPÍTULO X

RETORNO DE MARISA AO BRASIL

Passados os meses e com a chegada do fim de ano, José começou a pensar em viajar para Araxá-Mg. Faltava uma semana para as aulas acabarem, e ele corria para fechar as notas e as digitar no site da escola. Recebido os trabalhos dos alunos e aplicada às provas, fechou as médias e cumpriu o horário dos dias restantes. A dois dias para terminar o ano letivo só se encontravam na escola os professores. Os discentes tinham deixado de ir após a prova de avaliação do governo. Passado esse período, arrumou as malas e viajou para sua cidade natal.

Após um dia de sua estadia na cidade mineira e de ver no rosto de sua mãe a alegria de revê-lo, foi visitar alguns amigos de infância. Enquanto voltava passou na frente da casa onde os pais de Marisa moravam. Andou rápido, pois, não queria encontrar com o Jorge e nem com a Luiza. Àquela que não desejava ver, saiu e o avistou, ficou olhando e pensando se aquele que passara era o Jovem que amava sua filha. Passados alguns minutos chegou à sua casa, sua mãe o esperava com um bolo de fubá que ele até os dias atuais amava saborear. O aroma do café era surpreendente, por um tempo pode lembrar de quando era criança. Seus irmãos estavam trabalhando em um supermercado no bairro vizinho. Um deles já estava até com um carro e uma moto. Ele contemplava com carinho àquela cidade pequena, mas as lembranças do que viveu o atormentavam. Seu irmão, Lucas, chegou a comentar que tinha visto Marisa e sua mãe na Farmácia do seu João, não acreditou, disse que ela estava em Paris e que ele havia se confundido.

Fazia uma semana que ele estava em Araxá, sua mãe pediu que ele comprasse frutas. Foi caminhando tranquilamente, quando chegou ao seu destino, escolheu as maçãs, laranjas, bananas, e dirigiu-se ao caixa para pagar a conta. Enquanto esperava os outros pagarem, sentiu em seus ombros alguém tocar e pedir licença, quando ele se virou, para sua surpresa era Luiza. Ela o reconheceu e perguntou-lhe:

- Como vai? Está sumido.

- Estou bem. Trabalho como professor de Filosofia no estado de São Paulo.

- Que interessante! Sabe quem está passando as férias aqui comigo?

- Não faço ideia.

- Minha querida filha. Chegou ontem de Paris, vai ficar duas semanas aqui em casa.

- Que legal! Ela está bem? Faz um bom tempo que não a vejo. Ela não deve nem querer saber de mim depois da briga que tivemos.

- Pelo contrário. Quando chegou perguntou se tinha visto você, se estava bem, e onde estava morando.

- Entendi. Mas ela não veio com o namorado?

- Que namorado? Ela sempre esteve sozinha. Depois que vocês tiveram aquele desentendimento, ficou muito chateada e decidiu que não ia amar ninguém. Desde então trabalha em um hospital.

Pagaram os seus valores e foram caminhando juntos pela rua. Enquanto assim faziam, Marisa veio ao encontro dos dois. Ele ficou sem graça, queria ir para outro lugar, mas não conseguiu, embora estivesse decepcionado com ela, não poderia vê-la magoada de novo. A abraçou e a cumprimentou com palavras secas. Marisa estranhou e perguntou:

- O que está acontecendo? Não gostou de me ver?

- Gostei sim, mas tenho que ir, minha mãe está me esperando com as frutas.

- Posso ir com você? Tenho que conversar algumas coisas contigo.

- Pode sim.

Ela lamentou pela discussão que tiveram. Disse que havia ficado muito triste com aquilo. Enquanto falava, a interrompeu: