Eles crescerão de novo"-falou baixinho.
Escutava muito isso é ansiava por te-los novamente mas o que importava,o que doía, era que naquele momento ela não os tinha.A peruca a incomodava,por isso usava lenço na cabeça,tinha-os de diversas cores,sua mãe os comprara.Mas,mesmo muito vaidosa,estar sem cabelos não era o pior.Não podia nem lembrar os enjoos,vômitos,dafraqueza terrível que sentia após o medicamento.
"Ficarei curada!Será? "-Balbuciou,estranhamente a própria voz.
"Rá,rá,rá,moça careca!Que feio!"
Disse rindo alguém que era invisível a mocinha,mas elasentiu a vibração ,passou a mão pela cabeça e sussurrou:
"Se alguém me vir assim irá rir."
Colocou o lenço.Teve a impressão de que tinha alguém atrás dela e virou-se ,nao viu ninguém. Uma gaveta que acabará de fechar estava aberta.
"Que coisa!Fechei-a,tenho certeza!"-E a fechou com força.
Teve a impressão de que alguém rira.
"Rá,rá, rá. ..
-Angélica!-gritou o seu irmão,Henrique,entrando no quarto.
-Você me assustou!Isso são modos de entrar no quarto?-Resmungou a mocinha.
-Desculpe-me,não queria assusta-la.Vim ver se precisa de ajuda.Gostou da casa?Dos móveis novos?Seu quarto está bonito!
- Gostei de tudo!Sempre quis ter um quarto só para mim-expressou Angélica.
-Esta casa tem muitos quartos,todos grandes.A suíte para papai e mamãe,o quarto de Fabiana,o seu,ainda outro para hospede e o meu,que também é grande e bonito.Foi um achado esta casa,você não acha?
-E ainda não é longe da cidade-falou Angélica.
-São quinze quilômetros.Na outra cidade em que morávamos a escola ficava a trinta quilômetros.Você vai gostar daqui,maninha.O ar tão puro!Mas você resmungava quando entrei.O que foi?
-Tinha certeza que fechei a gaveta,virei e ela estava aberta.
-Xi,não sei não,não queria falar,mas...-Henrique faz uma cara de suspense.
-Agora fale!
-Fantasmas,creio que nesta casa tem fantasmas .
-Ora,Henrique!Não venha com besteira.Você acredita nisso?
-Não sei!Não acreditava,mas agora ha não sei.Angelica ,vamos analisar.Papai alugou esta bala casa,neste lindo lugar,perto da cidade e do mar ,é só descer o morro e temos praias lindas dos dois lados,por um preço baixo.A imobiliária alegou que o dono queria uma família para morar e não para temporada,como se alugam muitas casas por aqui.Não da para desconfiar de que tem algo estranho? Desde que viemos para cá tenho visto a ouvido coisas inexplicáveis,barulhos esquisitos,parece ronco,não sei explicar,o que seja .Bem,deixemos isso pra lá ,estou contente porque você veio e gostou daqui,eu também estou gostando.A escola é Boa e já fiz amigos.E olha a minha cor,é de ir a praia.
Angelica olhou para o irmão enquanto ele falava.Henrique era bonito,tinha quatorze anos,era forte,alto para sua idade,mas ainda o sentia como criança,seus cabelos eram como os dela,avermelhados,olhos grandes,e olhar esperto.Ela viera antes com o pai,Roberto;a mãe,Dinéia,tinha ficado com ela no hospital.Quando teve alta ficou na casa da avó e a mãe veio.Só quando sentiu-se bem que veio,isso na tarde anterior.Estava arrumando Deus pertences no enorme quarto.
-De fato a casa é bonita! A Casa do Penhasco! -Exclamou Angelica.
-Como sabe o nome dela? -Indagou Henrique.
-Li a placa na entrada-disse rindo a mocinha.
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A Casa do Penhasco
EspiritualRomance espirita de Antonio Carlos Psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho Roberto , Dinéia e seus filhos, os novos moradores da casa do penhasco, nem sequer imaginavam o perigo que aguardava naquele lugar lindo, ensolarado. .. Re...