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             O divórcio !
01:40
Era pra ser uma simples madrugada, quando escutei meus pais brigarem no andar de baixo. Desci até metade da escada e sentei no último degrau, para entender melhor a situação.

— ME LARGA! — Minha mãe gritava.

— Eu quero que você me explique oque está acontecendo, Susana.

— Eu estou cansada disso, tenho 28 anos não aguento mais, eu quero viver a minha vida agora. Você me fez ter uma filha, você me iludiu muito nova , me disse que seria perfeito e não é! Eu não queria isso pra mim! Eu vou embora. — Ela literalmente berrava enquanto se aproximava da porta.

— Então vai, só não esquece que a decisão foi sua. A sua filha vai sofrer com isso! — Meu pai se alterou, não parecia a mesma pessoa.

Ouvi a porta bater, e o som de rodas de mala. A minha mãe me deixou, ela foi sem nem pensar duas vezes, querendo ou não aquilo havia me afetado, e muito.

06:50/Sexta-Feira.
Acordei indisposta, me levantei ainda meio zonza. Fiz minhas higienes e tomei um banho, vesti meu uniforme, uma regata branca com o símbolo da minha escola e uma leggie preta, meu vans totalmente branco- juro que até brilhava- por fim um gloss para destacar meus lábios avermelhados e por cima um blazer cinza mediano. Desci e tomei meu café; frutas frescas, um suco de hortelã e um sanduíche natural. Logo o motorista se posicionou na porta e, eu prontamente peguei minha bolsa e caminhei com ele até a limousine. Chegamos á escola e logo esbarrei com algumas pessoas, todos ali me olhavam feio, eu fingia indiferença mas por dentro morria de rir com aquelas caras patéticas, eu mandava ali e todos sabiam, por isso tanto ódio. rs.

Caminhei até a sala e sorri para o senhor Greend; Mason Greend e, uau, quando olhava para ele só refletia em minha cabeça nossa noite em um bar, lógico, sem uniformes de aluna e professor...Mas ainda assim, ele sabia muito bem quem eu era, e adorava a sensação de perigo. Não nego que eu também.

11:25
Estava indo ate o motorista quando esbarro em alguém.

— Descul... — Olhei para o rosto dele e não consegui terminar a frase. — É você.

— Eu mesmo. — Henrique me encarou. — Porquê sei que você adora minha companhia. — Deu um de seus sorrisos ladinos irresistíveis, mas não para mim.

— Acho que não em. — Nunca gostei muito desse garoto, ele é muito assanhadinho pro meu gosto.

Caminhei até a limousine, chegando algumas mensagens em meu celular mas pude escutar Henrique gritar de longe:

— NEM SE DESPEDE! — Neguei com a cabeça e adentrei o veículo.

Cheguei em casa e fui direto almoçar, meu pai estava lá em seu horario de almoço.

— Oi! — Ele disse sorrindo fraco, mas notei a gentileza em sua voz.

— Oi pai. — Respondi, um pouco cabisbaixa ao relembrar o episódio anterior.

— Você ouviu não é? Tudo oque aconteceu ontem... — Apenas assenti. — Não queria que você sofresse filha, sinto muito.

— Não é sua culpa. — Pude notar um pequeno suspiro saindo dele.

— Tenho uma surpresa, vai te animar.

— Acho que nada me anima no momento. — Sussurrei.

— Já volto, querida. — Beijou minha testa e subiu as escadas correndo, ele parecia realmente confiante e bem animado. Fiquei feliz por reconhecer ele.

[...]

Um novo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora