Se arrependimento matasse

87 5 0
                                    




Exatamente às 10:00, o despertador que estava na cômoda ao lado da minha cama, começa a gritar, eu estava em um sono tão gostosos, pela primeira vez desde que cheguei aqui. E como não quero causar nenhuma confusão, eu resolvo me levantar.

Quase 10 minutos depois, eu ouço a porta do meu quarto abrindo e logo depois se fechando, me arrepiei, sabia que era ele, pq não havia mais ninguém nessa casa, além de nós. Fiquei quieta e continuei meu banho. Acabei o mais rápido possível, me enrolei em uma toalha e fui buscar uma roupa. Trágico momento que fui fazer isso.

-Oi... Me desculpe, não sabia que estava aqui.- Fiquei morta de vergonha e comecei a andar de volta ao banheiro.

-Melina, venha cá.- Paralisei. Não queria ficar perto dele, Deus sabe o que ele iria fazer. Não fui, não consegui nem me virar. E foi aí que ouvi passos vindo atrás de mim.- Melina! Olhe para mim, agora!- Disse bem ríspido.

-Hmm, oi.- Me virei, falei bem baixo e com a cabeça abaixada.

-Não tenha medo de mim, eu estou aqui para te proteger e te corrigir, quando necessário.- Tomei coragem e levantei meu olhar, ele estava sendo sincero, pelo menos parecia ne, mas mesmo assim, eu continuava tremendo de medo dele, só de ver sua sombra eu queria chorar.-Venha almoçar, já está na mesa, logo após vamos sair. Esteja pronta até às 13:30.- Logo após ele se retirou.

Sentei na cama, tentando me recuperar, minha respiração estava fraca. Fechei meus olhos por alguns segundos e voltei à realidade. Acabei de me arrumar e desci, o cheiro estava bem convidativo. Fui até a cozinha, onde ele preparava uma salada.

- O cheiro está muito bom! Precisa de ajuda?- Tentei ser o mais amigável possível, não é nada fácil, ainda mais ser simpática pra alguém que te machucou e te deixou presa por, vai saber quantos dias.

- Só pegue o sal que está aí do seu lado.- Peguei e o entreguei. - Já está tudo pronto. Obrigado, Pode se sentar no salão.

--------x--------

Faltavam 10 minutos pras 13:30, eu já estava pronta e desci, sentei em um imenso sofá que ficava de frente à uma gigantesca televisão, era da largura dos meus braços abertos e ainda assim sobrava um pouco pros lados. Sim, eu estava medindo

- O que vc está fazendo??- O rapaz me perguntou em meio à risadas. OPS!

- Eu?? Han?? To fazendo nada não. - Levei um sustão, me virei e coloquei meus braços pra trás e fiquei balançando igual criança quando faz coisa errada. Foi muito involuntária minha reação

- Venha cá.- Estava começando a ficar mais à vontade com ele, então fui sem exitar. Foi quando ele colocou um pano no meu rosto e minha visão foi escurecendo e não senti mais nada.

P.O.V. Ian

Melina estava tão feliz e tão meiga quando peguei ela medindo a televisão que meu coração partiu quando eu lembrei o que teria que fazer. Não tenho a opção de não fazer, sou pago pra isso. E foi quando ela caiu nos meus braços, percebi o quão linda ela é e seu cheiro era incrivelmente bom, sua pele macia e seu cabelo igual uma seda. OK IAN! PARA COM ESSA PORRA, VC NÃO ESTÁ AQUI PRA SE APAIXONAR PELA FILHA DO SEU CHEFE.

Me recompus e a levei para o carro, dirigi até o shopping que ficava a uns 30 minutos daqui. O efeito do sedativo é entre 30 e 40 minutos, então daria tempo de chegar lá sem ela acordar.

Foi como o previsto chegamos em 30 minutos exatos e ela ainda estava inconsciente. Eu não conseguia tirar os olhos dela, tão linda.

Meu ProtetorOnde histórias criam vida. Descubra agora