Ian...

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-Melina, eu estou falando com vc.- Ian falava de um modo tão rude, tão grosseiro, que eu estava sem reação.

Eu estava ouvindo seus passos chegando até mim. Ele puxou o cobertor que eu estava usando com uma força tão grande que eu ouvi ele se rasgando em alguns lugares. Me virei e o encarei.

-Saia dessa cama e vá arrumar aquela bagunça que vc fez quando estava escutando a MINHA conversa.- O tom de raiva só aumentava. Me levantei com medo do que ele poderia fazer.- ANDE LOGO! NÃO ESTOU POR SUA CONTA, MELINA!- Meus olhos já estavam cheio de lágrimas, pq primeiro: meu pai sabia onde eu estava esse tempo todo e nem se deu o trabalho de me tirar daqui, pq??. E segundo: Aquele Ian estava voltando. O Ian que eu tanto temo.

Passei ao lado dele, segurando o choro e a vontade de gritar.

-Ande logo!- Ian me empurrou tão forte que eu tropecei e caí.- Pare de drama, não sou pago pra ver frescura.- Ele puxou meu cabelo fazendo eu me levantar à força. Pegou meu braço, que eu tenho certeza que vai ficar marca, e me levou até onde eu tinha quebrado o vaso de flores. Ele já tinha deixado a vassoura e a pá do lado. Comecei a arrumar o mais rápido possível, para poder voltar para o meu quarto e chorar o tanto que eu precisava.

Passaram-se quase 10 minutos e eu ainda estava acabando de colocar a sujeira toda na sacola quando ele me puxou novamente e me deu um tapa na cara.

-POR QUE VC FEZ ISSO???- Não me aguentei, acabei gritando e as lágrimas escorrendo. Ele pegou novamente no meu braço, apertando cada vez mais.

-GRITE COMIGO NOVAMENTE QUE VC VAI SE ARREPENDER!- Fiquei imóvel, a dor estava insuportável. Minha outra mão estava no meu rosto, no local onde ele tinha me batido.-E isso foi pra vc aprender a nunca mais ouvir conversas particulares dos outros, principalmente a minha!- O tom de voz aumentava e a dor em meu braço só crescia.

-Des... desculpe.- Olhei para baixo tentando não mostrar minha fraqueza.

-Olhe para mim quando eu estiver falando com vc! - Encarei seus olhos, enquanto os meus estavam em pura lágrima.- Agora vá para o seu quarto e não venha encher o meu saco!

Corri para o meu quarto, as lágrimas já caíam, tranquei a porta e afundei em meus travesseiros, querendo nunca mais sair de lá. Meus pensamentos estavam à mil. ''Será que meus pais sempre souberam onde eu estava?'', ''O que ele queria falar com Ian sobre mim?'', ''Pq ele não me buscou?'', ''Será que ele sabe como eu estou sendo maltratada?'', ''Pq comigo?? Pq?''. As lágrimas jorravam dos meus olhos.

Resolvi me levantar, olhei as horas: 17 hrs em ponto. Peguei minha toalha e fui tomar um banho. Coloquei no mais quente possível para tentar me relaxar, mas foi em vão. Só em pensar que eu ainda devo ficar um bom tempo aqui já me desanima. Ouvi um barulho estranho, parecia um ronco, e foi aí que me lembrei que não tinha comido nada desde o almoço. Eu não queria descer, mas eu devia ou iria morrer de fome.

Abri a porta devagar, não queria causar alarde. Estava tudo calmo, não ouvia sequer um barulho. Saí do quarto, caminhando até a cozinha, desci as escadas devagar, logo chegando na cozinha.

-Olha só quem apareceu!- Ian falou, me dando um susto.

-É...- Dei uma risada bem forçada.- A fome que apareceu.

-Venha comer algo então.- Pq ele estava sendo gentil? Será que ele não se lembra do que fez comigo algumas horas atrás?

Ele encarava meus braços, no local onde ele havia apertado, e até o momento eu não tinha percebido como estava. Olhei. Estava muito roxo, a dor que eu havia sentido voltou à minha mente, as lágrimas começaram a se formar, me virei indo em direção à geladeira. Não queria que ele me visse chorar novamente.

-Melina, venha cá.- Meu coração apertava. Me virei e fui até ele.- Me perdoe.- OI? Ele está me pedindo desculpas?

-Tu...tudo bem.- Falei com voz de choro ainda, as lágrimas estavam ameaçando cair novamente.

Ele tocou meus braços onde havia deixado a marca de suas mãos e no mesmo instante eu me arrepiei com seu toque. Então ele começou a acariciar e me encarou.

-Desculpa por ter te tratado daquele jeito, as vezes eu fico explosivo.- Sentia confiança em seu olhar.

-Tudo bem, já passou.- Falei abaixando minha cabeça, segurando as teimosas lágrimas enquanto ele continuava me fitando.

Ian pegou uma de suas mãos e levantou meu queixo, fazendo nossos olhos se encontrarem de uma maneira cuidadosa. Ele estava sentado, enquanto eu estava em pé, entre suas pernas, fazendo com que ficássemos da mesma altura. Ian colocou sua mão em minha nuca e a acariciava, enquanto minhas mãos passeavam em suas coxas, ele me puxou para si, nossos olhos continuavam fixos, até que nossas bocas se encontraram. No início estava sendo um selinho demorado, mas após alguns segundos sua língua já passeava pela minha boca desfrutando de todos os cantos. Coloquei minha mão em sua nuca, fazendo carinho em seu cabelo, enquanto suas mãos desciam pelo meu corpo, caindo em minha bunda. Ian deu leves tapas e apertões, fazendo eu dar um pequeno gemido.

- Vc está gostando?- Ele me olhou com cara maliciosa.

- Estou amando. - Entrei no seu jogo.

Ian atacou minha boca novamente, beijando cada vez mais rápido e calorosamente. Eu já não conseguia mais controlar meu corpo, eu já estava coberta de tesão por esse homem. Nossas bocas estavam em uma grande sincronia, suas mãos percorriam todo meu corpo. Ian me pegou no colo e colocou na bancada da pia, ficando entre as minhas pernas, não deixando nunca a minha boca. Ele foi descendo seus beijos até chegar nos meus seios, minhas mãos arranhavam suas costas enquanto ele deixava vários chupões em todo o local. Suas mãos saíram da minha cintura e foram rumo ao meu short, tocando minha intimidade, ele colocou uma mão dentro da minha calcinha e ficou me estimulando, enquanto eu gemia baixinho em seu ouvido. Ian desceu meu short, juntamente com a calcinha e ficou de joelhos, colocando sua língua em minha intimidade, me fazendo gemer de prazer. Com as minhas mãos eu segurei seu cabelo, ajudando ele nos movimentos. Quando eu estava prestes a atingir o orgasmo ele parou e começou a beijar entre as minhas coxas e com seus dedos ele me masturbava.

-Ian...- Explodi de prazer, gozei em seus dedos, Ian tirou eles de mim e lambeu.

-Vc é muito gostosa, sabia?

Fiquei vermelha de vergonha, nunca tinham falado isso pra mim antes.

-Não.- Sorrio fraco.- Nunca me disseram isso.

- Como não?? Pois eu sempre vou falar então, e olha que eu não costumo mentir.- Ian me selou nos lábios e deu um beijo em minha testa.- O que vc veio fazer na cozinha mesmo?- Ele deu uma gargalhada.

-Nossa!! Nem lembrava que eu tinha que comer.- Sorri juntamente com ele.

-Me fala o que vc quer, eu irei preparar pra vc.

-Não precisa se preocupar.

-Eu insisto, ainda me sinto culpado pelo que fiz com vc mais cedo e quero te recompensar por isso.- Olhou malicioso pra mim.

-Vc não me recompensou ainda não?

-Isso não chegou nem perto do que eu tenho vontade de fazer com vc.- Ian sussurrou em meu ouvido e depois deu uma chupadinha no meu lóbulo.- Venha, vou preparar algo pra vc.

Meu ProtetorOnde histórias criam vida. Descubra agora